O resultado do BR Partners (BRBI11) veio marginalmente acima da expectativa, apoiado por uma importante recuperação na vertical de Investment Banking.
Lucro cresceu 21% anualmente e ROE ficou em 20,3%
O lucro líquido foi de R$ 40 milhões, expansão trimestral de 4% e 21% anualmente, com um ganho sequencial de 0,9 p.p. no ROE, para 20,3%, um bom patamar.
A receita foi impulsionada pelas verticais de clientes, que no agregado cresceram 8%, em contraste à receita de remuneração do capital (-7%), composta pelos retornos do capital próprio investido em CDI e nos títulos de renda fixa que a companhia “encarteira” durante o processo de assessoria. Com isso, a receita total foi de R$ 107 milhões, expansão sequencial de 4%.
Dentre as verticais de clientes, o Investment Banking+CM, que agora inclui M&A, reestruturação de dívida e emissões de renda fixa, foi o destaque positivo de BR Partners: alta de 14%. Aqui, o mix continua migrando dos M&As em direção às reestruturações de dívida, e dos títulos de infraestrutura para aqueles relacionados ao mercado imobiliário. Por outro lado, o Treasury Sales & Structuring teve um desempenho mais fraco (-12%), em razão do adiamento de emissões de mercado de capitais, diminuindo a demanda pelos swaps oferecidos pela companhia.
O índice de eficiência de BR Partners, que relaciona as despesas operacionais com a receita total, ficou em 44,1%, uma leve piora em relação ao trimestre anterior. Por sua vez, o índice de remuneração, que relaciona despesas de pessoal com as receitas, ficou em 26%, deterioração trimestral de 1 ponto percentual. Durante a teleconferência de resultados, os executivos sinalizaram que o comportamento desses indicadores é natural diante da natureza do negócio de Wealth Management, a nova vertical lançada pela companhia e que é mais intensiva em capital humano. Diante da expansão planejada para a linha de negócio, o índice de remuneração deve subir, mas ficar abaixo de 30%.
Por fim, a companhia declarou o pagamento de dividendos de R$ 0,66/unit, o que representa um yield de 5,2%, considerando o preço de fechamento anterior ao anúncio.
Como avaliamos o resultado de BR Partners (BRBI11)?
Um pouco mais de dois anos após seu IPO, BR Partners vai se consolidando como uma tese “quality”, com bom nível de rentabilidade e ainda com avenidas de crescimento promissoras. Negociando a 7,7x seu lucro estimado para 2024, BR Partners (BRBI11) está presente em diversas carteiras recomendadas da Empiricus Research.