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Em sua primeira coletiva como CEO da Vale (VALE3), Gustavo Pimenta anunciou que a companhia junto com o BNDES aportarão R$ 1 bilhão em um Fundo de Investimento em Participações (FIP) focado em metais de transição energética.
O FIP poderá investir em até 20 pequenas e médias empresas com atuação em pesquisa e desenvolvimento de projetos estratégicos, e será gerido por JGP Asset, BB Asset e Ore Investimentos.
Por que é positiva o aumento de exposição da Vale a metais de transição?
Com cerca de 90% da receita proveniente do minério de ferro, um business considerado “ultrapassado e com os dias contados” para muita gente (não é a nossa visão), o aumento da participação de metais de transição significaria para a Vale não só uma nova avenida crescimento, mas também uma quebra do ceticismo com relação à longevidade da companhia, pois a colocaria em uma posição muito estratégica no processo de transição energética das próximas décadas, e certamente ajudaria a elevar os seus múltiplos (hoje abaixo de 4x Valor da Firma/Ebitda).
Obviamente, esse é apenas um primeiro passo, mas abre opcionalidades importantes, inclusive para melhorias na Vale Base Metals. No entanto, há um outro sinal importante nesse anúncio.
Por se tratar de uma parceria importante com o BNDES, em poucas horas Pimenta já mostrou que possui um bom trânsito político, o que tem se tornado cada vez mais necessário no dia a dia da Vale.
Lembre-se que ainda temos discussões sobre renovação de ferrovias e compensações envolvendo a Samarco, negociações bilionárias e que dependem de muita habilidade política.
Dito isso, os primeiros sinais do novo CEO são encorajadores.
Por fim, além de Vale, enxergamos potencial em outras 5 ações para buscar dividendos. Confira a lista completa neste relatório gratuito.
