Os títulos públicos são instrumentos de renda fixa emitidos pelos governos para captar recursos e financiar suas atividades. Eles representam uma das opções mais procuradas pelos investidores – devido à segurança e estabilidade que oferecem.
Se você está pensando em investir em títulos públicos, é importante compreender suas funcionalidades e também saber diferenciar os diferentes tipos oferecidos pelo mercado.
O que são títulos públicos?
Como o próprio nome sugere, os títulos públicos são ativos financeiros emitidos pelo governo. No Brasil, esses títulos são emitidos através do Tesouro Nacional. O objetivo, por parte do governo, é captar recursos para financiar diferentes demandas. Esses títulos são parte integrante da dívida pública, o montante de dinheiro que o governo deve aos investidores que adquiriram seus títulos.
Existem diferentes tipos de títulos públicos, cada um com características específicas. Alguns títulos são indexados à taxa básica de juros da economia, enquanto outros são corrigidos pela inflação ou possuem uma taxa de juros pré-determinada.
Os títulos públicos são considerados investimentos de baixo risco, já que têm o respaldo do governo federal – que, em suma, possui a capacidade de honrar seus compromissos financeiros. Além disso, eles oferecem liquidez, ou seja, é possível resgatar o investimento antecipadamente ou negociá-lo no mercado secundário antes do vencimento.
Como funcionam os títulos públicos?
Os títulos públicos servem como uma fonte de financiamento para o governo, a fim de realizar investimentos em infraestrutura, educação, saúde, segurança e outras áreas essenciais. Dessa forma, ao comprar um título público, o investidor está essencialmente emprestando dinheiro ao governo em troca de uma remuneração acordada.
Ou seja, ao adquirir um título público, o investidor se torna um credor do governo. O título possui um valor nominal – o montante em dinheiro emprestado – e um prazo de vencimento, que é o período pelo qual o investimento será mantido antes de ser resgatado.
Durante o prazo de vigência do título, o investidor tem direito a receber pagamentos periódicos, de acordo com as condições estabelecidas. Esses pagamentos podem ocorrer mensalmente, semestralmente ou no vencimento do título, dependendo do tipo de título público.
A remuneração, por sua vez, é definida de diferentes formas. Alguns títulos são pós-fixados e estão vinculados à taxa básica de juros da economia (taxa Selic) ou a outros índices de referência, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação. Já os pré-fixados têm uma taxa de juros predeterminada no momento da compra.
Os títulos públicos também podem ser negociados no mercado secundário, ou seja, comprados ou vendidos antes do vencimento. Isso significa que, caso o investidor deseje resgatar seu investimento antes do prazo estabelecido, pode encontrar compradores interessados no mercado, o que confere liquidez a esses títulos.
Quais são os tipos de títulos públicos existentes no Brasil?
Existem quatro principais tipos de títulos públicos disponíveis para investimento no Brasil:
- Tesouro prefixado;
- Tesouro Selic;
- Tesouro IPCA+;
- Tesouro RendA+.
Tesouro prefixado
O Tesouro Prefixado é um título público em que a taxa de juros é definida no momento da compra. Isso significa que o investidor sabe exatamente quanto irá receber no vencimento do título. Ele é ideal para quem deseja ter previsibilidade sobre a rentabilidade do investimento, independentemente das variações da economia ao longo do período.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título público cuja rentabilidade está atrelada à taxa básica de juros da economia. A taxa é bastante sensível às condições econômicas e políticas do país. Ainda assim, esse título é uma opção interessante para quem busca maior liquidez e segurança, uma vez que seu valor flutua pouco e o investidor pode resgatá-lo a qualquer momento.
Tesouro IPCA+
O Tesouro IPCA+, por sua vez, protege o investidor contra a inflação. Sua rentabilidade é composta por uma taxa de juros predeterminada, acrescida da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso significa que o investidor terá um retorno real acima da inflação, garantindo a preservação do poder de compra ao longo do tempo.
Tesouro RendA+
Por fim, o Tesouro Renda+ é um título público híbrido que combina características do Tesouro Selic com o Tesouro IPCA+. Ele é indexado à inflação e possui uma taxa de juros predeterminada. Assim, o investidor recebe a variação do IPCA mais uma taxa de juros fixa. É uma opção interessante para quem quer se proteger da inflação com um retorno fixo.
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Quais são os custos e taxas dos títulos públicos?
Ao investir em títulos públicos, é importante estar ciente dos custos e taxas associados a essa modalidade de investimento. Abaixo, listamos os principais custos relacionados aos títulos públicos no Brasil:
Taxa de administração
A taxa de administração é cobrada pelas instituições financeiras ou corretoras que intermediam a compra e venda dos títulos públicos. Essa taxa varia de acordo com a instituição e o tipo de investimento realizado. No entanto, você pode investir diretamente pelo site do Tesouro Direto, sem a necessidade de pagar uma taxa de administração.
Taxa de custódia
A taxa de custódia é cobrada pela B3 (Bolsa de Valores do Brasil) para manter os títulos públicos sob custódia. Atualmente, a taxa de custódia dos títulos públicos do Tesouro Direto é de 0,20% ao ano sobre o valor total investido. Vale ressaltar que essa taxa é cobrada semestralmente, nos meses de janeiro e julho, diretamente na conta do investidor.
Imposto de Renda
Os rendimentos obtidos com os títulos públicos estão sujeitos ao Imposto de Renda (IR). A alíquota varia de acordo com o prazo de investimento, seguindo a tabela regressiva. Quanto maior o prazo, menor a alíquota. No vencimento do título ou em caso de venda antecipada, é necessário calcular e declarar os ganhos para o pagamento do imposto devido.
Imposto sobre operações financeiras (IOF)
Por fim, o IOF incide somente em resgates realizados em um prazo inferior a 30 dias após a compra do título. A alíquota desse imposto é regressiva, ou seja, quanto menor o prazo de investimento, maior será a taxa aplicada sobre o rendimento.
Vantagens dos títulos públicos
Os títulos públicos oferecem diversas vantagens como forma de investimento e por isso despontam como um dos investimentos mais queridinhos entre os brasileiros. Confira as principais:
- Segurança: os títulos públicos são considerados investimentos de baixo risco, uma vez que são emitidos pelo governo federal, que possui a capacidade de honrar seus compromissos financeiros;
- Acessibilidade: o investimento é acessível, com valores relativamente baixos, o que contribui para a democratização dos investimentos;
- Liquidez: os títulos públicos são considerados investimentos líquidos, o que significa que o investidor pode resgatar o valor investido antes do vencimento do título;
- Diversidade de opções: o Tesouro Nacional oferece uma variedade de títulos públicos, com diferentes características e prazos de vencimento, permitindo que os investidores escolham os títulos que melhor se adequem aos seus objetivos;
- Rentabilidade atrativa: os títulos públicos oferecem uma remuneração predefinida, seja por meio de juros pré-fixados, correção monetária ou indexação a indicadores como a taxa Selic ou o IPCA.
- Acesso ao Tesouro Direto: o Tesouro Direto é a plataforma online que permite a compra e venda de títulos públicos diretamente pelo investidor. Isso torna o processo de investimento mais prático e acessível, sem a necessidade de intermediários e com a comodidade de operar de qualquer lugar.
Quais são os riscos dos títulos públicos?
Embora os títulos públicos sejam considerados investimentos de baixo risco, é importante estar ciente de que ainda assim eles existem. Alguns dos principais riscos dos títulos públicos são:
- Risco de Mercado: os títulos públicos estão sujeitos a oscilações de preços no mercado secundário, principalmente os pré-fixados e indexados à inflação. Essas oscilações são influenciadas por fatores como mudanças nas taxas de juros, perspectivas econômicas, eventos políticos e volatilidade nos mercados financeiros;
- Risco de Crédito: embora o risco de crédito seja considerado baixo nos títulos públicos, ainda há uma pequena possibilidade de inadimplência do governo. Essa situação seria extremamente rara e significaria uma crise financeira e política grave;
- Risco de Liquidez Antecipada: embora os títulos públicos permitam que o investidor resgate o valor investido antes do vencimento, é importante notar que a venda antecipada pode resultar em ganhos ou perdas, dependendo das condições de mercado;
- Risco de Reinvestimento: em cenários de queda nas taxas de juros, os títulos públicos com taxas pré-fixadas podem ter um rendimento menos atrativo se comparados a novos títulos emitidos com taxas mais baixas.
Como investir em títulos públicos?
Investir em títulos públicos é um processo relativamente simples, especialmente com o advento do Tesouro Direto – que permite a compra e venda direta dos títulos pelo investidor. Confira o passo a passo de como investir em títulos públicos:
1. Cadastre-se no Tesouro Direto
Acesse o site oficial do Tesouro Direto e se cadastre como investidor. Preencha os dados solicitados e siga as instruções para criar sua conta.
2. Escolha o título adequado
Analise os diferentes tipos de títulos públicos disponíveis, como Tesouro Prefixado, Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Renda+. Considere seus objetivos financeiros, prazo de investimento e tolerância ao risco. Se necessário, busque informações adicionais sobre cada título para tomar uma decisão informada.
3. Verifique a disponibilidade e condições do título
Verifique a disponibilidade do título escolhido no momento da compra, pois o Tesouro Nacional pode lançar novas séries ou ajustar as condições dos títulos existentes. Confirme as características do título, como prazo de vencimento, taxa de juros, forma de remuneração e datas de pagamento.
4. Defina o valor a ser investido
Decida o valor que deseja investir nos títulos públicos. Lembre-se de que o investimento mínimo pode variar conforme o título escolhido. Certifique-se de ter recursos disponíveis para realizar a compra.
5. Realize a compra
Acesse sua conta no Tesouro Direto e escolha a opção de compra do título desejado. Informe o valor que deseja investir e confirme a transação. A operação pode ser realizada via boleto bancário ou débito automático, dependendo da instituição financeira utilizada.
6. Acompanhe seus investimentos
Após a compra, acompanhe seus investimentos no painel do Tesouro Direto. Verifique periodicamente o desempenho dos títulos e avalie se eles estão de acordo com suas expectativas. Lembre-se de que os títulos públicos podem ser mantidos até o vencimento ou vendidos antecipadamente, caso necessário.
7. Resgate ou reinvestimento
No vencimento do título, o valor investido e os juros serão creditados em sua conta no Tesouro Direto. Você pode optar por resgatar os recursos ou reinvesti-los em outros títulos disponíveis, de acordo com sua estratégia e objetivos financeiros.
É importante ressaltar que as informações e procedimentos podem sofrer alterações ao longo do tempo. Portanto, é sempre recomendável consultar as informações mais atualizadas no site do Tesouro Direto e buscar orientação junto a uma instituição financeira de confiança antes de realizar qualquer investimento em títulos públicos.
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Os títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo governo para captar recursos e financiar suas atividades. Os investidores emprestam dinheiro ao governo e recebem uma remuneração em troca, seja por meio de juros pré-fixados, correção monetária ou indexação a indicadores econômicos.
Os principais tipos de títulos públicos são: Tesouro Prefixado (com taxa de juros pré-fixada), Tesouro Selic (indexado à taxa Selic), Tesouro IPCA+ (indexado à inflação) e Tesouro Renda+ (com pagamento de juros semestrais). Cada tipo de título possui características diferentes e pode atender a diferentes objetivos de investimento.
Embora considerados investimentos de baixo risco, os títulos públicos estão sujeitos a riscos como variações de mercado, risco de inflação, risco de crédito, risco de liquidez antecipada e risco de reinvestimento. É importante compreender esses riscos antes de investir e adotar uma estratégia de diversificação e adequação ao perfil de investidor.
Os custos com títulos públicos podem incluir taxa de administração (cobrada por instituições financeiras), taxa de custódia (cobrada pela B3), imposto de renda (sobre os rendimentos) e imposto sobre operações financeiras (IOF) em resgates antecipados. É importante conhecer essas taxas e custos antes de investir e considerá-los na análise de rentabilidade.
Para investir em títulos públicos, é necessário abrir uma conta no Tesouro Direto, plataforma oficial de compra e venda. O investidor pode escolher o título desejado, definir o valor a ser investido e realizar a compra. É importante acompanhar seus investimentos, analisar periodicamente seu desempenho e considerar opções de resgate ou reinvestimento no vencimento do título.