ETF de Renda Fixa: vale a pena investir? Entenda como esse tipo de ETF funciona

O investimento em renda fixa vem ganhando cada vez mais alternativas dentro do mercado brasileiro. Dentre elas, uma se destaca por misturar aspectos da renda fixa com a renda variável: o ETF de Renda Fixa.

Para investidores que estão à procura de aplicações financeiras seguras, rentáveis e diversificadas, o ETF de Renda Fixa se destaca por sua taxa de administração baixa, variabilidade, flexibilidade e custos acessíveis.

O que é um ETF de Renda Fixa?

Um ETF de Renda Fixa é um tipo de fundo no qual investidores que desejam diversificar sua carteira podem lucrar de forma mais segura. Isso porque ele reproduz a estrutura de índices de investimento de renda fixa do mercado, o que lhe dá a nomenclatura de “fundo de índice”.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) é a entidade responsável por estabelecer as normas e diretrizes para a criação, funcionamento e distribuição dos ETFs no mercado brasileiro.

Exemplos de ETFs

Alguns exemplos de ETFs são:

• BOVA11: esse ETF usa como indicador o Índice Bovespa;
• BRAX11: tem como base o índice que agrega as 100 maiores empresas nacionais no quesito valor de mercado;
• IVVB11: responsável por reproduzir o índice S&P 500, com as 500 empresas mais expressivas dos Estados Unidos com atuação no Brasil, adicionando a variação do câmbio;
• SMAL11: este é o ETF de Renda Fixa que imita o índice de empresas em crescimento, com performance atraente e que apresentam baixa capitalização na bolsa (small caps);
• PIB11: emula o desempenho das 50 ações mais negociadas na bolsa de valores;
• TECB11: imita as variações do índice de empresas de tecnologia com foco no mercado brasileiro;
• DIVO11: reflete o desempenho do índice das empresas que oferecem dividendos.

Portanto, um ETF é composto por um conjunto de ativos, o que permite ao investidor diversificar sua carteira com a compra de um único produto. 

Dessa maneira, torna-se possível colocar dinheiro em um dos fundos de investimentos com consistência de rentabilidade, maior confiabilidade, e que se apoiam em grandes referências, como o IMA (Índice de Mercado Anbima) e o IMA-B (Índice de Mercado Anbima – Ação Bônus), que representam diferentes segmentos do mercado de renda fixa.

Diferença entre ETF de Renda Fixa e ETF de Renda Variável

A diferença essencial entre o ETF de Renda Fixa e o de Renda variável está nos ativos em que cada um desses fundos investe, sendo o primeiro baseado em títulos públicos, privados, debêntures, certificados de depósito bancário (CDBs), entre outros.

Desse modo, um fundo ETF de Renda Fixa está atrelado a menos volatilidade, paga regularmente e de forma previsível, sendo considerado mais conservador e tendo prazos de vencimento definidos.

Por outro lado, os fundos ETF de Renda Variável investem nas empresas listadas na Bolsa de Valores, e seus rendimentos podem mudar de acordo com o desempenho dessas empresas e demais situações do mercado nacional e internacional.

Assim, investidores de ETF de ações em Renda Variável estão sujeitos a maiores riscos, o que torna a flutuação de preços atrativa em alguns momentos e perigosa em outros.

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Como funciona um ETF de Renda Fixa?

Primeiramente, o ETF é criado por uma gestora que irá definir seu objetivo, estratégia e índice de referência a ser replicado. Neste momento, ela adquire uma cesta de ativos de renda fixa que representará o fundo.

Em seguida, são criadas as cotas do fundo que são compradas por participantes autorizados por meio de uma transação chamada “criação de cestas”. Nessa transação, participantes de instituições especiais entregam uma determinada cesta de ativos em troca das cotas do ETF.

Com a criação inicial das cotas ETF, começa a negociação no mercado secundário, como a bolsa de valores, que funciona da mesma maneira que outras ações. Além disso, para manter o ETF de forma efetiva, a gestora pode realizar a venda e compra de novos ativos, o que irá manter a carteira alinhada com o Índice.

A distribuição dos rendimentos é feita regularmente em dinheiro ou reinvestidos diretamente no ETF, já que os mesmos advêm dos juros pagos pelos ativos de renda fixa da carteira do fundo.

Quanto à liquidez, devido a sua estrutura estar entrelaçada ao mercado aberto, os ETFs de Renda Fixa podem ser resgatados ou criados diretamente com a gestora, o que mantém o preço de mercado próximo ao valor líquido do seu patrimônio (NAV).

No caso dos ETFs de renda fixa, o IOF incide sobre as aplicações de curto prazo, ou seja, quando o investidor resgata sua posição em um prazo inferior a 30 dias a partir da data de aplicação.

A alíquota do IOF para essas situações segue uma tabela regressiva, diminuindo ao longo do tempo. Desse modo, se o investimento for mantido por mais de 30 dias, não há incidência de IOF.

Vantagens do ETF de Renda Fixa

Devido ao seu caráter conservador, esse tipo de fundo possui diversos benefícios. Veja alguns dos principais:

Taxa de administração mais baixa

Os ETFs são criados com o objetivo de replicar um índice de referência predefinido. Desse modo, não é necessária uma gestão ativa intensiva, o que reduz a taxa de administração e os tornam mais atraentes em comparação com demais produtos financeiros.

Maior diversificação

Oferecem aos investidores acesso a diversos ativos de renda fixa. Ao investir em um único ETF, os investidores podem ter exposição a dezenas, centenas ou até milhares de títulos de renda fixa, dependendo do índice de referência que o ETF busca replicar.

Lembre-se que diversificar investimentos reduz o risco concentrado em um único título ou emissor e proporciona uma distribuição mais equilibrada dos investimentos.

Mais flexibilidade

Os investidores podem contar com flexibilidade na hora de negociar, já que os ETFs de Renda Fixa estão listados em bolsas de valores, o que permite vender e comprar cotas durante o horário de negociação do mercado financeiro. Assim, será possível ajustar a posição de acordo com as estratégias e objetivos do período, aproveitando oportunidades e gerenciando riscos.

Investimento mais barato

Pode ser mais barato do que investir em Renda Fixa de forma individual, já que ETFs têm quantias mínimas de investimentos mais acessíveis. Além disso, os custos de transação tendem a ser menores, em comparação com a compra e venda de títulos individuais.

Vale a pena investir em ETF de Renda Fixa?

Essa pode ser uma ótima opção para quem procura estabilidade de renda, proteção de capital e diversificação. Contudo, a decisão de investir ou não neste fundo dependerá dos objetivos, tolerância de risco e preferências de cada investidor, o que exige uma pesquisa aprofundada.

Como investir em ETF de Renda Fixa?

Fazer aplicações em renda fixa é relativamente fácil! Para isso, basta seguir o passo a passo a seguir:

1. Primeiramente, escolha uma corretora ou plataforma de investimento que ofereça negociação de ETFs. Neste momento, não se esqueça de verificar se a corretora é confiável, possui uma boa reputação e oferece ampla variedade de ETFs de Renda Fixa;

2. Logo após encontrar a corretora ideal, abra uma conta seguindo o processo de cadastro e fornecendo as informações necessárias;

3. Faça pesquisas sobre os diferentes ETFs de Renda Fixa disponíveis, considerando o índice de referência, a estratégia de investimento, a liquidez e o histórico de desempenho;

4. Encontrou o ETF perfeito? Agora é hora de decidir o valor que você deseja investir. Para isso, tenha em mente suas metas financeiras, tolerância ao risco e alocação de ativos;

5. Logo após, acesse a plataforma de negociação da corretora e coloque uma ordem de compra para o ETF selecionado;

6. Após a compra do ETF, monitore regularmente o desempenho do seu investimento e, caso necessário, ajuste sua posição de acordo com suas estratégias e objetivos.

Em suma, investir em um fundo ETF de Renda Fixa é uma estratégia que oferece muitos benefícios, como diversificação, liquidez, transparência e baixo custo, se comparado a outros ativos financeiros. Desse modo, os investidores têm acesso a muitos títulos de Renda Fixa e podem receber dividendos periodicamente com baixa volatilidade e proteção contra as flutuações do mercado financeiro.