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Renda Fixa: Confira o cardápio com oportunidades de investimento para a semana (16/08)

Analistas da série Super Renda Fixa comentam o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA, que veio abaixo das expectativas; você também terá acesso a recomendações de investimento para a semana, como a LCA prefixada do BTG Pactual

Por Equipe Empiricus

16 ago 2022, 18:11 - atualizado em 16 ago 2022, 18:11

Renda Fixa
Foto: Mehaniq

Neste relatório, os analistas da série Super Renda Fixa comentam o CPI, Índice de Preços ao Consumidor dos EUA, que veio abaixo das projeções do mercado. O número foi uma das  sinalizações da última semana de que a inflação global pode finalmente começar a arrefecer.

Lais Costa e Diego Bleinroth também abordam a grande demanda por títulos públicos prefixados no último leilão do Tesouro Nacional. Por fim, você terá acesso ao tradicional cardápio com os melhores investimentos em renda fixa da semana, na visão dos analistas da série.

Boa leitura!

“Super Renda Fixa: Nada trivial

Começamos a semana com indicadores relevantes vindos do continente asiático.

O Banco Central Chinês reduziu a taxa referencial para empréstimos de um ano em dez pontos-base para 2,75% ao ano, concomitantemente à divulgação de dados de atividade bastante desanimadores por lá. Apesar do apoio monetário, os dados de crédito ainda não indicam uma reversão na dinâmica de desaceleração de crescimento que, depende ainda, invariavelmente, do abandono da política de covid zero do governo, isto é, de uma reabertura completa da economia.

Nos EUA, a ata da última reunião do FOMC, que será divulgada amanhã (17), não deve trazer gatinhos relevantes para o mercado. Isso porque a reunião antecedeu a divulgação do último dado de inflação (CPI) e portanto não trará indicação relevante sobre a leitura da autoridade monetária sobre o dado mais recente.

O CPI referente ao mês de julho divulgado na última quarta (10) veio abaixo da mediana das estimativas do mercado (0,0% versus 0,2% m/m). Embora muito guiado pela queda nos preços de combustíveis, a medida dos núcleos, que excluí os itens mais voláteis como alimentos e energia, indicou uma acomodação no nível dos preços no mês (0,3% registrado versus 0,5% estimado).

Apesar da variação anual ainda indicar um patamar bastante elevado (8,5% a/a), a leitura foi de que o banco central americano não será forçado a elevar os juros muito acima do patamar atual, o que continuou impulsionando os ativos de risco.

Partindo para o Brasil, o mercado apagou da curva a alta residual de 25 pontos-base para a próxima reunião do Copom. Além da indicação de uma Selic terminal no atual patamar de 13,75% ao ano, a curva de juros já aponta início de queda da Selic no primeiro trimestre de 2023, e redução de três pontos percentuais ao longo do próximo ano.

Esse não é o nosso cenário base. Apesar da queda no índice de inflação (IPCA) e fim do ruído eleitoral, os desafios para o nosso banco central ainda são grandes para o próximo ano.

A composição do IPCA segue influenciada por medidas fiscais no curto prazo, o risco de desancoragem das expectativas de inflação segue condicionado à disciplina fiscal do próximo governo e há ainda um risco considerável de uma forte desaceleração global em meio a uma alta de juros mais agressiva nas economias desenvolvidas.

Por isso, apesar da crescente discussão sobre a queda da Selic, o início do ciclo de cortes, de fato, não deve ser nada trivial e a nossa leitura é de que a redução dos juros deve ocorrer apenas no segundo semestre de 2023.

Outro evento relevante da última semana foi o sucesso do Tesouro Nacional no leilão de títulos prefixados. Tratou-se do maior leilão para este tipo de papel no ano, registrando um financeiro de R$ 16,75 bilhões, com destaque para a oferta de LTN com vencimento em janeiro de 2026, que movimentou mais de 70% do volume. A maior procura por este tipo de papel pode ser interpretado como uma “aposta” dos investidores institucionais em títulos prefixados, a espera de um possível fechamento da curva de juros a frente.

Mesmo com a forte queda dos DIs registrada nos últimos dias, esse movimento corrobora a nossa visão de aumento da exposição em títulos prefixados nos vértices intermediários da curva (entre três a seis anos).

No cardápio da semana, listamos as melhores oportunidades em títulos de renda fixa disponíveis em diversas plataformas, segundo as nossas análises.

Renda Fixa: Veja cardápio da semana

O investimento na taxa líquida indicada da LCA prefixada do Banco BTG Pactual equivale a uma aplicação com taxa bruta aproximada de 12,34% ao ano.

O investimento na taxa líquida indicada da LCA prefixada do Daycoval equivale a uma aplicação com taxa bruta aproximada de 14,23% ao ano. 

O investimento na taxa líquida indicada da LIG prefixada do Bradesco equivale a uma aplicação com taxa bruta aproximada de 13,49% ao ano.  

Um abraço,

Laís e Diego”

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