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Recuperação Extrajudicial: o que é e como funciona esse procedimento para empresas?

A recuperação extrajudicial é um processo que permite a renegociação de dívidas fora do âmbito judicial. Saiba o que é a recuperação extrajudicial.

Por Equipe Empiricus

19 jan 2024, 10:00 - atualizado em 19 fev 2024, 12:13

Imagem representando a recuperação extrajudicial, um processo que permite a renegociação de dívidas fora do âmbito judicial.
Recuperação Extrajudicial

Em alguns momentos da economia, o recesso leva muitas empresas a enfrentarem dificuldades e buscarem alternativas para quitar suas dívidas, sendo uma delas a recuperação extrajudicial.

Dessa forma, a recuperação extrajudicial se apresenta como um mecanismo mais ágil e até mesmo menos burocrático do que a recuperação judicial.

O que é recuperação extrajudicial?

A recuperação extrajudicial é um procedimento previsto na legislação brasileira que permite a renegociação de dívidas de uma empresa com seus credores, fora do âmbito judicial.

Este processo é regulamentado pela Lei de Falências e Recuperação de Empresas (Lei nº 11.101/2005) e representa uma alternativa para as empresas que enfrentam dificuldades financeiras, mas ainda possuem condições de reestruturar suas dívidas.

Nesse caso, a empresa negocia diretamente com seus credores para chegar a um acordo sobre a reestruturação das dívidas. Esses acordos podem envolver prazos mais longos para pagamento, descontos nos valores devidos, redução de juros elevados, entre outros.

Após a negociação e a assinatura do plano de recuperação pelos credores, o acordo deve ser submetido à homologação pela Justiça. Ela é necessária para que o plano tenha validade e para assegurar sua execução.

Como funciona a recuperação extrajudicial?

A recuperação extrajudicial envolve uma intervenção judicial mais limitada se comparada à recuperação judicial. O foco está na negociação entre a empresa e os credores, sem que haja a necessidade de um processo mais extenso e complexo.

Este tipo de recuperação oferece maior flexibilidade, pois permite que a organização e os credores definam as condições mais adequadas para a reestruturação das dívidas, adaptadas à realidade do fluxo de caixa da empresa.

Portanto, essa é uma ferramenta importante para evitar a falência da organização, permitindo a continuidade das operações e a manutenção dos empregos.

Ao contrário da recuperação judicial, que abrange todos os credores, a recuperação extrajudicial afeta apenas os credores que concordaram com o plano.

É importante ressaltar, porém, que a recuperação extrajudicial é adequada para situações em que a organização ainda tem capacidade de negociação e os credores estão dispostos a renegociar as dívidas.

Quem pode pedir recuperação extrajudicial?

A maior parte das empresas, incluindo sociedades empresárias e empresários individuais, pode buscar a recuperação extrajudicial. Isso abrange desde pequenas companhias até grandes corporações.

No entanto, de acordo com a Lei de Recuperação de Empresas (Lei nº 11.101/2005), algumas entidades que são regidas por legislações específicas não estão aptas a requerer a recuperação judicial, como por exemplo:

  • instituições financeiras;
  • cooperativas de crédito;
  • entidades de previdência complementar;
  • sociedades operadoras de plano de assistência à saúde;
  • sociedades seguradoras;
  • sociedades de capitalização.

Além disso, a empresa não deve estar em estado de falência e deve ser capaz de comprovar sua solvência. Ou seja, esse processo é destinado a empresas que, apesar das dificuldades financeiras, ainda possuem capacidade de cumprir com os compromissos.

Qual a diferença entre recuperação judicial e recuperação extrajudicial?

A recuperação judicial e a recuperação extrajudicial são dois mecanismos legais disponíveis no Brasil para auxiliar empresas em dificuldades financeiras, mas elas diferem significativamente em termos de procedimento e aplicabilidade.

A recuperação judicial é um processo mais formal e complexo, que ocorre sob a supervisão do judiciário. Quando uma empresa não consegue cumprir suas obrigações financeiras, ela pode pedir a recuperação judicial para reestruturar suas dívidas e evitar a falência.

Neste processo, a companhia apresenta um plano de recuperação, que deve ser aprovado em assembleia de credores e posteriormente homologado pela justiça.

Durante a recuperação judicial, a organização continua operando, mas sob a supervisão de um administrador judicial, e conta com uma série de proteções legais, como a suspensão de todas as ações e execuções contra a empresa.

Por outro lado, a recuperação extrajudicial é uma forma menos intrusiva e mais ágil de reestruturação de dívidas, ocorrendo principalmente fora do ambiente judicial.

Neste caso, a empresa negocia diretamente com os credores para alcançar um acordo sobre a reestruturação das dívidas.

Quais as vantagens da recuperação extrajudicial?

A recuperação extrajudicial oferece várias vantagens para organizações em dificuldades financeiras, particularmente em termos de agilidade e flexibilidade. Primeiramente, ela permite uma negociação mais rápida e direta com os credores.

Ao invés de passar por um longo processo judicial, pode-se negociar diretamente os termos da reestruturação de suas dívidas. Isso não apenas acelera o processo, mas também possibilita um acordo mais adaptado às necessidades específicas da empresa.

Outra vantagem significativa é a menor exposição pública no mercado de capitais e o impacto reduzido sobre a imagem e as operações da organização.

Pois, diferentemente da recuperação judicial, que é um processo público e pode afetar a confiança de clientes, fornecedores e investidores, a extrajudicial é mais discreta.

Dessa maneira, esse processo pode ajudar a manter a normalidade nas operações comerciais e preservar importantes relações de negócios.

Foi possível entender o que é a recuperação extrajudicial? Então deixe o seu comentário, sua sugestão e compartilhe essa matéria com seus amigos nas suas redes sociais.

Quais são os requisitos da recuperação extrajudicial?

Para iniciar um processo de recuperação extrajudicial, a empresa deve estar enfrentando dificuldades financeiras, mas ainda ter capacidade de negociar suas dívidas. É necessário que ela não esteja em estado de falência e que consiga elaborar um plano de reestruturação de dívidas que seja aceitável para uma parcela significativa dos credores.

Quais são os tipos de recuperação extrajudicial?

Basicamente há dois tipos de recuperação extrajudicial: a de homologação facultativa e a de homologação obrigatória. Elas são definidas pelo critério da adesão unânime ou não dos credores ao acordo apresentado.

Qual a diferença entre recuperação judicial e extrajudicial?

A recuperação judicial é um processo mais complexo e formal, que ocorre sob supervisão judicial, destinado a empresas em situação financeira mais crítica. A recuperação extrajudicial, por outro lado, envolve a negociação direta da empresa com seus credores, é menos burocrática e geralmente mais rápida.

Quando ocorre a recuperação extrajudicial?

A recuperação extrajudicial ocorre quando uma empresa, enfrentando dificuldades financeiras, opta por negociar diretamente com seus credores a reestruturação de suas dívidas, antes de chegar a uma situação de insolvência que exigiria a recuperação judicial ou a falência.

Quem não pode pedir recuperação extrajudicial?

Não podem pedir recuperação extrajudicial as entidades que são regidas por legislações específicas, como instituições financeiras, cooperativas de crédito, entidades de previdência complementar, sociedades operadoras de plano de assistência à saúde, sociedades seguradoras, sociedades de capitalização, entre outras.

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