Na semana passada, o Mercado Livre (Nasdaq: MELI; B3: MELI34) divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre do ano (confira aqui o calendário de divulgação dos balanços), que veio novamente acima do esperado pelo mercado.
Receita líquida cresceu 40% na comparação anual
Diante do aumento da base de clientes (+18%) e do número de itens vendidos (+26%), a receita líquida da companhia atingiu US$ 3,8 bilhões, crescimento de 40% na comparação anual em dólar. Vale destacar que houve evolução em todas as regiões de atuação, especialmente na Argentina (+180%), no México (+40%) e no Brasil (+30%), ganhando participação de mercado em mais um trimestre no país.
O volume bruto de mercadorias transacionadas (GMV) alcançou a marca de US$ 11,4 bilhões, crescimento de 59% excluindo-se o efeito do câmbio. Vale dizer que o crescimento no Brasil (+28%) e no México (+34%) ocorreram predominantemente por conta do aumento de novos clientes, o que é bastante positivo para o desenvolvimento da plataforma.
Take rate do Mercado Livre expandiu para 18,7%
Tal qual já vinha ocorrendo nos últimos trimestres, o take rate (taxas e comissões cobradas no marketplace) do segmento de commerce do Mercado Livre expandiu mais uma vez, para 18,7%, influenciado pelo aumento da penetração da iniciativa de anúncios (advertising) e do repasse de preços para os sellers. Ao longo dos últimos anos, é interessante ver como a companhia tem conseguido aumentar as funcionalidades para os sellers e clientes e, com isso, o take rate de sua operação. Em 2010, por exemplo, o take rate era de 6%.
Mercado Envios bateu recorde
Como resultado do investimento contínuo em infraestrutura, a malha logística própria, representada pelo Mercado Envios, atingiu penetração de 94,2% da rede gerenciada, o que é um recorde. Já o fulfillment, serviço no qual a Meli realiza o armazenamento, embalagem e entrega dos pedidos, atingiu uma penetração de 48% em termos consolidados. Atualmente, 54% dos pedidos estão sendo entregues em até 24 horas – número levemente abaixo dos 56% apresentados no último trimestre, em função das escolhas dos próprios clientes na busca de reduzir o custo da compra.
Mercado Pago trouxe números fortes
O segmento de fintech, representado pelo Mercado Pago, também apresentou números muito fortes. O volume total de pagamentos (TPV) atingiu US$ 47 bilhões, um aumento de US$ 15 bilhões em relação ao 3T22. Do total, US$ 30 bilhões é referente ao TPV off marketplace (fora do Meli), enquanto o restante está sendo transacionado dentro da própria plataforma da companhia.
Com isso, a margem bruta deu um salto para 53,1% (contra 50,4% do 2T23) e a margem operacional ficou em 18,2%, avanço de quase 2 p.p. em relação ao trimestre anterior. Por fim, a companhia apresentou margem líquida de 9,5% e um lucro líquido de US$ 359 milhões.
Empiricus Research recomenda as ações de Mercado Livre?
Os resultados do Mercado Livre reforçam a resiliência do seu modelo de negócios e a capacidade de seguir expandindo sua operação a despeito de um cenário macro adverso. Depois de uma sequência de resultados animadores e uma competição bastante enfraquecida, acreditamos que os grandes vencedores do e-commerce brasileiro são Meli e Amazon Brasil.
Dessa forma, mesmo que esteja negociando a múltiplos salgados, entendemos que a companhia tenha uma oportunidade ímpar de crescimento com rentabilidade à frente e, por conta disso, Mercado Livre (Nasdaq: MELI; B3: MELI34) é uma das indicações de compra da Empiricus Research.
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