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WHG Real Estate (WHGR11) anuncia 3ª emissão de cotas; veja se vale a pena participar

WGHR11 tem o objetivo de captar aproximadamente R$ 200 milhões com emissão de 520 mil cotas.

Por Caio Araújo

20 maio 2024, 14:25 - atualizado em 20 maio 2024, 14:25

Imagem: Freepik

O WHG Real Estate (WHGR11) anunciou sua 3ª emissão de cotas, com objetivo de captar aproximadamente R$ 200 milhões em uma oferta CVM 160, destinada a atuais cotistas e investidores profissionais.

O preço da emissão será de R$ 9,82 por cota, já considerando o custo de distribuição de 1,5%. Os cotistas receberão os direitos de preferência com fator de proporção de 0,825, isto é, caso o investidor detenha 100 papéis na data base, poderá subscrever até 82 novas cotas via emissão.

O cronograma estimado indica que o período de exercício do direito de preferência será iniciado na próxima segunda-feira (13/05), com encerramento no dia 23/05. No total, é esperado que a oferta seja concluída no início de junho. A emissão tem volume mínimo de R$ 5 milhões, ou seja, 520 mil cotas.

Os documentos do fundo não apontam um pipeline detalhado para os recursos da oferta, portanto, a avaliação quantitativa da oferta é comprometida. No último relatório gerencial, a WHG indica um momento oportuno para investimento nos segmentos de crédito e permutas. 

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WHGR11 tem 107% do seu patrimônio líquido em ativos imobiliários

Com as taxas reais superando patamares históricos, a gestão afirma que tem possibilidade de acessar operações estruturadas atrativas. A ideia é manter a alocação próxima dos níveis de risco e remuneração do portfólio atualmente.

Com relação à carteira atual, o WHGR11 encerrou abril com alocação de 107% do seu patrimônio líquido em ativos imobiliários, com grande parcela em CRIs. Esta tranche possui uma taxa de aquisição média atrativa de IPCA+ 8,8% ao ano e CDI +3,8% ao ano.

Portfólio atua em nível de risco de crédito acima da média

Nossa percepção sobre o fundo segue positiva, em virtude da qualidade da gestão e do bom histórico de alocação. Por outro lado, importante citar que o portfólio atua em um nível de risco de crédito ligeiramente acima da média dos outros fundos recomendados.

Como não temos dados indicativos financeiros da alocação potencial e a cota de mercado está flutuando abaixo do preço da oferta, também ficaremos de fora da emissão do WHGR11.

A única exceção seria para investidores de grande porte, que possivelmente trabalham com restrição de liquidez diária das cotas. Neste caso, a subscrição seria uma alternativa de entrada interessante no fundo, que permanece na série Renda Imobiliária.

Sobre o autor

Caio Araújo

Administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e profissional da Empiricus Research desde 2016. Com certificação CNPI, é o analista de Real Estate e responsável pela série Renda Imobiliária, que atua no mercado de fundos de investimento imobiliários.