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Vivara (VIVA3) entregou verdadeiras ‘joias’ no 2T23; resultados vieram acima do esperado

Os resultados do 2T23 da joalheria demonstram resiliência do varejo de luxo em relação aos desafios do setor como um todo.

Por Richard Carboni Camargo

08 ago 2023, 09:32 - atualizado em 08 ago 2023, 10:00

Vivara VIVA3
Imagem: Divulgação/Vivara

Nesta manhã, a Vivara (VIVA3) divulgou seu resultado do 2T23, com números acima do esperado pelo mercado.

No 2T23, a receita líquida totalizou R$ 559 milhões, um crescimento de 19,3% na comparação anual e marginalmente melhor que as expectativas.

Life cresceu em 143% as vendas em comparação anual

Entre os destaques estiveram a maturação das lojas da Life, uma performance interessante em termos de vendas mesmas lojas e bons números no e-commerce.

Sobre a Life, a joalheria de prata do grupo Vivara, as vendas cresceram 143% na comparação e foram abertas 7 novas lojas no 2T23. 

Resumo das vendas por canal da Vivara | Fonte: Companhia

No total já são 84 lojas, com representatividade de 17% das receitas totais do grupo, um aumento de 8,9 p.p na comparação anual.

Como as margens da Life são melhores que a Vivara (em torno de 10 pontos percentuais a mais de margem bruta), o sucesso da Life tem sido acretivo para o grupo em termos de rentabilidade.

Essa mesma dinâmica se manteve durante o 2T23, com o lucro bruto totalizando R$ 390 milhões, crescimento de 23%, acima do avanço das receitas; a margem bruta foi de 69,7%, ou 2 pontos percentuais superior ao mesmo período de 2022.

Além do aumento na participação da Life no mix de vendas, em 2022 a Vivara concluiu a integração do processo de purificação de metais em sua planta de Manaus. Essa integração trouxe uma importante melhora nas margens, ao reduzir significativamente o nível de desperdícios.

A partir do próximo trimestre, porém, esse efeito estará totalmente internalizado aos resultados e deixará de ser notado nas comparações anuais.

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Vendas mesmas lojas trouxe números sólidos

Outro ponto importante de mencionarmos sobre a performance comercial da Vivara é o indicador de vendas mesmas lojas (SSS, da sigla em inglês).

No 2T23, o SSS foi de 4,9% nas lojas físicas e 10,6% considerando-se também o e-commerce. Em nossa opinião, os números foram sólidos, especialmente se comparados a um varejo que ainda não engrenou.

Importante notar que, com os investimentos cada vez maiores em omnicanalidade, é natural que a distância entre o SSS do e-commerce e das lojas físicas siga alta nos próximos anos.

E abriu mais lojas

Já em termos de abertura de lojas, foram inauguradas 14 novas unidades no 2T23, sendo 7 lojas Life e 7 da flagship Vivara. No total, a companhia encerrou o trimestre com 357 lojas abertas.

Crescimento do parque de lojas da Vivara desde 2021 | Fonte: Companhia

No consolidado de 2023, a empresa espera abrir entre 55 e 65 lojas ao total, com maior concentração de inaugurações durante o segundo semestre.

O bom trimestre se traduziu num lucro líquido de R$ 109 milhões, (crescimento de 23% na comparação anual e cerca de 10% acima do esperado pelo mercado) equivalente a uma margem líquida de 19,6%.

Em geral, Vivara teve um bom 2T23

Sazonalmente, o segundo trimestre é um período importante para a Vivara, com vendas historicamente fortes no dia das mães e agora, graças ao crescimento da Life, também muito relevantes no dia dos namorados.

Em termos de participação de mercado, a companhia encerrou o 2T23 com 18,3% de market share no setor brasileiro de joias, apresentando 1,6 p.p. de expansão comparado a junho de 2022, sendo 9,2% para a categoria de Joias Vivara, 6,3% Life e 2,7% de outras categorias.

Em outras palavras, a dominância da Vivara no setor de joias vem aumentando consideravelmente nos últimos 3 anos.

Negociada a cerca de 16x os lucros estimados para os próximos 12 meses, os papéis de VIVA3 fazem parte da carteira da série Microcap Alert, da Empiricus Research.

Além de Vivara, o portfólio é composto por outras 10 small caps. Para conhecê-las e formar uma carteira diversificada de ações para surfar o bull market da Bolsa, acesse este material.

Economista formado pela Universidade de São Paulo (FEA-USP), é analista de ações certificado pelo CNPI, especialista no setor de tecnologia, com foco em ações internacionais. Está na Empiricus há 5 anos, onde é responsável por relatórios nacionais e internacionais, como o MoneyBets Revolution, um portfólio de teses especulativas em segmentos como healthtech, energia sustentável, software e games. Antes da Empiricus, trabalhou por 5 anos no setor de tecnologia.