A Vale (VALE3) finalmente chegou a um acordo com a Agência Nacional de Transportes (ANTT) sobre a repactuação dos contratos de concessão da Estrada de Ferro Carajás e Estrada de Ferro Vitória a Minas, que vinham sendo questionados pelo governo por achar que elas eram muito favoráveis à mineradora.
De acordo com a Vale, o aporte será de até R$ 11 bilhões, com R$ 4 bilhões de pagamento à vista, e o restante em melhorias e modernização dos ativos ao longo dos próximos anos, o que deve resultar em um aumento de aproximadamente US$ 300 milhões nas provisões, valor que está linha com as expectativas do mercado.
Entre impactos negativos, ainda há boas notícias para a Vale
Apesar do impacto negativo nos próximos resultados, esse é mais um evento relevante de de-risking e chegou logo depois do acordo envolvendo as reparações de Mariana (MG), comprovando o bom trânsito da nova gestão com o governo – essencial para uma companhia com a importância da Vale.
Essas boas notícias se somam à melhoria de produção e redução de custos que temos visto nos últimos trimestres, mas não têm sido suficientes para compensar as preocupações com a desaceleração na China.
Por 10% de dividend yield e apenas 4,5x preço/lucros, as ações Vale seguem na carteira.