Após o fechamento do pregão regular de ontem (25), a Meta Platforms (B3: M1TA34 | Nasdaq: META), dona dos apps Facebook, Whatsapp e Instagram, divulgou os seus balanços referentes ao terceiro trimestre de 2023. Os números vieram melhores do que as expectativas dos analistas, e o anúncio deixou claro que a empresa está buscando se tornar cada vez mais eficiente.
Nos três meses encerrados em setembro a receita da Meta foi de US$34,146 bilhões, crescimento de 23% (21% desconsiderando a variação cambial) em relação ao mesmo período de 2022.
Mais usuários para a família de apps da Meta
O número de usuários ativos diários e mensais da família de apps (Facebook, WhatsApp e Instagram) teve aumento de 7% na comparação anual, totalizando 3,14 bilhões e 3,96 bilhões, respectivamente. A receita média por usuário foi de US$8,71 no trimestre, valor 15,7% maior do que no 3T22.
Analisando somente o Facebook, o acréscimo nos usuários diários e mensais foi de 5% e 3%, alcançando 2,09 bilhões e 3,05 bilhões, respectivamente. Já a receita média no app foi de US$11,23 (+19,3% vs. 3T22).
Além do maior número de usuários ativos, o número de impressões de anúncios entregues por meio dos apps cresceram 31% em relação ao 3T22. E a receita só não foi maior porque o preço médio dos anúncios recuaram 6% ante o mesmo trimestre do ano passado.
Importante redução de custos
Preocupado em retomar o nível de lucratividade dos melhores momentos da companhia, a empresa conseguiu reduzir os seus custos e despesas em 7%, totalizando US$20,398 bilhões (ante US$22,050 bilhões no 3T22).
Dessa forma, o lucro operacional no trimestre foi de US$13,748 bilhões, valor 143% maior do que no mesmo período do ano passado e o equivalente a uma margem de 40% — o dobro do reportado no 3T22.
Na linha final de resultado, o lucro líquido totalizou US$11,583 bilhões, ou US$4,39 por ação, crescimento de 168% na comparação anual.
Parte importante da história de eficiência está ligada à redução da companhia. Ao final de setembro, a Meta contava com pouco mais de 66 mil funcionários, um recuo de 24% em relação ao 3T22. Somado a isso, a empresa também reduziu significativamente seus investimentos, que somaram US$6,763 bilhões no período (-28,9% vs. 3T22).
Reality Labs deu prejuízo
Por outro lado, o segmento Reality Labs (que engloba as frentes de desenvolvimento de novas tecnologias, como o metaverso) ainda segue como detrator do resultado final. Além da receita irrisória no período (US$210 milhões, ante US$285 milhões um ano atrás), as despesas dessa linha de negócio fizeram com que ela apresentasse um prejuízo operacional de US$3,742 bilhões, comparado com um prejuízo de US$3,672 bilhões um ano atrás.
O que a companhia espera para o 4º tri?
De acordo com a CFO da companhia, Susan Li, a expectativa é de que a receita do quarto trimestre fique no intervalo entre US$36,5 bilhões e US$40 bilhões, o que representaria um aumento de quase 20% em relação ao 4T22. Além disso, a empresa revisou para baixo a sua projeção de custos e despesas em aproximadamente US$1 bilhão para o ano de 2023.
Já para 2024, a estimativa é que os custos e despesas fiquem entre US$94 bilhões e US$ 99 bilhões. Caso consiga atingir esse objetivo, e considerando o ponto médio da expectativa para 2023, estaríamos falando de um aumento de menos de 10% nessa linha do resultado.
Apesar da empolgação inicial, os comentários na teleconferência com os analistas de que os acontecimentos geopolíticos recentes podem impactar os negócios nos próximos trimestres parece ter sido um balde de água fria nos investidores, com as ações caindo cerca de 3% no pré-market.
Isso, entretanto, não impacta a nossa visão da tese de investimento na companhia.
A Empiricus Research ainda recomenda Meta Platforms (M1TA34)
Sendo a Big Tech mais barata em termos de múltiplos — negociando por 22 vezes seus lucros projetados para 2023 —, entendemos que a relevância dos seus aplicativos somado a busca pela retomada da eficiência ainda faz da Meta Platforms (B3: META34 | Nasdaq: META) uma alternativa interessante no mercado atual. A ação é uma sugestão na carteira internacional da Empiricus, com um peso entre 4% e 6% do portfólio do investidor.
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