
Amplamente difundido por bancos tradicionais, o título de capitalização é algo que causa polêmica no mercado financeiro. Vários players questionam se esse pode ser considerado realmente um tipo de investimento.
No título de capitalização, quando o dinheiro do indivíduo é aplicado, ele passa a concorrer a prêmios, que são distribuídos frequentemente. Ao final do contrato, o dinheiro pode ser resgatado com correções. Esse produto é conhecido como uma reserva financeira.
O que é um título de capitalização?
Os títulos de capitalização são produtos financeiros que efetuem aplicações programadas durante um período. Neles, o contratante autoriza, por meio de contrato, que o banco realize a retirada de aportes de sua conta bancária e aloque no título de capitalização. O aporte pode ser pago em parcelas ou somente um valor inteiro, dependendo do que foi acordado entre as partes.
Durante o tempo em que esse patrimônio fica aplicado, o título oferece sorteios de prêmios em dinheiro para os contratantes. Após o término do período acordado em contrato, o cliente pode resgatar o título de capitalização com correções.
O título de capitalização, também conhecido como capitalização, é um produto bastante popular e conhecido. Isso se dá, pois os bancos tradicionais costumam oferecer os títulos de capitalização para seus clientes, como uma forma de investimento e reserva de patrimônio.
Esse tipo de produto é regulado pelo Susep, a Superintendência de Seguros Privados, que é um órgão ligado ao Ministérios da Fazenda. O papel principal deles é aprovar e permitir que as instituições emitam os títulos de capitalização.
Como funciona o título de capitalização?
Na prática, a pessoa física adquire uma capitalização por meio de um contrato, através do banco tradicional que está ofertando. Ao contratar esse título, o indivíduo receberá números que darão direito ao sorteio de título de capitalização e aos prêmios.
Caso seja sorteado, a instituição entrará em contato. Do contrário, o indivíduo pode realizar o resgate do montante aplicado com algumas correções.
A instituição, que gerou a capitalização, utiliza parte dos recursos adquiridos através da venda das cotas para formar um capital que será pago de volta ao contratante no prazo determinado em contrato. Porém, a outra parte dos recursos das vendas é utilizada para realizar os sorteios e para cobrir os custos administrativos.
Ou seja, nem todo o valor levantado com os aportes é utilizado para gerar rentabilidade para o contratante. Por conta disso, muitas organizações ponderam que os títulos de capitalização não devem ser considerados como investimento.
Quando o indivíduo for levar em consideração a aplicação de patrimônio em um título de capitalização, é necessário que fiquei atento a três pontos principais do contrato:
- Carência e descontos: caso o contratante queira retirar o dinheiro aplicado antes do prazo, pode ser que a instituição cobre uma taxa de desconto de até 10%. Além disso, dependendo do contrato, pode ser que haja uma carência de resgate, ou seja, o contratante só poderá retirar sua aplicação depois de um certo período.
- Pagamento: esse é o prazo, estabelecido em contrato, que o aplicador deverá manter seus aportes para que tenha direito aos sorteios. Existem três formas: pagamento único na hora da compra, pagamentos mensais com parcelas fixas, durante a vigência do título, e pagamentos fixos sem relação com a vigência do título. Caso ocorra negligência por parte do aplicador, pode acarretar em suspensão do direito aos prêmios do sorteio, multas, entre outros.
- Vigência: é quando ocorre a finalização dos aportes e o aplicador pode realizar o resgate de seu patrimônio e/ou reserva de capitalização.
Desse modo, é indispensável que, antes de contratar um título de capitalização, todas as informações estejam devidamente explícitas em contrato, e que o aplicador esteja ciente de onde está aportando seu patrimônio.
Desvantagens dos títulos de capitalização
Existem alguns pontos de atenção aos títulos de capitalização que devem ser levados em consideração e que são considerados desvantagens da capitalização.
Nem todo o valor levantado com a venda das cotas é revertido para o investimento na rentabilidade do patrimônio, parte desse valor vai para os custos com administração e para os sorteios. Ou seja, corre-se o risco de, ao final da vigência, o valor resgatado ser menor do que o valor que foi aplicado.
Outro ponto é que as cotas dos títulos são vendidas com a premissa de que o aplicador concorra a prêmios no decorrer da vigência da capitalização. Porém, as chances de realmente ganhar esses prêmios são bastante remotas, principalmente, se for um título com muitas cotas emitidas e vendidas.
Além disso, por conta da carência do contrato, o patrimônio aportado ficará retido e só poderá ser resgatado em um certo período, ou ao final da capitalização. Isso quer dizer que esse tipo de aplicação não é recomendada para quem quiser realizar um resgate imediato quando precisar do montante aplicado.
Vale a pena investir em títulos de capitalização?
Para quem busca por uma rentabilidade boa e acima da média, os títulos de capitalização não são opções muito viáveis. Eles tendem a apresentar rentabilidades muito baixas, inclusive, inferiores às da poupança.
Muitos deles têm uma rentabilidade quase igual a zero. Isso significa que o valor investido será, basicamente, o mesmo montante do resgatado.
Para quem deseja uma boa rentabilidade e que o patrimônio aportado trabalhe para o crescimento da carteira, existem opções de produtos muito mais superiores do que o título de capitalização no mercado financeiro.
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