Na contabilidade existe um informativo muito importante que é o Balanço Patrimonial. Ele mostra como está a situação de uma empresa. Ele é dividido em ativo e passivo, sendo que dentro da primeira categoria, existe uma subcategoria chamada ativo não circulante.
O ativo não circulante representa os bens e direitos de uma empresa que não são realizáveis no curto prazo, e por isso não trazem liquidez para o negócio.
O que é o Ativo não Circulante?
Ativo não Circulante é uma subcategoria dentro dos ativos que engloba todos os bens fixos e tangíveis usados na operação da empresa, como máquinas, equipamentos, móveis, veículos, entre outros.
Esses bens são usados para o funcionamento normal da organização e possuem características que os diferenciam dos ativos circulantes, como o fato de ter um maior prazo de utilização, o que significa que serão utilizados por um período de tempo maior do que um ano.
Os ativos não circulantes podem ser classificados em ativos tangíveis, como móveis e equipamentos, e ativos intangíveis, como marcas, software, patentes e clientes.
Quais são os tipos de ativos não circulantes?
Existem algumas categorias de ativos não circulante que são lançadas em um balanço patrimonial, sendo elas:
- Realizável a Longo Prazo
- Ativo Imobilizado
- Investimento
- Ativo Intangível
Realizável a Longo Prazo
O Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP) é uma conta de balanço no qual as empresas registram os bens tangíveis que elas possuem e que estão destinados a serem usados ou vendidos em algum momento no futuro, entre 12 e 24 meses.
Isso inclui os depósitos e aplicações em renda fixa que possuem vencimentos superiores a 12 meses, contas de longo prazo com recebimento acima de um ano e despesas antecipadas.
Além disso, podem fazer parte dessa conta a recuperação de impostos e créditos fiscais, assim como empréstimos, adiantamentos, dentre outros.
Ativo Imobilizado
Já o ativo imobilizado representa os bens físicos e tangíveis que são usados na atividade da empresa, sendo que ele serve como estrutura necessária para a operação.
Dentre os principais exemplos de ativo imobilizado podemos citar as máquinas, veículos, recursos exploráveis, móveis e utensílios e até mesmo os imóveis.
Vale destacar que neste grupo entram também a depreciação e a exaustão que contribuem para reduzir os valores de alguns ativos ao longo do tempo.
Investimento
Também fazem parte dos ativos não circulantes os investimentos que visam gerar rendimento para a empresa no futuro.
Dentro desse grupo estão os investimentos financeiros de natureza variável como os derivativos, moedas, ações e commodities, e também os investimentos em bens físicos como imóveis, ouros e bens e direitos negociáveis.
Podem ser classificados como investimentos a aquisição antecipada de máquinas, imóveis, equipamentos e bens de capital, assim como as melhorias estruturais e demais aplicações que não foram realizadas para expandir a produção da empresa.
Um dos fatores redutores que entra na realização dos investimentos é a provisão de perdas que pode vir a acontecer.
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Ativo Intangível
Dentro deste grupo estão os bens e direitos que não existem fisicamente, ainda que possuam valor econômico e uma contribuição para o negócio.
Para exemplificar, podemos citar os elementos de identidade como nome, marcas, logotipos, designs e domínios na internet.
Também fazem parte do ativo intangível as patentes registradas, tecnologias e processos de produção, assim como os direitos de exploração autorais e de propriedade intelectual.
Vale dizer que nessa categoria um dos fatores redutores no valor de alguns ativos é a amortização, ainda que não valha para todos eles.
Por que é importante entender o ativo não circulante?
Entender o ativo circulante é essencial para que a empresa crie uma estratégia evitando a perda de dinheiro e aumentando assim o seu capital.
Vale destacar que até 2008, as classes de bens citadas neste artigo eram chamadas de ativo permanente. Contudo, a Lei 11.941/09 normatizou novas regras contábeis no país.
A partir de então ela passou a se chamar “ativo não circulante”. Todavia, para entendimento didático, as duas nomenclaturas ainda são usadas.
Portanto, quando se fala em ativo não circulante, estamos nos referindo àquele de pouca liquidez. Ou seja, se uma empresa precisa de capital no curto prazo não terá tanta facilidade em se desfazer desse tipo de ativo.
Por isso é importante entendê-lo. Até porque, em uma estratégia empresarial ele serve para aumentar o valor patrimonial da empresa no longo prazo, e não no curto prazo, e deve existir somente se o ativo circulante for capaz de suprir as necessidades emergenciais do negócio.
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