A economia costuma passar por diversos períodos, sendo que alguns deles são mais preocupantes como no caso de uma recessão econômica.
Quando ocorre uma recessão econômica toda a sociedade sofre com as consequências, por conta da diminuição da renda e do aumento da pobreza no país.
O que é recessão econômica?
A recessão econômica é uma fase de encolhimento no qual o PIB de um país apresenta uma queda por pelo menos dois trimestres consecutivos. Isso representa uma retração da demanda frente a oferta de produtos e serviços.
Como consequência há uma redução na atividade econômica, aumentando o desemprego e piorando a qualidade de vida de todos os agentes econômicos do país.
Em uma crise econômica, o dinheiro em circulação na economia diminui, contraindo o consumo de produtos. Com menos demanda, as empresas são obrigadas a adequar a oferta, diminuindo a produção através do desemprego.
Como o desemprego atinge uma parte das famílias, há uma queda na renda familiar, resultando em menos poder de compra e um agravamento maior da situação.
Quais as causas da recessão econômica?
Há muitos motivos que podem desencadear uma recessão e consequentemente uma queda do PIB, como uma decisão equivocada do governo, uma crise interna ou externa ou até mesmo um problema fiscal.
Na década de 90, o país enfrentou uma das mais graves recessões com a introdução do plano Collor. Na ocasião houve o congelamento das contas, ficando disponíveis para saque apenas 50 mil Cruzeiros Novos para cada pessoa física ou jurídica.
No intuito de diminuir a circulação de moedas para combater a inflação, o governo retraiu a economia, levando ao desemprego e uma profunda crise no país.
Vale destacar que o gasto público descontrolado também pode levar a uma insolvência fiscal e consequentemente gerar inflação e a necessidade de políticas extremas o que acarreta uma recessão.
Quais são os impactos da recessão econômica?
Em meio a uma recessão a sociedade inteira é afetada. Portanto, há uma série de consequências da recessão econômica que são percebidas em curto prazo por todas as pessoas.
A principal delas é o aumento do desemprego. Pois, com a retração da demanda, as empresas precisam equilibrar a oferta de produto para não aumentar os estoques.
E uma das primeiras estratégias é diminuir a produção através da demissão e do desligamento de parte do maquinário, deixando uma parte da empresa ociosa.
Com o desemprego, há uma diminuição da renda familiar. Afinal, em uma família na qual duas pessoas trabalham, uma pode ficar sem emprego e a renda cair pela metade.
Em um primeiro momento há um aumento nos estoques de produto, e com a oferta acima da demanda o resultado é uma queda de preços.
Todavia, a redução da renda familiar costuma ser acima dessa queda de preços e por isso a recessão é negativa, levando o país a um ciclo econômico perigoso.
Como a recessão afeta os investimentos?
Em tempos de recessão, o mercado financeiro entra no chamado Bear Market, ou seja, há uma tendência de queda no preço dos principais ativos. Isso acontece por vários fatores.
Um deles é que os investidores ficam com medo de investir e preferem migrar o seu capital para ativos de menor risco. Outro ponto é que as próprias empresas retraem os investimentos, o que gera redução de lucro.
Isso impacta nos dividendos pagos aos acionistas. Como o dividendo se torna menos atrativo, o investidor prefere correr menos risco em um ativo mais seguro.
Fora isso, o próprio sentimento de medo do mercado cria um efeito cascata, no qual os investidores começam a vender as ações e o preço cair e assim vai até que se acha o fundo da queda.
Como se proteger em um período de recessão?
Para se proteger de uma recessão é preciso entender a sua causa. Ou seja, saber se ela tem origem em um problema fiscal ou monetário.
De modo geral, quem possui ações, esse não é um momento indicado para vendas, uma vez que o investidor arcará com um grande prejuízo se desfazer dos seus ativos nesse momento.
No entanto, é preciso intensificar a análise fundamentalista para avaliar como a empresa na qual se tem ações está preparada para passar por esse momento.
Algumas pessoas adotam estratégias de proteger o capital em ativos de renda fixa atrelados à inflação ou à taxa Selic, dependendo do fator que ocasionou a recessão.
De modo geral, não há uma fórmula mágica, sendo o melhor caminho ter uma reserva de emergência para se proteger do desemprego e uma boa diversificação de investimentos para minimizar o risco.
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