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Sherwin-Williams (S1HW34): Resultados do 4T24 superam expectativas, mas projeções para 2025 trazem tom menos otimista; veja análise

O balanço da Sherwin-Williams (S1HW34) no 4T24 vieram melhores que o esperado pelo mercado. Confira.  

Por Ruy Hungria

14 fev 2025, 13:38 - atualizado em 14 fev 2025, 13:38

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Imagem: iStock/ jetcityimage

A Sherwin-Williams (S1HW34) reportou resultados um pouco melhores que o esperado pelo mercado no 4T24. 

Desempenho da Sherwin-Williams no 4T24 por segmento

Principal linha de negócio da companhia, as lojas próprias (Paint Stores) entregaram receita de US$ 3,0 bilhões, alta de 3,4% na comparação anual, beneficiada por aumento de um dígito baixo tanto no volume como nos preços. As vendas mesmas lojas desaceleraram para +2,0%, ante +2,4% no trimestre anterior.

A receita da parte de revestimentos (Performance Coatings) caiu -1,6%, para US$ 1,6 bilhão, com o impacto positivo nos volumes sendo compensado por piores preços e mix, além de impactos cambiais. 

O segmento de atacado (Consumer Brands) teve receita de US$ 662 milhões, queda de -4,3% no período, também afetado por menores preços e desvalorização cambial em regiões como a América Latina, parcialmente compensado por melhores volumes. 

Apesar dos efeitos negativos nas receitas Consumer Brands e Performance Coatings, o bom crescimento de Paint Stores levou a receita da Sherwin-Williams consolidada para US$ 5,3 bilhões, +0,9% maior do que um ano antes.

Isso, combinado com um bom controle de custos e menores impactos de não recorrentes que afetaram o 4T23 fizeram o lucro antes de impostos atingir US$ 615 milhões, alta anual de +30%. 

Lucro líquido por ação fica acima das expectativas

O lucro líquido por ação ajustado por esses efeitos não recorrentes cresceu +15,5%, para US$ 2,09, um pouco acima das estimativas do mercado. 

Apesar do resultado ter surpreendido positivamente, o guidance para 2025 trouxe um tom menos otimista, em linha com o discurso conservador adotado pela gestão nos últimos meses, que tem observado uma desaceleração. 

Segundo a companhia, a receita deve ter crescimento de um dígito baixo, enquanto o lucro líquido da Sherwin-Williams ajustado por ação deve aumentar entre 2,8% e 6,4%. 

Se por um lado os resultados e o guidance apontam para uma desaceleração e crescimento modesto de lucros, por outro lado o status defensivo dos papéis tende a ajudar caso a economia norte-americana esfrie mais do que o esperado. A ação da Sherwin-Williams segue entre as recomendações da carteira de dividendos.  

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Sobre o autor

Ruy Hungria

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.