Investimentos

Taxa de desemprego recua para 10,5%: mercado de trabalho melhora na pós-pandemia

A seguir, confira o trecho do Day One escrito pela Fernanda Mansano, economista-chefe da Empiricus

Por Fernanda Mansano

31 maio 2022, 12:53 - atualizado em 31 maio 2022, 12:53

Imagem de diversas pessoas trablhando em um escritório
Reprodução: Freepik

Nesta terça-feira (31/05) foi divulgado o resultado da PNAD, que apresentou um recuo de 0,7 ponto percentual na taxa de desemprego no trimestre móvel entre fevereiro e abril frente ao trimestre anterior, chegando a 10,5%, o que nos indica que o mercado de trabalho no país segue melhorando nesse período pós-pandemia. 

Em um ambiente de inflação, um dos pontos que me chama a atenção é o crescimento do número de trabalhadores com carteira assinada do setor privado, chegando a 35,2 milhões de pessoas, um avanço de 2% no trimestre e de 11,6% no comparativo interanual. 

Em outras palavras, o efeito inflacionário na renda do trabalhador (que diminui seu poder de compra) é minimizado pelo aumento do trabalho com carteira assinada, que popularmente dizemos ter uma maior qualidade, haja vista o conjunto de benefícios e direitos que não são totalmente observados para os trabalhadores informais ou sem carteira assinada. 

Para o investidor, o cenário do mercado de trabalho é positivo. A população com renda afeta o crescimento do consumo de bens e serviços e consequentemente a receita das empresas, em especial as de consumo cíclico, que têm uma correlação positiva com a dinâmica econômica. 

Por fim, ao longo do ano a expectativa é que o mercado de trabalho continue apresentando melhora, com expectativas que já chegam a uma taxa de desemprego de 9,5% até o fim de 2022″.

Sobre o autor

Fernanda Mansano

Economista-chefe na Empiricus.