Investimentos

Volta dos bares e restaurantes surte efeito positivo para a Ambev (ABEV3) no 1T22

Mantendo-se acima da expectativa do mercado, a Ambev (ABEV3) divulgou seu balanço de resultados referente ao 1T22. Confira os destaques

Por Melissa Bumaschny Charchat

13 maio 2022, 12:45 - atualizado em 13 maio 2022, 12:45

Cervejas da Ambev (ABEV3). Fonte: Instagram/Ambev

Na safra de balanços referentes ao primeiro trimestre de 2022, a Ambev (ABEV3) exibiu os seus números, superando as expectativas do mercado. 

Com um lucro líquido 29% superior ao do mesmo período de 2021, os relatórios das séries Vacas Leiteiras e Double Income trazem análises sobre resultados, pois as ações da companhia estão presentes em suas carteiras.

Acompanhe os principais pontos: 

Enfoque no segmento premium: o que está por trás dos resultados positivos?

Alguns fatores podem ser citados como justificativa para o bom desempenho da empresa, entre os quais a flexibilização do distanciamento social por conta da Covid-19; o maior uso das plataformas digitais; e a estratégia de “premiunização”. 

Em relação ao segmento premium, houve um crescimento de duplo dígito alto, evidenciando o enfoque que foi aplicado neste, bem como na área de inovação.

Quanto às plataformas digitais, vale ressaltar o aumento em 15% na comparação anual do número de clientes do BEES, plataforma oficial de vendas da Ambev.

Outro avanço importante foi no segmento de bebidas não alcoólicas, que teve um aumento de 16,9% no volume de produção. Esse bom resultado foi estimulado pelo amplo mix de marcas e embalagens a fim de adequar os produtos a cada vez mais momentos de consumo.

Receita líquida e crescimento orgânico 

Com um crescimento de 10,8% em relação ao trimestre anterior, a receita líquida fechou em R$ 18,4 bilhões. Já o crescimento orgânico da receita no período é de 18,5%, provando que as estratégias de investimento no premium e na inovação têm sido boas apostas.

Contudo, devido ao aumento dos preços das commodities, as pressões de custos se elevaram no último trimestre, levando a margem bruta a recuar 4,1 p.p, fechando em 48,2%.

Quanto ao volume total de vendas, a empresa apresentou um crescimento de 3,6%, configurando bom desempenho comercial.

O lucro líquido da companhia avançou 29% em relação ao 1T21, fechando em R$ 3,5 bilhões. Já o Ebitda ajustado somou R$ 5,5 bilhões, um crescimento de 10,2% (orgânico) comparado ao 1T21.

“Outra grata surpresa é o lucro por ação que veio em R$ 0,22, enquanto o mercado esperava R$ 0,17 por ação”, escrevem Rodolfo Amstalden, Richard Camargo e Ruy Hungria, da série Vacas Leiteiras.

O retorno à vida pré-pandemia

Os analistas da Empiricus destacam que o mercado em que a companhia se encontra tende a se beneficiar muito dessa volta aos hábitos pré-pandemia, em que as pessoas gostam de sair para bares, restaurantes e encontros entre amigos.

“Mesmo com uma nova variante do coronavírus surgindo em janeiro e as mudanças do Carnaval, a companhia conseguiu aproveitar a retomada de bares, festas e restaurantes para aumentar seu volume de vendas”, afirmam Felipe Miranda e Matheus Spiess, analistas da série Double Income

Eles finalizam: “Embora as restrições pandêmicas já tenham melhorado muito, esperamos uma tendência contínua de flexibilização e uma retomada de hábitos de consumo, o que nos permite continuar confiantes com nossa tese em ABEV3”.

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Dentro dos relatórios nos quais se encontram as análises referentes à Ambev, das séries Double Income e Vacas Leiteiras, são destrinchados os resultados de muitas outras empresas que têm potencial de entregar bons dividendos.

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Jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero, é integrante da equipe de conteúdo da Empiricus e já atuou em social media e redação.