O dia iniciou com um tom positivo nos mercados globais, impulsionado pelo anúncio de que o governo chinês estaria preparando um pacote amplo de incentivos com foco no estímulo da demanda doméstica e do setor imobiliário. O desenho do programa ainda será discutido nesta sexta-feira (16) e indica a insatisfação do governo em relação a queda dos índices domésticos de confiança da população e dos negócios em um cenário de alto nível de alavancagem das empresas e provável redução de demanda global.
O dado mais importante desta manhã, contudo, foi o índice de preços ao consumidor dos EUA. A variação anual do indicador ficou levemente abaixo das expectativas (4% versus 4,1% a/a), enquanto o núcleo (medida que exclui o preço de alimentos e energia) veio um pouco acima do esperado (5,3% versus 5,2% a/a). O núcleo de serviços, que exclui os preços de aluguel (uma medida acompanhada de perto pelo banco central), ficou em linha com a sua média histórica.
De maneira geral, o dado não trouxe grandes surpresas e não deve mudar a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a taxa de juros marcada para amanhã (14) a tarde. Já para a decisão de julho, em que há uma probabilidade não desprezível de aumento de 25 pontos-base (bps), o mercado reduziu levemente as apostas de alta. Nesse ponto, o tom do presidente Powell na entrevista após a decisão será crucial. Em igual medida, a atualização das projeções do Fed de inflação, atividade e emprego, que serão publicadas no comunicado, também devem balizar os próximos passos do banco central (BC).
No Brasil, o IPCA de maio divulgado na última quarta-feira (7) confirmou a tendência de queda dos preços e ficou abaixo do esperado pelos economistas (0,23% em relação ao mês anterior versus 0,33% das estimativas).
Na composição do índice, a queda da gasolina e do diesel puxou para baixo o grupo de administrados e o grupo de bens duráveis apresentou deflação no mês. Os bens não duráveis também tiveram uma queda de contribuição para a alta do indicador, apesar da alta no item (bastante volátil) perfume, que carrega um peso relevante no índice.
O grande destaque, contudo, foi a desaceleração das medidas de núcleo, com a desaceleração de alimentação fora do domicílio.
Em evento ontem (12), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que espera uma inflação de junho negativa, o que deve levar o IPCA para próximo de 4,5% no final deste ano. Campos Neto também destacou a queda acentuada da inflação implícita em diversos prazos (como é possível ver no gráfico abaixo), o que “abre espaço para uma queda dos juros à frente”.
Em contraste, o diretor Renato Dias Gomes, em entrevista publicada ontem a noite, disse que há indícios preliminares de melhora no IPCA e que a desinflação tem sido lenta. Gomes, que representa a ala mais dura (hawkish) do BC, também destacou que, apesar da queda da inflação esperada para 2024 e 2025, as expectativas seguem desancoradas, isto é, acima da meta da instituição. Por isso, o diretor defende uma postura cautelosa, uma vez que a leitura imediata do IPCA não seria suficiente para justificar uma queda de juros em agosto.
O mercado, contudo, já precifica um corte de 25 pontos-base (pbs) na Selic na reunião do dia 3 de agosto e consecutivos cortes de 50bps nas reuniões seguintes.
O comunicado da próxima reunião, que ocorrerá no dia 21 de junho, deve evidenciar qual tom predomina na diretoria da autarquia. Pelo caminhar dos dados econômicos, é cada vez mais provável que a ala mais dura represente, novamente, apenas poucos votos dissidentes.
Continuamos com uma visão mais otimista para os ativos de risco domésticos. Nesse sentido, o alongamento dos prazos dos títulos de renda fixa deve oferecer uma melhor relação risco-retorno para o investidor. Os títulos indexados à inflação de longo prazo ainda fornecem taxas atrativas. Para os prazos mais curtos, gostamos dos prefixados.
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Veja o cardápio de títulos recomendados da semana
Todas as recomendações abaixo são títulos que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos, contudo, o investidor precisa se certificar de que não ultrapassou o limite de R$ 250 mil por instituição, incluindo os juros a receber do investimento.
Características do CDB prefixado do Banco Daycoval | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: brAA+ |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Empiricus Investimentos |
Aplicação mínima | R$ 20 mil |
Aplicação máxima | Até o final do estoque (R$ 2 milhões) |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 13/06/2028 (1827 dias corridos) |
Rentabilidade bruta anual | 11,35% ao ano |
Tributação | 15% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 15h |
Características do CDB prefixado do Paraná Banco | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: brAA+ |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Empiricus Investimentos |
Aplicação mínima | R$ 5 mil |
Aplicação máxima | Até o final do estoque (R$ 1 milhão) |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 01/06/2026 (1082 dias corridos) |
Rentabilidade bruta anual | 10,69% ao ano |
Tributação | 15% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 15h |
Características do CDB prefixado do Banco Sofisa | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: brAA+ |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Sofisa |
Aplicação mínima | R$ 1 |
Aplicação máxima | – |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 15/06/2026 (1098 dias corridos) |
Rentabilidade líquida anual | 11,5% ao ano |
Tributação | 15% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 22h |
Características da LCI prefixada do Banco ABC Brasil | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: brAAA |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Banco ABC Brasil |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | – |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 02/06/2025 (720 dias corridos) |
Rentabilidade líquida anual | 10,56% ao ano |
Tributação | Isento de IR |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 17h |
O investimento na taxa líquida indicada da LCI prefixada do Banco ABC Brasil equivale a uma aplicação com taxa bruta aproximada de 12,67% ao ano.
Por fim, é importante lembrar que, para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo e que precisa estar disponível imediatamente, recomendamos o Tesouro Selic, disponível na plataforma do Tesouro Direto, ou fundos DI taxa zero.