“Trégua na inflação? Nesta quinta-feira (28/04), tivemos mais uma divulgação macroeconômica sobre o cenário inflacionário no país, o IGP-M. O índice nos mostra o quanto a inflação ao produtor está pressionada, sendo esse indicador sensível às oscilações do câmbio assim como de preços das commodities. Deste modo, o índice geral, que acumula 6,98% no ano e 14,66% em 12 meses, avançou em abril 1,41%, abaixo das expectativas do mercado e do mês anterior, quando subiu 1,74%.
Essa desaceleração foi em função do arrefecimento do preço das commodities agrícolas no período, e só não foi maior por conta da alta de preços dos combustíveis e dos fertilizantes, que subiram 11,29% e 10,45% respectivamente.
Somando isso ao observado no IPCA-15 de ontem, temos argumentos que justificam que a inflação tenha atingido seu pico em abril. A entrada da bandeira tarifária verde na conta de luz e a estabilidade de preços das commodities são contribuições para o processo de desinflação no país.
Afinal, com esse cenário para a inflação, estaríamos caminhando para a última alta da Selic na próxima quarta-feira? No meu ponto de vista, com esses dados do índice geral de preços e dos preços ao consumidor, a Selic de 12,75% ao ano passa a ganhar força como sendo a taxa do fim do ciclo de alta dos juros para 2022″.