Durante momentos de recessão econômica, os governos tomam medidas para estimular a economia e estabilizar índices econômicos. Uma das opções mais utilizadas, e que costuma levantar polêmicas, é o quantitative easing.
Há diversos exemplos da aplicação do quantitative easing ao longo do tempo, mas nem sempre os resultados são tão promissores quanto o esperado.
O que é Quantitative Easing?
Quantitative Easing é uma expressão em inglês que quer dizer “flexibilização quantitativa”. É uma medida pela qual os bancos centrais “geram” dinheiro para ser usado na compra de títulos do governo e de várias instituições.
Isso acaba por aumentar a circulação de dinheiro no mercado e movimentar a economia. Esta política monetária pode ser adotada com diversos objetivos, como:
- Reduzir a taxa de juros;
- Aumentar a taxa de crescimento da economia;
- Aumentar a inflação quando o país atinge um estágio de deflação.
A Quantitative Easing é considerada uma medida anticíclica, ou seja, ela é adotada pelo governo para minimizar os efeitos de um ciclo econômico.
Como funciona o Quantitative Easing?
A partir do momento em que o Banco Central gera dinheiro artificial e compra títulos, começa um efeito cascata na economia.
Isso acontece porque os bancos são os maiores detentores deste título e aceitam fazer a venda para aumentar os seus recursos. Então, com mais dinheiro em caixa, essas instituições terão uma capacidade maior de fazer empréstimos com juros menores.
Com mais crédito há mais investimentos, financiamentos e um aumento do consumo da população. De forma geral, este tipo de atitude pode fazer uma economia estagnada voltar a girar.
Exemplos de aplicação do Quantitative Easing
Há diversos exemplos da aplicação desse tipo de política pelo mundo. O Banco do Japão (BoJ) e o Banco Central Europeu (BCE) foram algumas das instituições a utilizarem o quantitative easing como uma forma de estimular seus países economicamente.
Voltando um pouco no tempo, depois da crise de 2007/2008, que atingiu o mundo inteiro, o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) usou esta estratégia diversas vezes para combater os efeitos nocivos da crise econômica.
Riscos do Quantitative Easing
Esta política monetária é motivo de intensos debates entre os economistas, pois há muitas linhas de pensamento que acreditam que os efeitos negativos causados superam os positivos de forma considerável.
Embora seja muito usada para contornar crises, é fácil pensar em alguns riscos associados à prática, como:
- Aumento da inflação: este geralmente é o efeito mais rápido e esperado dessa política. Pois, com o aumento repentino de dinheiro no mercado e o crescimento da demanda, não há como a produção acompanhar o ritmo. Assim, há menos produtos e serviços à disposição, o que eleva os preços;
- Desvalorização da moeda: com mais dinheiro em circulação, a moeda local pode perder o seu valor frente a outras moedas. Isso afeta diretamente a população, já que os produtos importados aumentam de valor. O único setor beneficiado por este movimento é o das exportações, que terá um lucro maior devido à diferença entre as moedas;
- Utilização permanente: uma vez usado com uma boa porcentagem de sucesso, essa estratégia pode ser adotada de forma permanente para contornar a dívida pública. Isso se afasta do objetivo dessa política monetária e pode levar a grandes problemas no futuro.
É provável que ainda veremos o quantitative easing em ação diversas vezes e o debate sobre seus benefícios e desvantagens irá continuar. Não havendo outras soluções que pareçam mais vantajosas, cabe ao governo utilizar essa estratégia com muito critério e cautela.
O Banco Central do Japão foi o primeiro a usar o termo, pois aplicou esta política monetária no período de 2001 a 2006, mas o conceito em si é mais antigo.
É uma política econômica não convencional em que o Banco Central coloca mais dinheiro em circulação e compra títulos públicos e privados para aquecer a economia.
A economia deve responder a quatro questionamentos básicos: O quê? Quanto? Como? Para quem produz?
Apesar de já ter sido utilizado várias vezes, o quantitative easing é motivo de debates, pois seus efeitos podem ser positivos ou negativos. Uma das principais desvantagens é o aumento da inflação.
É um tipo de investimento mais seguro, em que o investidor sabe desde o início qual será a sua rentabilidade. O exemplo mais famoso são os títulos do tesouro direto.