O IPCA registrou uma alta de 0,83% no mês de fevereiro, segundo dados apresentados pelo IBGE na terça-feira (12).
O número veio acima das expectativas do mercado, que projetava uma inflação em torno de 0,78%, e foi destaque nas manchetes dos principais jornais de economia.
Talvez você tenha se deparado com algumas dessas matérias e agora pode estar se questionando sobre a possibilidade de desaceleração nos cortes na Selic e queda dos ativos de risco.
Estes são questionamentos válidos e você não deve ser o único que está pensando isso. Contudo, Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, alerta que “o número cheio [do IPCA] pode enganar e provavelmente as manchetes não vão traduzir o que de fato a gente consegue observar dos números da inflação.”
Uma leitura mais detalhada do IPCA
Matheus aponta que os dados de inflação apresentados nos últimos meses têm sido mais complexos que o habitual. Por isso é preciso observar os detalhes.
Em entrevista ao programa Giro do Mercado da última terça-feira (12), o analista explicou que já era esperado um aumento.
E que, mesmo com o IPCA de fevereiro acima das expectativas do mercado, ainda assim houve pontos positivos na composição do índice.
Matheus aponta que a alta veio dos grupos de alimentação e domicílio, mas especialmente de despesas caraterísticas desse período, como por exemplo o reajuste na cobrança de ICMS em alguns estados e reajuste de matrículas escolares.
Para se ter uma ideia, dentre os grupos que compõem o IPCA, o de educação foi o que mais cresceu em fevereiro, com uma alta de +4,98% nos preços.
Contudo, o analista destaca que o grupo de serviços, que o Banco Central acompanha de perto, apresentou um bom desempenho. No acumulado de 12 meses, o grupo apresentou queda de 6,5% na comparação com a janela de janeiro.
Da mesma forma, houve queda dos preços livres e redução da média dos núcleos avaliados pelo IPCA.
Para Spiess, esses são indicadores de que a alta do IPCA em fevereiro foi um “soluço” que até pode atrapalhar, mas não interrompe o processo de desinflação e queda da Selic, iniciado em 2023.
Inclusive, o analista aponta que, na reunião da próxima semana, a taxa de juros brasileira deve cair 50 p.p e mais 50 pontos em maio.
Ele acrescenta que uma melhora de dados dos próximos meses pode ser um gatilho importante para os ativos de risco aqui no Brasil.
Nesse cenário, Matheus Spiess se diz otimista com os ativos de risco daqui para frente.
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Apesar de um início de ano turbulento para as ações, Spiess aponta que o cenário deve melhorar ao longo dos próximos meses com as reformas fiscais e arrefecimento da inflação.
Contudo, o investidor deve estar preparado para volatilidade ao longo do caminho. Nesse sentido, o analista reforça a importância de ter uma carteira equilibrada.
Neste momento, os analistas da Empiricus Research acreditam que o ideal é investir em ativos de qualidade. Isto é, empresas sólidas, com histórico de resiliência em diferentes períodos do ciclo econômico.
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