Sinais sustentam compra de ações da Vale, diz Empiricus

Com a queda no preço do minério de ferro e os desdobramentos do desastre ambiental em Mariana (MG), a Vale (VALE5) não tem o que comemorar em 2016.

Por: Equipe Empiricus

Com a queda no preço do minério de ferro e os desdobramentos do desastre ambiental em Mariana (MG), a Vale (VALE5) não tem o que comemorar em 2016. As ações da mineradora já caíram mais de 20% neste ano e a companhia teve sua recomendação cortada por diversos analistas.

Mas há, no entanto, alguns poucos sinais que sustentam a hipótese de este ser um bom momento para comprar os papéis da empresa. Pelo menos essa é a visão da equipe de análise da Empiricus Research, de acordo com relatório enviado a clientes na última sexta-feira (12).

Segundo o analista Roberto Altenhofen, um dos pontos que justificariam o investimento nas ações da Vale é o fato de que as commodities têm historicamente um componente de reversão à média.

“Embora o valor das matérias-primas varie aleatoriamente no curto prazo em razão de fatores políticos e econômicos (…), no longo prazo os preços tendem a acompanhar os valores dos custos marginais de produção. E os preços atuais estão bem abaixo da média”, diz.

A avaliação do analista é que para haver uma quebra desse componente histórico de reversão à média, haveria de ocorrer um rompimento estrutural no setor.

É o caso de nova tecnologia em substituição à matéria-prima ou a descoberta de uma nova reserva com potencial para alterar significativamente o nível de acesso ou oferta desse material. “Não parece ser o caso para o minério de ferro”, afirma.

Outro ponto levantado como favorável ao investimento nos papéis da companhia é o projeto S11D, de expansão da atividade mineradora de Carajás.

Apesar de exigir da Vale investimentos elevados em um momento adverso, a Empiricus acredita que ele colocará a empresa “em outro patamar  já em 2017”.

“Dentro do que está ao seu alcance, a Vale tem feito a lição de casa. A companhia vem reduzindo sistematicamente seus custos e despesas operacionais desde a metade de 2012”, conclui Altenhofen.

Fonte: Exame