Na última quarta-feira (21), o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) publicou fato relevante com atualizações sobre um dos seus locatários, a WeWork.
WeWork está devendo aluguel há três meses para o RCRB11
Apenas relembrando o caso, a inquilina do imóvel Girassol 555 não pagou os aluguéis com vencimento em junho, julho e agosto para o fundo. Trata-se de um movimento observado em outros FIIs que possuem a WeWork como locatária.
O contrato representa 9,5% da receita imobiliária do RCRB11, o que resulta em um impacto negativo de R$ 0,11 por cota em sua receita mensal. Vale mencionar que a companhia está adimplente em relação às despesas de condomínio e IPTU.
Sem sucesso, RCRB11 tentou fazer acordo
Após duas notificações e uma negociação sem sucesso com a Alvarez & Marsal (representante do WeWork), a Rio Bravo contratou um assessor legal para defender os direitos dos proprietários do imóvel, com ajuizamento de duas ações judiciais:
i) Execução de Título Extrajudicial, com objetivo de cobrar os aluguéis não pagos pela companhia (com multa e juros);
ii) Ação de Despejo devido à falta de pagamento, cumulado com pedido liminar para desocupação do empreendimento.
Os próximos passos para a WeWork
Para os próximos passos, é realizada audiência para julgamento da ação de despejo, a ser agendada pelo tribunal após a citação do inquilino. Lembrando que provavelmente cabe recurso. Se a sentença for favorável ao proprietário, o locatário geralmente tem um prazo de 5 a 15 dias para desocupar o imóvel.
Atualmente, o Girassol 555 está 100% sublocado para inquilinos como Quinto Andar e Wise. Em caso de saída da WeWork, a negociação direta com os locatários não está descartada, apesar de improvável, em nossa visão. Segundo a gestão, já existem sondagens de outras companhias de coworking com interesse de ocupar o imóvel caso as negociações resultem no despejo da WeWork.
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Inadimplência já estava no radar e não justifica queda acentuada do RCRB11
A inadimplência da companhia já era um risco mapeado para o RCRB11 e, por ora, seguimos monitorando de perto. Até aqui, o cenário caminha para despejo da locatária, em um processo que pode levar alguns meses.
Mesmo com o evento negativo, interpretamos que a correção na cota do fundo nos últimos meses foi exagerada. Em um contexto geral, seu portfólio apresenta o melhor desempenho operacional dos últimos anos, com taxa de vacância física de apenas 1,4% e elevação do preço de locação em alguns imóveis.
Com a queda recente, o RCRB11 ampliou o seu desconto em relação ao valor patrimonial para 34%, patamar que consideramos atrativo Suas cotas permanecem com recomendação de compra na Empiricus.