Depois de muita expectativa, a Vivo (VIVT3) anunciou que foi aprovada em assembleia geral a primeira parte da redução de capital, equivalente a R$ 1,5 bilhão, ou R$ 0,908 por VIVT3 (yield de 1,7%), que serão restituídos aos acionistas até o dia 31 de julho de 2024.
Terá direito à restituição quem tiver as ações até o dia 10 de abril de 2024.
Lembrando que esta é a apenas a primeira “tranche” dos R$ 5 bilhões de redução aprovados pela Anatel. O mais provável é que os outros R$ 3,5 bilhões sejam devolvidos aos acionistas em outras duas parcelas (equivalentes a aproximadamente 2% de yield cada) em 2024 e 2025, que se somam aos aproximadamente 8% de yield por ano esperados na forma de dividendos e JCP.
CFO da Vivo espera payout superior a 100% entre 2024 e 2026
Além desta boa notícia, nos últimos dias a companhia também trouxe algumas atualizações interessantes em um evento do setor de telecom.
O CFO David Melcon começou falando do segmento de fibra, que segue crescendo e aumentando preços (reajuste de 10% em 2023) mesmo com uma competição acirrada das provedoras independentes. Segundo ele, isso está relacionado à uma melhor capacidade da companhia de entender as tendências de cada região e também dos altos investimentos em qualidade.
Falando em investimentos, o Capex elevado para aumentar a abrangência da rede (número de casas passadas) deve começar a dar lugar para um Capex mais relacionado à conexão de casas daqui para frente, levando à penetração de casas conectadas de 22% para 30%, com aumento do faturamento e melhora no fluxo de caixa também.
No segmento móvel, Melcon confirmou que as condições para repasse de preços estão mais favoráveis desde a saída da Oi, mas que existem outros fatores que têm permitido os reajustes com churn baixo: o cross-selling com os serviços de Fibra, a maior velocidade oferecida, maior migração de clientes dos planos pré-pago para os planos-controle e, por fim, a crescente gama de serviços oferecidos após algumas aquisições recentes – planos de saúde, crédito, streaming, etc.
Para fechar, o CFO disse que a expectativa é de que o payout seja maior do que 100% entre 2024 e 2026, o que é ótima notícia para os amantes de dividendos.
Ações da Vivo seguem recomendadas pela Empiricus Research
Apesar de o evento não ter nos trazido grandes insights, deixou claro que as operações de fibra e móvel seguem em um momentum positivo, que os investimentos recentes estão trazendo bons resultados e que a Vivo deve incrementar ainda mais a remuneração aos acionistas nos próximos anos.
Por menos de 5x EV/Ebitda esperado para 2024, a Vivo segue recomendada na série de dividendos da Empiricus, Vacas Leiteiras.
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