Operações Estruturadas: entenda como funciona esse tipo de investimento

Investidores com perfil mais arrojado e que querem utilizar uma estratégia mais robusta no momento de compor uma carteira de investimentos, podem encontrar nas operações estruturadas uma boa alternativa.

Ainda que as operações estruturadas não sejam indicadas para investidores que estejam iniciando no mercado financeiro, elas são atrativas para quem deseja arriscar mais o capital em busca de retornos mais elevados.

O que são operações estruturadas?

Operações estruturadas são estratégias que unificam dois ou mais ativos financeiros, ou seja, podem conter diferentes tipos de ativos como renda fixa e renda variável. É importante destacar que esse tipo de estratégia possui um objetivo específico.

Nesse sentido, uma operação estruturada pode ser utilizada para limitar o lucro de uma operação, diversificar uma carteira de investimentos, maximizar os ganhos ou até mesmo criar um hedge de ativos.

Em vista disso, o investidor pode usar as operações estruturadas para se beneficiar de uma alta de um ativo específico, de uma taxa de juros mais atraente ou do favorecimento do câmbio. Quando bem elaborada, essa estratégia pode oferecer boa rentabilidade.

Como as operações estruturadas funcionam?

A elaboração de uma estratégia estruturada pode ser feita pelo próprio investidor, segundo seus objetivos, ou então ser oferecida por uma instituição financeira com algum tipo de estratégia específica.

Dessa forma, com essa estratégia de investimento o investidor pode criar alguns cenários em busca de uma rentabilidade maior, como se favorecer de uma variação cambial, ganhar com a alta dos índices da bolsa etc.

O princípio é muito parecido com uma carteira diversificada, na qual diferentes tipos de investimentos são reunidos para tentar maximizar os ganhos e minimizar os riscos de um determinado investimento.

Os impostos que incidem nesse tipo de operação podem variar de acordo com a modalidade de investimento que o investidor selecionar.

Quais os tipos de operações estruturadas?

Dentre os principais tipos de operações estruturadas estão:

• COE;
• Borboleta;
• Trava de Alta;
• Trava de Baixa;
• Rolagem;
• Lançamento coberto de Opções.

1. COE

O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um título emitido por instituições financeiras que cobre ativos de renda fixa e variável, sendo um conjunto de produtos.

Ele pode englobar ações, índices, derivativos e outras alternativas, e tem por característica o prazo fixo e a baixa liquidez. Portanto, é um título que normalmente só é vendido na data de vencimento.

2. Borboleta

Essa é uma opção de investimento que o investidor faz quando acredita na estabilidade do mercado, ou seja, baixa volatilidade.

Desse modo, a expectativa é que o dinheiro fique em uma determinada faixa de preço, ou perto dela. Quando há uma oscilação maior, para cima ou para baixo, isso pode aumentar as chances de perdas. 

3. Trava de Alta

Nessa estratégia o investidor adquire uma opção de compra, chamada de call, com um preço. Em seguida vende com um preço superior.

Essa estratégia é feita com base em que o ativo terá uma valorização após a compra dele e serve para limitar o lucro, ou seja, quando atingir um valor, a venda é realizada. Ela é muito utilizada em day trade e swing trade.

4. Trava de Baixa

Na Trava de Baixa, o investidor vende uma opção de compra com um preço de exercício e na sequência compra com um preço superior. Nessa estratégia, a aposta é que o valor do ativo esteja desvalorizado em relação ao que foi vendido no momento da compra.

5. Rolagem

Essa é uma estratégia montada pelo investidor que pretende se manter nela. Dessa forma, ela mantém a operação para o próximo vencimento ou a leva para um valor de exercício diferente.

Nesse sentido, não há uma grande movimentação na carteira, sendo realizado apenas alguns ajustes para se adaptar ao mercado.

6. Lançamento coberto de Opções

Nessa estratégia ocorre a compra de uma determinada ação no mercado à vista, enquanto há a venda de uma call desse mesmo ativo no mercado futuro.

Em suma, quem compra é o lançador da opção e o investidor tem o direito de vender a ação por um preço determinado em uma data futura e manter o ativo enquanto a opção não for executada.

Se no dia do vencimento da opção ela não for exercida, o investidor permanece com a ação na carteira. Caso seja exercida, ela é vendida com o lucro.

As operações estruturadas valem a pena?

As operações estruturadas podem, em um primeiro momento, parecer complexas para quem não tem experiência no mercado financeiro. Ainda mais em relação à cobrança de taxas e impostos.

Portanto, é um tipo de estratégia que é voltada para quem conhece o mercado com mais profundidade, tem um objetivo claro e um perfil mais arrojado em relação ao risco.

Em resumo, é uma estratégia que pode valer a pena se o investidor tiver menos aversão ao risco e souber quais são os seus objetivos de curto, médio e longo prazo.

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