O Bradesco não está em nenhuma carteira de ações da Empiricus (ao contrário do Itaú), mas não é uma ação ruim.
Veja o que escreveu o sócio Max Bohm em um relatório exclusivo para assinantes da Empiricus de julho de 2020:
“Nossos bancos são mais rentáveis que várias instituições financeiras de países desenvolvidos. Suas ações sempre pagaram dividendos atrativos e regulares. Sempre lembro do meu pai dizendo: se você não quer ter preocupação com ação e ganhar dinheiro no longo prazo, compre Itaú e Bradesco e durma tranquilo.
Mesmo com o surgimento de Banco Inter, Nubank, C6, Next, entre outros, a Dona Josefa do interior do Piauí continuará recebendo e depositando seu dinheirinho nos bancos tradicionais.
Essa é a realidade do nosso Brasil. Projeto décadas à frente para que tenhamos mudanças estruturais no jeito do cliente se relacionar com os bancos. Até lá dá para ganhar muito dinheiro com as ações do setor.”
Especificamente sobre Bradesco, o sócio Sérgio Oba apontou em agosto de 2020 que mesmo com a crise do coronavírus o Bradesco conseguiu manter níveis saudáveis de inadimplência, o que mostra a resiliência do banco.
O fato de o Bradesco contar com uma importante unidade de seguros, que representa um terço do lucro, também é uma boa notícia: esse é um setor com resultados que oscilam pouco, previsíveis.
Naquele momento, Oba apontava preços bastante convidativos para o Bradesco: um múltiplo preço/lucro de 10 vezes. Mesmo que o lucro viesse a cair significativamente, ainda assim estaria barato.
Por que a Empiricus recomenda Itaú, então?
Uma das razões é que o retorno sobre patrimônio do Itaú é melhor (23,7% contra 20,6% em 2019), mas não é que você estará mal servido nem levará sustos com as ações do Bradesco se resolver comprá-las.