Os resultados da Vale (VALE3) são sempre esperados com expectativa pelo mercado, já que a mineradora é a empresa de maior peso no índice Ibovespa. Os números do 2T24, divulgados na última quinta-feira (25), vieram mistos, na avaliação do analista Ruy Hungria, da Empiricus.
Se por um lado o lucro foi de US$ 2,8 bilhões (alta de 210% na comparação com o 2T23) e a empresa registrou quase US$ 10 bilhões de receita líquida no trimestre, por outro, os custos pioraram e cresceram em 9%, fazendo com que o Ebitda ficasse em US$ 4 bilhões – um patamar estável na comparação anual.
Embora o Fluxo de Caixa Livre tenha sido negativo no 2T24, por conta principalmente de uma concentração de pagamento a fornecedores, a posição de caixa aumentou em quase US$ 3 bilhões no trimestre. “Principalmente pelos recursos provenientes da venda de 10% da Vale Base Metals”, explicou Ruy Hungria.
Dentre os fatores que pesaram sobre os números da mineradora no 2º tri, podemos citar:
- Paradas na produção para manutenções e/ou devido às chuvas;
- Maior concentração de pagamentos a fornecedores;
- Queda de preço do minério de ferro, impulsionada pelo momento econômico instável da China (seu maior consumidor mundial).
O futuro da Vale (VALE3) e a distribuição de proventos
Além da divulgação dos resultados trimestrais, a empresa aproveitou para trazer anúncios que chamam a atenção do mercado de forma positiva, especialmente para os investidores em busca de proventos na renda variável – sejam eles dividendos ‘gordos’ ou Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Primeiro, a empresa tem expectativas de queda para seus custos de produção no segundo semestre.
Em segundo, a Vale anunciou a distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP) para os investidores na casa dos US$ 1,6 bilhões – dividend yield de 3,2% usando o preço de fechamento do mesmo dia.
Segundo Ruy Hungria, “a sinalização da queda de custos é importante para a expectativa de que o segundo semestre realmente terá uma retomada de resultados”, o que pode trazer valorização para os papéis da empresa.
Por isso, na visão do analista, a distribuição de proventos pode ser ainda melhor no futuro próximo. Em entrevista ao programa Giro do Mercado da última sexta-feira (26), ele comentou:
“O que foi divulgado [valores do JCP] já era relativamente esperado com base na política de distribuição [de proventos da empresa]. Entendemos que é interessante, mas é possível ainda melhorar no resto do ano. [A Vale] pode chegar nos dois dígitos de distribuição ainda”.
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Então agora é a hora de comprar Vale (VALE3)?
Os números da empresa dividiram recomendações no mercado. Há quem ainda tenha certa ‘desconfiança’ com os papéis, e há quem enxergue o momento com mais otimismo.
Ruy Hungria afirma que “gosta de Vale”, principalmente para dividendos, e que o valuation está barato.
Mas não necessariamente significa que a Vale esteja entre as suas recomendações imediatas de compra para o investidor. Curioso, não é mesmo?
Isso porque, mesmo uma empresa sendo boa pagadora de dividendos, ela pode não estar no momento mais favorável de entrada por enquanto. Segundo Ruy, a questão econômica da China “é uma nuvem que vai continuar pesando sobre as ações” no curto prazo.
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Ruy e o time de analistas da Empiricus selecionam a dedo, todos os meses, as melhores ações pagadoras de dividendos no momento, para o investidor que não pode esperar e deseja aproveitar as melhores oportunidades de retorno agora.
São ações que, assim como a Vale, pagam dividendos atrativos, mas aparecem em momento mais favorável que a mineradora e têm mais possibilidade de valorização no curto prazo.
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