Na próxima quarta-feira (08) acontecerá a terceira reunião do Copom de 2024. O mercado sempre fica atento ao encontro, afinal a decisão sobre os rumos da Selic tende a impactar os investimentos.
Mas desta vez a expectativa é ainda maior. Acontece que, nas últimas reuniões do Copom, o mercado já sabia o que esperar. Contudo, o encontro desta semana é uma grande incógnita.
Abril trouxe mudanças que colocaram em xeque a manutenção do ritmo de queda da Selic, levando muitos analistas, gestores e investidores a apostarem em uma redução na magnitude do corte na taxa básica de juros.
Afinal, o Banco Central vai realizar um corte de 25 p.p. ou 50 p.p.?
A decisão do Banco Central na próxima reunião do Copom tem dividido a opinião do mercado. Entretanto, as apostas de um corte mais agressivo (50 p.p.) vêm perdendo força.
Segundo o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS), pesquisa semanal da Equus Capital, consultada pelo Seu Dinheiro, a expectativa de uma queda de 0,50% na Selic é de apenas 30,3%.
Alguns fatores fortaleceram a expectativa de uma redução do corte. O primeiro deles é o ciclo de juros nos EUA.
Na semana passada, o Fed (Banco Central americano) decidiu pela sexta vez manter os juros entre 5,25% e 5,50%, o maior patamar em 22 anos.
O presidente do Banco Central, Campos Neto, já havia sinalizado diversas vezes que o cenário macroeconômico nos Estados Unidos teria impacto na decisão sobre os juros no Brasil.
Acontece que, com os juros altos lá fora, a atratividade de mercados emergentes como o do Brasil diminui. A lógica aqui é a seguinte: se o investidor pode receber juros de 5% ao ano investindo em títulos do tesouro americano, que são considerados os mais seguros do mundo, por que se arriscar no Brasil?
Nesse cenário, um dos motivos para o investidor continuar investindo aqui seria exatamente uma taxa de juros mais alta. Entretanto, se o Banco Central decidir por um corte de 0,50%, a atratividade do mercado interno diminui.
A consequência é um dólar mais forte em relação ao real e escalada dos preços de importação e produtos com matéria prima vinda do exterior. Em outras palavras, a inflação pode acelerar no Brasil.
Outro ponto que levou investidores a apostar em um corte menor na quarta-feira (08) é a política fiscal. As mudanças no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) acendeu o alerta para o risco de que o governo aumente os gastos nos próximos anos e consequentemente a dívida pública.
Diante de tal risco, o Boletim Focus da última segunda-feira (06) já projetava uma Selic a 9,63% ao final de 2024. Na semana passada, a expectativa era de uma taxa de juros menor, a 9,50%.
Mas a Selic ainda pode chegar nos 10,25%
Embora as apostas para um corte de 0,25% na próxima reunião tenham crescido, uma parte do mercado ainda acredita que o Banco Central vai manter o ritmo de cortes, pelo menos nesta reunião.
A parcela mais otimista do mercado também tem fatos que sustentam sua posição. Aqui no Brasil a inflação vem desacelerando. O IPCA-15 divulgado no final de abril mostrou um número melhor que o esperado.
A expectativa do mercado era de uma aceleração de 3,85% no acumulado dos últimos 12 meses, contudo, a prévia da inflação mostrou que o período registrou uma alta de 3,77%.
Outro fator é que, embora o Fed tenha decidido por manter o patamar dos juros nos EUA, o mercado de trabalho norte-americano começou a mostrar sinais de declínio.
Por lá, o número de novas vagas em abril (175 mil) foi bem menor do que a expectativa do mercado (243 mil). Para os mais otimistas, esse dado fortalece a tese de um primeiro corte de juros em setembro nos Estados Unidos, especialmente após Jerome Powell ter dito que cortes nos juros poderiam ocorrer se houvesse um declínio significativo no mercado de trabalho.
Assim, a perspectiva de um início de afrouxamento monetário nos EUA no segundo semestre, junto com a desaceleração da inflação no Brasil são motivos para alguns analistas, gestores e investidores continuarem acreditando em um corte de 50 pontos-base na Selic na próxima quarta-feira.
Mas o fato é que, seja com um corte de 0,25 ou 0,50, a decisão do Banco Central vai afetar os seus investimentos.
Como ficam os investimentos depois do Copom?
A Selic é uma bússola para boa parte dos investimentos. Assim, seja a 10,50% ou 10,25%, a “nova” taxa básica de juros pode gerar oportunidades e também riscos.
Nesse sentido, o principal interesse dos investidores em saber qual será o novo patamar da Selic é tentar se antecipar aos movimentos de mercado.
Ou seja, quanto antes você souber o que fazer diante da “nova” taxa Selic, melhor.
Pensando nisso, na próxima quinta-feira (09), logo após a decisão do Copom, vai acontecer uma edição especial do Giro do Mercado.
Neste programa, Maria Clara Patti, sócia e fundadora da Safira Investimentos, e Juliano Bernardon, especialista em renda variável, vão discutir os seguintes temas:
- A decisão do Copom;
- O que esperar do ciclo de queda dos juros;
- Quais investimentos podem beneficiar os investidores após a decisão do Banco Central;
- E, finalmente, o que fazer com sua carteira após a definição da taxa.
A transmissão do Giro do Mercado será ao vivo, a partir das 12h. Contudo, o link para assistir à edição especial do programa só será enviado para quem realizar a inscrição gratuita.
Então, se você quer saber em primeira mão a melhor estratégia para investir – seja com a Selic a 10,50% ou a 10,25% –, clique no botão abaixo e faça a sua inscrição.
Como disse anteriormente, você não paga nada, em momento algum, para participar do evento e ficar informado sobre as perspectivas do mercado diante do resultado do Copom e vai poder tomar as decisões de investimento mais precisas.
Para receber o link da transmissão, basta clicar no botão abaixo e seguir o passo a passo: