A Rede D´Or (RDOR3) divulgou depois do pregão de ontem (9) seus números referentes ao resultado do 3T22, que vieram levemente acima da expectativa do mercado.
A companhia, que é a maior rede privada de assistência médica integrada do país e conta com 69 hospitais e mais de 11 mil leitos, apresentou uma receita bruta de R$ 6,8 bilhões, o que representa um aumento de 15% em relação ao 3T21 e de 4% em relação ao 2T22.
O desempenho foi fruto do aumento do número de leitos, do ticket médio e da taxa de ocupação dos leitos. Como destaque, o segmento de oncologia cresceu 32% e já representa 9,2% da receita bruta do D´Or.
O lucro bruto atingiu R$ 1,5 bilhão, avanço de 20% em relação ao 3T21 e a margem bruta avançou 1,3 pontos percentuais para 24,9%. Tal desempenho ocorreu em função dos esforços na linha de materiais e medicamentos, que cresceu 4,6% na comparação anual.
Vale notar também que as despesas gerais e administrativas cresceram 10,9%, portanto, abaixo do crescimento da receita bruta, de modo que houve uma alavancagem operacional no trimestre. Com isso, o ebitda atingiu R$ 1,5 bilhão, crescimento de 20% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e a margem ebitda foi de 24,9% – 1,2 pontos percentuais acima do reportado no 3T21.
RDOR3 tem dívida alta e valuation pouco atrativo
Devido ao seu alto endividamento, com R$ 29 bilhões de dívida bruta, o resultado financeiro foi mais uma vez a pedra do sapato no resultado da companhia. No trimestre, o resultado financeiro foi de -R$684 milhões, alta de 51%. Dessa forma, o lucro líquido foi novamente pressionado e alcançou R$ 396 milhões.
Reconhecemos que o resultado foi levemente acima do esperado e que a Rede D´Or (RDOR3) é uma boa empresa, contudo, o alto endividamento da companhia somado à robusta necessidade de investimentos para cumprir com o seu plano de crescimento e de aquisições e ao valuation caro são pontos que nos deixam desconfortáveis com a tese no momento.
Confira a análise completa de Fernando Ferrer: