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Vitreo lança fundo para investir no hidrogênio verde, combustível que é a grande aposta de Bill Gates para salvar o planeta

Fonte energética mais limpa não emite carbono e é alternativa ao petróleo; investimentos estão crescendo para baratear a produção

Por João Escovar

16 ago 2021, 16:11

Você já ouviu falar em um combustível que pode substituir derivados do petróleo, como a gasolina e o diesel, mas que emite vapor de água na atmosfera ao invés de gases do efeito estufa?

Ele existe: é o hidrogênio verde, a grande aposta de Bill Gates e das principais potências globais para salvar o planeta. E uma plataforma de investimentos brasileira está apostando forte no potencial dessa tecnologia e seus futuros lucros.

Na semana passada, a ONU divulgou um relatório não tão surpreendente, mas extremamente dramático. Segundo a organização, as mudanças climáticas trazidas pela ação humana “não têm precedentes” e é necessária uma redução brusca das emissões de gases do efeito estufa – especialmente o dióxido de carbono (CO2) – para tentar mitigar o aquecimento global e evitar o colapso da Terra.

O grande problema é que, para mantermos o padrão de vida, produção e consumo atual, precisamos de energia – e a tendência é a de que a demanda siga aumentando. Por outro lado, a energia gerada pela queima dos combustíveis fósseis é uma das principais fontes de emissão de carbono na atmosfera pela atividade humana.

Ou seja, das duas, uma: ou reduzimos a demanda por energia, o que prejudicaria o crescimento econômico e os hábitos modernos, ou encontramos novas fontes de energia, que sejam mais limpas e menos prejudiciais ao meio ambiente. Como você já deve pensar, a segunda alternativa é a que vem sendo levada mais a sério por instituições, governos, cientistas e investidores.

E o hidrogênio com isso? Aulinha rápida de química antes de investir

O grande consenso para tornar a matriz energética mundial mais limpa é a substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis. Ou seja, usar a eletricidade, por exemplo, para mover carros ao invés de gasolina ou óleo diesel. Ou gerar energia elétrica a partir da água, do vento ou do sol – sem queimar gás nas termelétricas – e por aí vai.

Nessa percepção, o hidrogênio entra justamente como uma opção de vetor energético para substituir os derivados do petróleo. Assim como a gasolina, por exemplo, ele armazena grande quantidade de energia e pode ser usado em indústrias, termelétricas e modais de transporte como veículos, aviões e navios. E o melhor, sem emitir dióxido de carbono (CO2).

Observe no gráfico abaixo uma projeção da demanda de hidrogênio como combustível em diversos segmentos da indústria e dos transportes nas próximas décadas:

Antes de entrar em mais detalhes, é importante entender quem é esse hidrogênio. O combustível de que falamos é o gás hidrogênio (H2), substância extremamente escassa na atmosfera terrestre (0,00005% do total). Ele é composto por dois átomos do elemento hidrogênio (H), esse sim um dos mais abundantes do nosso planeta.

Contudo, esse elemento é encontrado na Terra combinado com outros, formando, por exemplo, a água (H2O) ou diversas outras substâncias, como o etanol ou os hidrocarbonetos que compõem o petróleo. Para obter o gás hidrogênio combustível (H2), portanto, é preciso transformar substâncias que contenham o elemento (H).

A grande diferença do gás hidrogênio para os combustíveis ricos em carbono é a de que, ao serem queimados em combinação com o oxigênio, os combustíveis fósseis eliminam gás carbônico (CO2), enquanto o hidrogênio libera H2O, ou seja, água.

Apesar de todo seu potencial energético (chegou a ser usado pela Nasa como combustível de foguete), o gás hidrogênio é utilizado hoje em dia no processo de refino do petróleo, tratamento de metais e produção de fertilizantes. Isso ocorre, basicamente, pelos altos custos de geração de H2 e pelas dificuldades de armazenamento, dado seu elevado grau de risco para explosões.

O desafio está na produção do hidrogênio verde

No título deste texto, nos referimos ao hidrogênio como o “petróleo verde”. Isso não foi apenas uma maneira de indicar que existe um possível substituto para os combustíveis fósseis mais alinhado à pauta ESG (sigla em inglês para “ambiental, social e governança”).

Na realidade, a grande aposta de governos e investidores é, além de escalar o uso do hidrogênio, conseguir viabilizar a produção do hidrogênio verde, que até agora representa apenas 0,1% do H2 produzido no mundo.

Mas, se o gás hidrogênio já é uma fonte de energia limpa, o que seria o hidrogênio verde? O que acontece é que, apesar de a queima do hidrogênio ser limpa, o modo como ele é produzido é determinante para verificar seu impacto ambiental. E é aí que foi desenvolvida, literalmente, uma paleta de cores para o H2.

Em 2019, por exemplo, 95% de todo o hidrogênio produzido no mundo corresponde ao “cinza”, gerado a partir do gás natural. O hidrogênio “preto”, por exemplo, é feito a partir do carvão. Isso torna o uso desse hidrogênio inviável em termos ambientais, já que, embora sua queima em si não emita CO2, sua produção exige o consumo de combustíveis fósseis.

O hidrogênio “verde”, por sua vez, é produzido a partir da eletrólise da água, através de fontes renováveis, como a energia eólica ou solar. Ou seja, além de evitar a poluição no consumo, também é fruto de uma produção limpa.

Preço elevado e novas tendências mundiais para o H2

Muito bem, parece que temos aqui uma solução para a questão do consumo de combustíveis fósseis, certo? Apesar de tudo parecer perfeito, a produção de hidrogênio verde tem um problema considerável: é muito cara. Um quilo de H2 verde, por exemplo, custa entre US$ 3 e US$ 6,5 para ser produzido, enquanto o cinza custa US$ 1,80.

No momento, isso é um dos maiores entraves para a revolução do hidrogênio. Contudo, diversos fatores já começam a apontar para o barateamento e a popularização do combustível limpo no futuro. E é nisso que grandes gestores do mercado financeiro, como os da Vitreo, estão apostando: investir no mercado antes de sua explosão, para colher lucros de grande proporção.

Separamos os quatro principais fatores que fazem aumentar a esperança de uma migração generalizada do petróleo para o hidrogênio verde nas próximas décadas:

1 – Ele está ficando mais barato

Como dissemos há pouco, o preço de produção do hidrogênio verde ainda é alto para que seu uso em escala global seja difundido. Entretanto, o custo de produção diminuiu muito na última década. Se hoje ele oscila entre US$ 3 e US$ 6,5, em 2010 o custo variava entre US$ 10 e US$ 15 por quilo. Já o preço dos eletrolisadores, os aparelhos que produzem o hidrogênio a partir da água, já caiu 50% nos últimos cinco anos – e pode cair até 90% até 2030.

2 – Potências mundiais estão investindo pesado

Cobrados para tomarem atitudes contra as mudanças climáticas, os governantes das maiores economias globais – que são também as que mais poluem – estão se comprometendo cada vez mais a assumir metas de menores emissões de carbono.

A União Europeia, por exemplo, tem no hidrogênio verde um de seus principais pilares de transição energética – e prometeu investir mais de US$ 400 bi até 2030. Já o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que irá equiparar o preço do hidrogênio verde ao cinza em uma década.

Sem falar que, com uma alternativa mais limpa e feita a partir da água, muitos países diminuiriam sua dependência da importação de combustíveis fósseis, o que seria estratégico para a economia e a segurança nacional.

3 – O olhar dos investidores mudou

Cada dia mais, os investidores de todo o mundo estão preocupados com o alinhamento à pauta ESG (ambiental, social e governança). Basta lembrar que diversos fundos europeus ameaçaram retirar investimentos do Brasil durante a alta das queimadas da Amazônia, no ano passado.

Um grande exemplo é o bilionário americano Bill Gates, fundador da Microsoft. Em seu recente livro “Como evitar um desgaste climático”, o magnata classificou o hidrogênio verde como uma das melhores invenções dos últimos tempos para combater o efeito estufa.

Mas como só falar não basta, Gates já aportou mais de US$ 20 milhões em uma startup israelense que se propõe a aumentar a eficiência da eletrólise. O Bank of America, umas das instituições financeiras mais respeitadas do mundo, também avaliou a indústria do hidrogênio verde em US$ 11 trilhões até 2050.

No Brasil, a plataforma de investimentos Vitreo já está na vanguarda dessa revolução. Concebida com o intuito de trazer produtos sofisticados ao investidor comum, a corretora lançou recentemente o fundo Vitreo Hidrogênio, com alocação em ETFs (fundos de índice) e ações de empresas ligadas diretamente à produção de tecnologias que viabilizem o uso do H2. Uma dessas empresas, a Plug Power, já se valorizou 220% nos últimos 12 meses, por exemplo.

Com o aporte de fundos e investidores, a tendência é que a tecnologia por trás do hidrogênio se desenvolva cada vez mais, propiciando um custo mais acessível.

4 – A questão ambiental veio para ficar

A sociedade, especialmente a geração mais jovem, está cada vez mais exigente em relação às questões ambientais. Consumo, posicionamento, investimentos, tudo vai ganhando contornos de preocupação com o ESG. Isso acaba forçando um direcionamento para tecnologias de preservação do planeta – principalmente quando elas se casam com potencial de lucros, como é o caso do hidrogênio.

Segundo projeções, o H2 verde pode ser responsável por suprir 24% de nossa demanda de energia até 2050, o que implicaria na redução de um terço das emissões de gás carbônico no planeta.

A partir de R$100, já dá para investir nessa revolução energética

Unir investimentos capazes de gerar grandes lucros e ao mesmo tempo colaborar com a transição energética e preservação do meio ambiente é o novo “juntar a fome com a vontade de comer” do mercado financeiro. O hidrogênio verde é uma dessas apostas promissoras, que tendem a ganhar muito valor conforme for se popularizando.

A oportunidade aberta pelo Vitreo Hidrogênio, portanto, é a de buscar lucros assimétricos (potencial de ganho muito maior que o de perda), ao mesmo tempo em que o investidor se alinha com a pauta ESG. A partir de apenas R$ 100, já é possível fazer parte dessa revolução energética. Veja abaixo alguma das características do fundo:

  • Alocação em ETFs (80%) negociadas nas bolsas de Nova York e ações (20%) de empresas ligadas ao hidrogênio verde;

  • Investimentos a partir de R$ 100, sem a necessidade de dólar ou conta no exterior;

  • Taxa de administração de 0,9% a.a (R$ 0,90 a cada R$ 100).

Conforme recomendação da Vitreo, por ser um investimento alternativo e que ainda depende de uma evolução do padrão energético global, é recomendada a aplicação de uma pequena parte do patrimônio (1% a 3%). Além disso, a visão do investidor deve ser de longo prazo, já que as mudanças de matriz energética se desenvolvem ao longo de anos.

QUERO CONHECER O VITREO HIDROGÊNIO

Quem mais ganha dinheiro no mercado financeiro são aqueles investidores que antecipam os movimentos de mercado. Veja só o caso do bitcoin e das criptomoedas: quem acreditou neles lá atrás teve multiplicações extraordinárias de patrimônio. Hoje, ainda existe a possibilidade de ganhos, mas elas são menores, especialmente nas criptomoedas consolidadas.

A situação do hidrogênio verde é parecida, mas não é igual. Do mesmo modo, o H2, por ainda não estar plenamente difundido na economia global, possibilita que o investidor que entrar agora, antes do boom, tenha ganhos excelentes.

Mas, diferentemente das criptos, estamos falando de algo muito mais próximo do nosso dia a dia: uma transição energética emergencial, que já está começando a se concretizar para governos e investidores.

Portanto, é razoável pensar que, mais cedo ou mais tarde, teremos de mudar radicalmente nosso padrão de energia. E o hidrogênio verde, conforme apontado pelo próprio Bill Gates, pode ser nosso principal aliado nessa missão.

Não perca tempo: clicando no botão abaixo, você pode conhecer mais detalhes sobre esse fundo de vanguarda no mercado brasileiro, capaz de combinar lucros com preocupação ambiental.

QUERO ACESSAR O FUNDO VITREO HIDROGÊNIO E LUCRAR COM A PAUTA ESG

Sobre o autor

João Escovar

Jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado em Finanças.