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Investimentos

US$ 1 milhão ou R$ 6 milhões daqui a 10 anos: o que você escolheria?

Histórico mostra que disparidade entre dólar e real pode aumentar de maneira brusca

Por João Escovar

14 jun 2024, 14:18 - atualizado em 14 jun 2024, 14:30

real e dólar
Montagem: Empiricus Research

Caro leitor, imagine que você possa escolher agora, com a cotação do dólar a R$ 5,40, qual maleta (ou Pix) gostaria de receber daqui a 5 anos:

  • Uma com US$ 1 milhão, hoje equivalente a 5,4 milhões de reais;
  • Ou uma com 6 milhões de reais?

Naturalmente, se a maleta fosse recebida hoje, faria sentido optar pelos 6 milhões de reais. Mas daqui a 10 anos, o que você acha que é mais provável:

  1. Que o dólar se valorize perante o real e ultrapasse a cotação de 6 para 1?
  2. Que a moeda brasileira ganhe força ou ao menos mantenha a proporção atual?

E tirando as questões cambiais, quanto você acha que R$ 1 em 2034 terá de poder de compra em relação a hoje? Será que o dólar vai ser mais ou menos afetado pela inflação do que o real?

Se você ainda não tem a resposta escancarada, alguns números podem te ajudar a escolher…

Em 10 anos, dólar valorizou 130% em relação ao real

No início de 2014, o dólar era cotado a R$ 2,34. Hoje, cada “verdinha” pode ser trocada por R$ 5,40.

Isso quer dizer que, no período, a moeda americana se valorizou 130% em relação à brasileira.

Caso alguém tivesse, em 2014, sido perguntado se preferiria receber, após 10 anos, uma maleta com 1 milhão de dólares ou 3 milhões de reais, quem tivesse escolhido os dólares hoje teria o equivalente a R$ 5,4 milhões.

Já quem tivesse optado pelos R$ 3 milhões reais, hoje teria cerca de 555 mil dólares.

Ou seja, embora na época essa não fosse a melhor decisão, a disparidade que uma década gera entre a moeda mais forte do planeta e uma divisa exótica e instável, como a brasileira, chega a ser cruel.

E isso não vale apenas para o câmbio, mas também para a inflação…

Desde 2014, dólar foi bem menos corroído pela inflação do que o real

Olhando sob a perspectiva do poder de compra, a opção pelo dólar também é historicamente mais inteligente.

Nos últimos 10 anos, o IPC (índice oficial de inflação dos Estados Unidos) acumulado foi de 31,6%. No mesmo período, o IPCA acumulado ficou em 77,5%, ou seja, quase 2,5 vezes maior.

Isso quer dizer que US$ 1 milhão hoje compra o mesmo que US$ 760 mil em 2014, ou seja, houve uma perda do poder de compra de 24%.

Já R$ 3 milhões hoje compram em 2024 o mesmo que R$ 1,7 milhão em 2024 – uma perda de poder de compra de 44%.

VÍDEO: ‘ESCOLHA SUA MALETA’ AGORA

Entenda por que é ‘inconcebível’ não investir no exterior

A simples dinâmica da inflação e do câmbio já mostra que quem preferiu dólares a reais em 2014 hoje está em uma melhor situação financeira.

Além de o dólar ser a principal moeda de transações globais, é nele que está lastreada boa parte das reservas internacionais dos países.

Os Estados Unidos, por outro lado, são a principal potência econômica do mundo – e a credibilidade de sua moeda fiduciária é muito maior do que a da brasileira.

Já em relação à inflação, as metas americanas são bem mais restritas que as nossas (cerca de 2% ao ano), o que, no longo prazo, faz o dinheiro ser menos corroído. No Brasil, temos ainda um grave histórico fiscal e de equilíbrio de contas, o que tende a gerar inflação e fazer o real perder valor.

Só que, para além dessa dinâmica Brasil x EUA, o dólar permite que o investidor acesse mercados muito mais dinâmicos e complexos.

Quem guiou os ganhos com tecnologia e ciência nos últimos anos foram majoritariamente as ações americanas – e a tendência deve ser repetir com a onda de inteligência artificial e semicondutores.

É por isso que, na visão do analista Enzo Pacheco, especializado em ativos internacionais, “é inconcebível que um investidor não tenha parte do patrimônio no exterior”.

Naturalmente, a fatia ideal depende dos objetivos de vida de cada um e de quão “dolarizado” é seu custo de vida. Mas ficar refém do real, da insegurança jurídica brasileira e da limitação do nosso mercado de capitais não é a melhor opção.

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Entenda por que o Brasil é um dos piores lugares do mundo para se investir

Quem compartilha da mesma opinião de Pacheco, mas com um tom bem mais crítico, é o empresário Caio Mesquita, CEO da Empiricus, a maior casa de análise de investimentos independente do país.

A perda massiva de valor do real e a insignificância do nosso mercado de capitais, sem contar os imbróglios políticos e jurídicos, colocam o Brasil, na visão de Mesquita, na lista dos piores lugares do mundo para se investir.

Claro que é até natural que os brasileiros comecem a investir no Brasil, tanto pela proximidade como pela exposição de seu custo de vida ao real. Mas, na visão do empresário, é preciso diversificar globalmente o mais rápido possível.

“Se o seu patrimônio está praticamente todo aqui no país, eu diria, sem exagero, que você pode estar colocando o futuro financeiro da sua família em risco”, afirma de maneira categórica.

Mesquita é um dos idealizadores do plano Investidor Global, um projeto amplo da Empiricus para auxiliar o investidor a diversificar e sofisticar sua carteira globalmente.

O plano ajuda tanto investidores que possuem 0% de patrimônio no exterior e querem “molhar o pé”, mas também aqueles que ainda estão limitados apenas aos BDRs ou às ações americanas.

Trata-se de não só buscar ganhos em dólar, mas de constituir patrimônio lastreado na principal economia do planeta.

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Para tornar clara a estratégia do plano Investidor Global, a Empiricus elaborou um documentário gratuito a respeito do projeto.

Apresentado por Mesquita, o conteúdo aborda temáticas como:

  • A fragilidade do investimento no Brasil;
  • Alternativas para diversificar sua carteira globalmente;
  • Introdução à estratégia capitaneada pelo empresário e sua equipe de analistas.

Para receber acesso ao documentário de maneira gratuita, basta fazer o cadastro na lista de interessados, clicando no botão abaixo:

Sobre o autor

João Escovar

Jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado em Finanças.