A Petrobras (PETR4) divulgou nesta quinta-feira (5) os resultados do 1º trimestre de 2022. O reporte veio com números fortes, impulsionados pela alta do preço do barril de petróleo, o que se refletiu em geração de caixa e Ebitda robustos.
Além disso, é esperado que a petroleira anuncie dividendos “gordos” aos acionistas, em decorrência dos bons resultados obtidos. A análise feita pelo BTG Pactual, por exemplo, estima que o lucro trimestral renderá um pagamento de 7% de dividend yield.
E então, será que é hora de investir nas ações da Petrobras?
Embora a companhia esteja em um bom momento, a recomendação de compra dos papéis sempre envolve polêmicas. Desde o início do governo, a Petrobras tem estado sujeita às canetadas e entrevistas desajeitadas do presidente Jair Bolsonaro.
Vale lembrar ainda que estamos em ano eleitoral, o que deixa as coisas mais voláteis para a petroleira. Afinal, embora ela seja uma empresa de capital aberto, o seu maior acionista é o Governo Federal. Assim, a campanha presidencial tende a evidenciar as tensões entre a busca de lucros da empresa e seu papel como uma ferramenta para medidas populistas.
Pensando em todos esses aspectos, o analista e sócio-fundador da Empiricus, Rodolfo Amstalden, fez uma análise aprofundada sobre a Petrobras. Em um relatório gratuito, ele colocou na balança os pontos positivos e negativos sobre a empresa e deu um veredito sobre a compra dos papéis.
É por isso que eu aconselho que você entenda o que está em jogo para a Petrobras antes de sair comprando ou vendendo as ações. Até porque não basta apenas olhar para um bom resultado trimestral para tomar uma decisão. É preciso analisar todo o contexto em que a empresa está inserida.
Sendo assim, convido você a continuar a leitura para que entenda melhor quais são os pontos que devem ser levados em consideração quando falamos sobre a Petrobras.
Colocando ‘na balança’: pontos positivos para investir na Petrobras
Para chegar à resposta se vale ou não vale a pena investir na Petrobras agora, vamos começar pelos pontos a favor da empresa. Em primeiro lugar, a petroleira está vivendo um ótimo momento em termos operacionais.
Na análise de Rodolfo, a empresa conta atualmente com produção elevada, custos competitivos e melhora relevante na capacidade de gerar caixa. E a boa performance, por si só, já é uma excelente notícia para o investidor que gosta de dividendos.
Mas ainda tem mais. A companhia também reduziu em mais de US$ 70 bilhões o seu endividamento desde 2014. Na prática, a maior geração de caixa combinada com menos dívidas significa dividendos ainda maiores para os acionistas.
E quando o assunto são dividendos, a Petrobras é uma grande conhecedora. Para você ter uma ideia, em 2021 a petroleira teve um dividend yield da ordem de 20%. Nas palavras do analista, pode-se considerar a companhia como uma grande “vaca leiteira” que, no mundo dos investimentos, é sinônimo para uma ótima pagadora de proventos.
No entanto, sabemos que dividendos passados não são garantia de dividendos futuros e o que interessa de verdade é o que vem pela frente. Será que a Petrobras tem condições de mantê-los em níveis tão elevados?
Não é possível dar garantia, mas segundo o plano estratégico divulgado pela empresa, talvez seja possível sim. De acordo com a Petrobras, o projeto mínimo é de US$ 60 bilhões de dividendos a serem pagos aos acionistas nos próximos 5 anos.
Sem utilizar premissas agressivas no plano, dado que o valor de barril de petróleo (brent) médio usado na projeção é de US$ 61, isso seria o mesmo que cerca de US$ 12 bilhões por ano em dividendos, e um yield de 12,9% ao ano nas cotações atuais.
Para deixar claro, não se sabe qual será a cotação do petróleo daqui a 6 meses, por exemplo. E nada impede que o brent termine o mês com mais de 50% de queda. No entanto, para Rodolfo:
“O que sabemos é que a Petrobras está caminhando para se tornar uma das poucas que geram caixa mesmo nesses raros cenários de estresse, e isso é o que costuma separar as companhias sobreviventes das que viram história no setor de commodities” – Rodolfo Amstalden, sócio-fundador da Empiricus
E quanto aos pontos negativos?
Agora vem a parte chata: os pontos negativos que pesam sobre a Petrobras. Como já mencionei, o mal que assola a companhia é o governo. E, para que você não pense que estou tomando partido aqui, não me refiro apenas ao presidente Jair Bolsonaro.
Desde os primórdios, a petroleira enfrenta interferências políticas. E o principal motivo é devido à política de preços da companhia, que é vinculada à flutuação do valor praticado no mercado internacional. Para que você entenda melhor, a política de preços funciona assim:
A Petrobras usa o Preço de Paridade Internacional (PPI) para definir o valor que cobrará dos distribuidores. Ele considera o preço dos combustíveis praticado no mercado internacional, os custos logísticos de para trazê-los ao Brasil e uma margem para remunerar os riscos da operação. Como o preço no mercado internacional é em dólar, a cotação da moeda também influencia o cálculo.
Mas essa política passou a valer apenas após o governo de Michel Temer. Antes, nos governos de Dilma Rousseff e Lula, a companhia segurava os impactos das oscilações dos preços, o que fazia com que ela lucrasse menos do que deveria. Em alguns casos, chegava a ter prejuízos por vender combustíveis por um valor inferior ao que tinha pagado no mercado internacional.
Estou dizendo tudo isso apenas para que você entenda que, independentemente do presidente que estiver no poder, sempre haverá a tentação de mexer na política de preços da Petrobras. Sobretudo quando o preço dos combustíveis dispara, como o que estamos vivendo agora, com os maiores preços da história recente do país.
Nesse cenário, qualquer intervenção seria ruim. E, como se não bastasse, temos uma eleição presidencial a caminho no Brasil. Para angariar votos, há um risco de que a Petrobras seja utilizada como ferramenta para medidas populistas. O que, mais uma vez, prejudicaria os acionistas da empresa.
[RELATÓRIO GRATUITO] SAIBA SE É HORA DE INVESTIR NAS AÇÕES DA PETROBRAS
E então, comprar ou vender PETR4? Saiba a resposta neste relatório gratuito
Não cabe a mim dar a resposta para um assunto tão complexo (e polêmico) como a Petrobras. Por isso, deixo a missão de responder a pergunta para Rodolfo Amstalden. Neste relatório gratuito, o analista e sócio-fundador da maior casa de análise financeira do país diz se é hora de apostar ou não nos papéis PETR4.
Lá, ele explica exatamente qual é o momento da companhia e se, levados todos os pontos acima em consideração, você deveria investir o seu dinheiro. Pode ficar tranquilo, pois o acesso ao relatório é grátis. Você não será cobrado em nenhum centavo para ler a tese completa sobre a Petrobras.
E, se você está em dúvida quanto a propriedade de Rodolfo em falar sobre o assunto, fique despreocupado. Além de ter ajudado a fundar a Empiricus, ele também é responsável por uma das carteiras da casa, que leva o nome de “Vacas Leiteiras”.
Como dito anteriormente, esse nome faz alusão às empresas maiores pagadoras de dividendos da bolsa brasileira. São aquelas que têm em seu DNA o pagamento de proventos “gordos” aos acionistas.
E então, será que a Petrobras está entre as recomendações de Rodolfo? Para saber, aconselho que você libere o seu acesso gratuito ao relatório completo no botão abaixo. É só colocar um e-mail válido para recebê-lo e aguardá-lo na sua caixa de entrada: