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Factoring: saiba como funciona e quais as vantagens desse tipo de operação

Factoring é uma operação na qual um empreendedor negocia os seus direitos creditórios para trazê-los do valor futuro para o presente. Saiba como uma factoring funciona.

Por Equipe Empiricus

16 fev 2023, 16:56 - atualizado em 19 fev 2024, 12:13

Imagem representando o factoring, mostrando uma profissional do ramo.

Uma das maneiras que os empreendedores podem levantar capital para o seu negócio no momento presente é antecipando os seus recebíveis, processo esse conhecido como factoring.

De modo geral, o factoring consiste em trazer um recebimento futuro para o dia presente pagando uma determinada taxa de juros para uma empresa.

O que é o factoring?

Factoring é um tipo de operação que possibilita ao empreendedor antecipar os seus direitos creditórios, ou seja, trazer as contas a receber de uma data futura para a data presente pagando uma determinada taxa de juros.

Quem realiza essa operação é uma empresa conhecida como factor que não é uma instituição financeira e, portanto, não precisa da autorização do Banco Central para funcionar.

Essa empresa adquire os recebimentos futuros de uma organização e paga-os no valor presente. Portanto, ela passa a ter o direito de receber o valor do cliente.

Como é o processo de antecipação de recebíveis?

O factoring também conhecido como fomento mercantil tem por finalidade colaborar com a liquidez dos empreendedores de pequeno e médio porte.

Nesse caso estão envolvidos basicamente três agentes: a agência de fomento, conhecida como Factor, a empresa que cede os seus recebimentos futuros chamada de aderente, e a empresa que deu origem à dívida, chamada de sacado.

Para consolidar o processo é feito um contrato de factoring entre a agência de fomento e o aderente. Nele serão especificadas todas as condições do negócio.

Com o contrato assinado, os recebíveis do aderente passam a ser de posse da factor que antecipa esse valor para a empresa cobrando uma taxa de deságio pertinente ao risco do negócio. Por isso, a operação não caracteriza um empréstimo.

Quais são os tipos de factoring existentes?

Basicamente existem três tipos de factoring que são praticados pelas agências de fomento no Brasil: convencional, maturity e trustee.

Convencional

Esse é o modelo mais comum em uma transação. Nesse caso a Factor compra os direitos creditórios de uma organização. Ou seja, os recebíveis que ela possui.

Então essa agência paga esse valor à vista para para a aderente, e por isso a prática é conhecida também como antecipação de recebíveis.

O lucro da agência de fomento consiste na taxa de juros que são cobradas da empresa aderente por ceder os seus recebíveis futuros.

Maturity

Esse é um tipo de operação um pouco menos comum. Nesse caso a agência de fomento torna-se também responsável por administrar as contas da empresa aderente.

Digamos, que a empresa terceiriza o seu setor administrativo para uma Factor que se torna a responsável pelas contas a receber e pagar.

Trustee

O Trustee é ainda menos comum e é uma espécie de junção entre o modelo convencional e o maturity. Nesse caso, a agência de fomento se responsabiliza por administrar as contas a pagar e receber da aderente.

Dessa forma, ela se torna uma espécie de gestora administrativa. Um dos pontos que vale a pena enaltecer é que esse é um tipo de operação mais arriscada para a agência de fomento e por isso ela é menos comum.

Vantagens e desvantagens da operação

Como toda operação, o factoring tem vantagens e desvantagens tanto para a empresa aderente quanto para a agência de fomento. Vamos falar um pouco sobre elas.

Vantagens

A principal vantagem do factoring é que a empresa aderente pode trazer os recebíveis futuros para a data presente e com isso ter dinheiro para honrar os seus compromissos.

Além disso, ela transfere o risco de inadimplência para a agência de fomento que ao adquirir os recebíveis passa a ser a responsável pela cobrança e recebimento.

Portanto, se o cliente não pagar, quem fica com o prejuízo é a agência de fomento e não a adquirente que pagou uma taxa de juros para se livrar desse risco.

Além disso, os sócios da empresa podem focar a sua energia em assuntos mais estratégicos e menos operacionais.

Desvantagens

Uma das desvantagens é o custo relativo à antecipação de recebíveis que pode tornar o preço do produto da empresa menos competitivo, ou então a margem mais apertada.

Por exemplo, se uma empresa tem R$ 100 mil em títulos para receber em 30 dias e os vende para uma agência de fomento que cobra 3% ao mês para antecipar os recebíveis, a aderente receberá líquido R$ 97 mil.

Isso quer dizer que R$ 3 mil saiu da sua margem de lucro e terá que ser repassado para o preço do produto. Além disso, a empresa deixa de ter recebimentos futuros, o que pode acarretar em desequilíbrio de caixa mais à frente.

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