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Investimentos

Taesa (TAEE11): apesar da queda no resultado operacional do 2T24, lucro líquido surpreende positivamente

O lucro da companhia elétrica Taesa foi impulsionado no trimestre por benefícios e deduções na linha de impostos.

Por Ruy Hungria

13 ago 2024, 10:05 - atualizado em 13 ago 2024, 11:23

Taesa TAEE11

Imagem: Divulgação/Taesa

A Taesa (TAEE11) reportou resultados regulatórios do 2T24, com números operacionais um pouco abaixo das expectativas, mas um lucro líquido que veio acima do consenso, ajudado principalmente por benefícios e deduções na linha de impostos. 

Receita da Taesa caiu, mas controle de gastos foi eficiente

A receita líquida regulatória recuou 7,2% na comparação com o 2T23, para R$ 579,7 milhões, em função do reajuste negativo das linhas indexadas ao IGP-M, queda de 50% da RAP da concessão ATE III (que chegou ao 16º ano de concessão), efeitos parcialmente compensados pelas linhas indexadas ao IPCA e entrada em operação das fases finais do empreendimento Sant’Ana. 

Apesar da queda na receita, a companhia foi eficiente no controle de gastos, que caíram 5% na comparação anual, mas não o bastante para conseguir reverter a queda do lucro operacional.

Sendo assim, o Ebitda Regulatório ajustado caiu 5,1%, para R$ 486,6 milhões. 

O resultado de equivalência patrimonial de linhas que ela opera em conjunto com outras empresas atingiu R$ 97,6 milhões, queda de -5,6% no ano, também explicados pelos reajustes negativos de IGP-M.

Queda de despesas impulsionou lucro líquido da elétrica

Apesar da queda do resultado operacional, o lucro líquido da Taesa cresceu no período, ajudado por menores despesas com juros e redução nas perdas com variação monetária e cambial na linha de resultado financeiro. Além disso, a companhia conseguiu uma série de benefícios e deduções na linha de impostos no trimestre, o que tornou a alíquota positiva e fez o Lucro saltar 23%, para R$ 294 milhões.

Taesa vai distribuir mais de R$ 220 milhões em dividendos

A companhia aproveitou os resultados para anunciar a distribuição de mais R$ 223,3 milhões em dividendos com base nos resultados do 2T24, o que equivale a 1,8% de yield

Por 10x preço/lucros e com investimentos pela frente que podem pressionar a geração de caixa, vemos a Taesa bem precificada neste momento, e mantemos a recomendação neutra para as ações. 

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Sobre o autor

Ruy Hungria

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.