A Prio (PRIO3) divulgou um resultado sólido referente ao 2T24, acima das nossas expectativas e do mercado. Com os dados de produção do trimestre já conhecidos (+2% t/t), a principal surpresa decorreu das melhores condições de comercialização.
Receita líquida de Prio cresceu 55% em 12 meses
A receita líquida (FOB) atingiu US$ 700 milhões, alta de 55% na comparação anual. O preço médio de referência do barril de petróleo Brent foi de US$ 85,35, alta de 10% em relação ao 2T23. Além disso, houve uma redução importante do desconto de comercialização (-19% a/a), novamente através da ampliação da entrega direta ao cliente.
O lifting cost (custo de extração) segue bastante competitivo em US$ 7,6/barril, apesar da leve alta trimestral de 2% e anual de 3%, em função de manutenções e paradas técnicas no período. As despesas gerais e administrativas cresceram 37% anualmente, devido ao aumento de despesas com pessoal e serviços terceirizados. Assim, com o impulso da receita e sustentação do lifting cost, o Ebitda atingiu US$ 546 milhões (+64% a/a).
Alavancagem caiu para níveis mais confortáveis no 2T24
Destaque positivo do resultado, a Prio gerou US$ 318 milhões de caixa livre no trimestre e consolidou uma alavancagem confortável. Com isso, a dívida líquida caiu para 0,4x o Ebitda ajustado.
Por fim, o bom resultado do 2T24 melhora as expectativas para o ano da Prio, que passa por desafios conjunturais importantes, principalmente relacionados à greve no IBAMA.
Produção de julho da Prio reduziu devido à parada programada e greve
Os dados de produção de julho, divulgados no início da semana, apresentaram queda de 23% em relação ao mês anterior, devido a uma parada programada em Albacora Leste e à greve do IBAMA, que interrompeu o início do workover dos poços parados em Frade e Polvo + Tubarão Martelo.
Negociando a 3x seu Ebitda estimado para 2025, Prio segue como uma das melhores formas de se expor ao óleo com ações. Mantemos a recomendação de compra.
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