Na nova publicação da série Os Melhores Fundos de Investimento, escrita pelo analista Alexandre Alvarenga, são analisadas 4 opções de ETFs para aqueles que querem investir no mercado de cripto de forma prática: CRPT11, DEFI11, META11 e WEB311.
São alternativas mais fáceis para acessar criptoativos, proporcionando diversificação à carteira, além de possuírem menor custo para investidores como você.
Confira abaixo uma breve análise dos 4 ETFs de criptoativos que integram as sugestões da série:
1. Empiricus Teva Criptomoedas Top 20 (CRPT11)
O primeiro fundo recomendado é o CRPT11, ETF criado em uma parceria entre Empiricus, Vitreo (gestora do ETF) e Teva Índices, que replica o índice Teva Criptomoedas Top 20.
A Teva é uma provedora de índices nacional que iniciou suas operações em 2019, com mais de 100 índices que cobrem o mercado de ações, títulos do Tesouro, debêntures, fundos imobiliários e criptoativos.
O Teva Índice Criptomoedas Top 20 é composto pelas 20 criptomoedas com maior valor de mercado disponíveis para negociação e que atendem alguns critérios:
- Ativos negociados em ao menos duas das três corretoras de negociação selecionadas (Kraken, Gemini e Coinbase). Assim, cria-se um filtro adicional caso o custodiante seja aprovado por essas corretoras, para a diligência posterior do comitê do índice;
- Volume mensal de negociação igual ou superior a R$ 200 milhões, multiplicado pelo “valor ajuste de liquidez” (equivalente a 1, que pode ser alterado pelo comitê do índice) em cada um dos dois meses anteriores à data de rebalanceamento;
- O ativo deve ter 100% dos dias com negociação no mês anterior ao rebalanceamento.
O comitê do índice, por sua vez, funciona como um filtro adicional, que não pode incluir nenhum ativo, mas que possui poder de veto, uma segurança contra projetos duvidosos.
Além disso, são excluídos alguns ativos que, de acordo com a metodologia, podem oferecer risco à proposta, sendo eles: Stablecoins; Memecoins; Wrapped coins; Asset-backed tokens; Tokenized Bitcoins; NFTs; Forks de outros criptoativos; e ativos com governança inadequada.
O CRPT11 possui uma parte superior a 85% da exposição atrelada às duas principais criptomoedas: Bitcoin e Ethereum.
“Com a metodologia do CRPT11, o backtest demonstra a qualidade da maior diversificação do índice frente ao NCIS e ao Bitcoin”, afirma Alexandre Alvarenga (NCIS significa Nasdaq Crypto Index Settlement Price).
Apesar da grande exposição às duas moedas tradicionais, o CRPT11 consegue capturar bem o restante do potencial de valorização dos ativos menores em ascensão.
Dessa forma, com relativamente baixo custo (0,75% ao ano de taxa de administração) e bom dinamismo de rebalanceamento, o CRPT11 passa a integrar as sugestões oficiais da série.
2. DEFI11
O DEFI11 foi construído pela Hashdex em conjunto com a CF Benchmarks – provedora internacional de índices de criptoativos – tal qual os outros dois ETFs (META11 e WEB311), sendo todos eles temáticos.
Esse fundo busca replicar o CF DeFi Composite Index – Modified Market Cap Weight, índice de finanças descentralizadas, que é o principal foco do fundo.
As finanças descentralizadas se definem como operações do mercado financeiro tradicional feitas usando a tecnologia do universo de criptomoedas, como os próprios tokens em si e a blockchain, em protocolos financeiros descentralizados.
Quando é feita a transferência de uma criptomoeda, um ativo de uma carteira A é transferido para uma carteira B.
A garantia de que essa operação ocorrerá de fato fica a cargo do protocolo de finanças descentralizadas, fazendo o trabalho de uma corretora de criptomoedas (DEX – Decentralized Exchange).
Segundo os gestores, o DEFI11 busca garantir a exposição a todos os elementos presentes na cadeia de valor de um protocolo DeFi, com três principais temas em sua composição:
- Protocolos DeFi propriamente ditos (como Uniswap e Aave), representando 70% do índice;
- Protocolos de suporte, secundários, de prestadores de serviços e de soluções de escalabilidade (como Polygon e Matic), representando 15% do índice;
- Plataformas de registro e liquidação de smart contracts (contratos inteligentes, como o Ethereum), representando os 15% demais.
“O DEFI11, conforme nossa avaliação, é um excelente veículo para capturar essa temática, permitindo ao investidor a exposição ao sistema de finanças descentralizadas que acreditamos que tem poder transformacional na sociedade no longo prazo, integrando hoje as sugestões oficiais da série”, conclui Alvarenga.
3. META11
Também ETF da Hashdex, o META11 busca replicar o CF Digital Culture Composite Index – Modified Market Cap Weight, índice que possui exposição ao ambiente do metaverso.
De acordo com a Hashdex, há um amplo espaço de crescimento para essa temática, em categorias como jogos, tokens sociais – no ambiente musical, de esportes e de profissionais do entretenimento -, NFTs e até mesmo em completos mundos virtuais.
A construção do ETF segue uma lógica parecida com a do DEFI11, com três subsetores ponderados internamente pela capitalização de mercado: protocolos de cultura, de suporte e de registro.
Confira a carteira teórica do índice:
A Hashdex comentou que o ETF está em processo de disponibilização para os investidores, e sua negociação começará a partir do dia 3 de junho.
“Diante disso, já estamos estendendo nossa sugestão para contemplar nossa convicção no META11, assim que disponível ao mercado”, conclui Alexandre.
4. WEB311
O WEB311, mais um ETF da Hashdex, busca replicar o CF Web 3.0 Smart Contract Platforms Market Cap Index, índice que possui exposição ao ambiente Web 3.0 e aos contratos inteligentes (smart contracts) ligados a esse ecossistema.
A Web 3.0, considerada a nova fase da internet, é construída sobre o conceito fundamental de descentralização, oferecendo poder e liberdade ao usuário.
Essa transformação no ambiente de criptoativos é bastante pautada pelos contratos inteligentes, que cumprem um papel importante, evidenciando a razão pela qual a tese está representada nos últimos dois ETFs temáticos citados.
Já os contratos inteligentes são contratos registrados na blockchain capazes de estabelecer termos entre os usuários de forma puramente digital, em redes e aplicações descentralizadas.
Em uma plataforma de contratos inteligentes, como o Ethereum (principal plataforma nesse ambiente segundo os gestores), quanto maior o uso da rede, maior será a procura pelo seu token de utilidade (o ETH), aumentando o valor da rede como um todo.
Visto isso, o Ethereum ocupa uma das três principais posições de destaque no índice atualmente, junto do ecossistema Solana (SOL) e Cardano (ADA), como é possível conferir a seguir:
“Assim como o DEFI11 e o META11, o WEB311 também é uma ótima solução temática para exposição ao desenvolvimento da indústria de criptoativos, podendo capturar movimentos de ativos em ascensão com o crescimento da Web 3.0”, afirma Alvarenga.
Ele complementa: “Com isso, o WEB311 passa a compor nossas sugestões na área O Que Comprar, para criptoativos”.
Alocação: Qual o tamanho ideal da exposição em cripto?
Apesar do momento mais complexo para o mercado, é justamente nessas ocasiões que há oportunidade de investir em bons ativos baratos.
No entanto, em qualquer cenário, os investidores têm que considerar que a fatia de investimentos em criptos precisa ser pequena.
Os analistas da Empiricus ressaltam que o ideal é respeitar uma alocação em criptoativos de até 5% do patrimônio. Para quem tem perfil mais conservador, eles recomendam uma fatia de 2% da carteira total.
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Coordenada pelos analistas Bruno Marchesano, Bruno Mérola, Alexandre Alvarenga, Pedro Silva e Rafaela Rocha, a série Os Melhores Fundos de Investimento disponibiliza diversos conteúdos informativos e recomendações nessa modalidade.
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