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Swap: saiba como funciona essa operação financeira

O Swap é um tipo de contrato financeiro que possibilita a duas partes a troca de fluxos financeiros futuros. Entenda como funciona um swap.

Por Equipe Empiricus

01 mar 2023, 08:00 - atualizado em 19 fev 2024, 12:12

Imagem representando o swap, mostrando notas de diversos países diferentes.

Uma das operações que é muito conhecida no mercado financeiro é o contrato de swap, usado tanto para seguro como hedge.

O objetivo do swap é minimizar o risco para os investidores e empresas, dando mais previsibilidade sobre as possíveis oscilações futuras de preço.

O que é o Swap?

Um swap é um contrato financeiro que permite que duas partes troquem fluxos financeiros futuros. Ele é classificado como um derivativo, ou seja, um instrumento cujo valor deriva de outro ativo ou indicador subjacente.

Nesse caso, duas partes concordam em trocar fluxos financeiros futuros, como juros ou moedas, por um período determinado. O intuito, portanto, é aproveitar as flutuações nos preços desses ativos e obter benefícios financeiros.

Ele é utilizado tanto por empresas quanto por investidores institucionais para gerenciar suas exposições a riscos, como variações nas taxas de juros ou flutuações cambiais.

Quais são os tipos de operações de swap?

Há basicamente dois tipos de operações de swap: as ativas e as passivas. Logo abaixo falaremos um pouco mais sobre cada uma delas.

Operações Ativas

São aquelas em que a parte que adere ao contrato busca obter lucros através da troca de fluxos financeiros.

É comum que essas operações sejam feitas por instituições financeiras, como bancos, que possuem uma estrutura especializada para avaliar os riscos e maximizar os lucros.

Operações Passivas

Nesse caso, a parte que adere ao contrato busca apenas minimizar os riscos financeiros. Essas operações são comuns entre empresas e investidores que procuram se proteger contra variações nas taxas de juros ou câmbio, por exemplo.

Em uma operação passiva, a parte envolvida está mais preocupada em garantir um fluxo de caixa estável e previsível, sem buscar obter lucros através da operação.

Para que serve o swap?

O Swap tem serventia tanto para as empresas quanto para os próprios investidores, sendo que ambos os casos, ele ajuda em situações diferentes.

Empresas

Para as empresas, a operação traz mais proteção contra variações nas taxas de juros. Assim sendo, as organizações podem aderir a um contrato para se proteger contra essas oscilações, minimizando o risco financeiro.

Além disso, ela garante um fluxo de caixa estável, pois, ao aderir a um contrato, as empresas têm mais previsibilidade futura, o que é importante para o planejamento financeiro.

Investidores

Pela ótica dos investidores, o contrato de swap possibilita a obtenção de lucros através da troca de fluxos financeiros.

Além disso, ele facilita a tomada de posições especulativas, uma vez que os investidores podem utilizar os contratos para tomar posições em relação a variações nas taxas de juros ou câmbio.

Como funciona um contrato de Swap?

Ele funciona como um acordo entre duas partes, na qual elas concordam em trocar fluxos financeiros futuros previamente acordados, podendo ser dividido em etapas, como:

  • Definição do tipo: existem diferentes tipos de contratos, como os de taxa de juros, câmbio, commodities, entre outros. As partes envolvidas precisam definir qual tipo de contrato é o mais adequado para atender às suas necessidades.
  • Acordar as condições do contrato: as partes precisam acordar as condições do contrato, como o período de duração, a periodicidade das trocas de fluxos financeiros, a moeda envolvida, entre outras.
  • Troca de fluxos financeiros: ao longo do período de duração do contrato, as partes concordam em trocar fluxos financeiros futuros previamente acordados.
  • Pagamento das parcelas: as partes devem cumprir o acordo, realizando o pagamento das parcelas conforme a periodicidade definida no contrato.
  • Fechamento do contrato: ao final do período de duração, as partes fecham a operação e a posição é encerrada.

Um ponto que é importante destacar é que os contratos são complexos e envolvem riscos financeiros elevados. Por isso, é necessário ter um conhecimento sobre o funcionamento desse tipo de operação e sobre os riscos envolvidos antes de aderir a um contrato.

Para quais ativos um swap pode ser feito?

Existem alguns tipos de contrato, em especial os de commodities, índices, taxas de juros e swap cambial. Falaremos sobre cada um deles.

Swap com commodities

Este tipo de swap envolve a troca de fluxos de pagamento baseados em preços de commodities, como petróleo, ouro e produtos agrícolas. Ele é usado por empresas que desejam proteger ou aproveitar flutuações nos preços desses ativos.

Swap com índices

Esse formato envolve a troca de fluxos de pagamento baseados em índices financeiros, como o S&P 500 ou o índice FTSE. Ele é muito usado por investidores que desejam se expor ou proteger contra o desempenho geral do mercado.

Swap com taxa de juros

Esse tipo envolve a troca de fluxos de pagamento baseados em taxas de juros, como a taxa de juros do Tesouro. É usado por empresas e investidores que desejam proteger ou aproveitar flutuações nelas.

Swap cambial

Por fim, nesse caso ocorre a troca de fluxos de pagamento baseados em taxas de câmbio entre moedas, como o dólar americano e o real. É usado por empresas e investidores que desejam proteger ou aproveitar flutuações nas taxas de câmbio.

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