Como neste ano a folia de Carnaval teve que ser restrita a ficar em casa, me ocupei em reduzir minha lista de filmes que gostaria de ver ou rever. Entre eles estava “Divertida Mente”.
Na minha opinião, um dos melhores filmes da Pixar, a história faz uma reflexão sobre nossas emoções e como amadurecemos com cada memória criada. Algumas delas, apesar de parecerem pequenas, acabam se tornando o que o filme chama de “memórias-base”, que nos marcam de forma a se tornarem os pilares de construção de nossos gostos e personalidades.
Assistindo-o pela segunda vez, acabei relacionando-o com minha vida profissional. Pensei em como passamos vários dias fazendo pequenas tarefas, que muitas vezes acabam convergindo para grandes acontecimentos que nos marcam como pessoas e profissionais. Da minha história dentro do mercado financeiro, composta principalmente por cinco anos como leitor da Empiricus e quatro desses trabalhando na área de análise da casa, posso citar quatro dessas “memórias-base”, sendo que a mais recente se formou nesta semana. Vem comigo?
Era início de 2015, após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, quando li a respeito de uma empresa de research de investimentos que estava sendo processada por uma peça de marketing chamada “O fim do Brasil”. Fiquei curioso e comecei a seguir a tal companhia, chamada Empiricus.
Em meio a cartas de venda ousadas, misturavam-se newsletters gratuitas sobre investimento, que se destacavam pela didática e qualidade, diferentes de tudo o que se via até então. Minha surpresa foi tamanha que resolvi experimentar suas assinaturas.
O conteúdo não decepcionou e, de uma série a outra, a empresa me conquistou e acendeu uma chama: trabalhar no mercado financeiro.
A tese “O fim do Brasil” acabou se realizando e, em meio a uma das maiores crises da história do país, me perguntei: como conseguiria entrar no mercado sem experiência na área? Decidi dar dois passos para trás, fazer uma graduação tecnóloga de gestão financeira — de dois anos — e tentar entrar como estagiário.
Em outubro de 2016, criei minha primeira “memória-base” ao ser contratado pela Empiricus como estagiário na série Os Melhores Fundos de Investimento.
Nunca imaginaria que pouco mais de seis meses depois viria a segunda. Em maio de 2017, ajudei na elaboração da nossa primeira carteira, algo nunca antes visto sendo distribuído para o pequeno investidor. Uma previdência que de fato poderia ser considerada boa e diversificada em diferentes gestores e classes como renda fixa, crédito, multimercados, ações e proteção, essa é a SuperPrevidência.
Em abril de 2019, formou-se minha terceira “memória-base” com a nossa primeira carteira de fundos fora da previdência, mas seguindo um conceito similar ao da SuperPrevidência, essa é a carteira Melhores Fundos.
Elas não poderiam me dar mais orgulho, e graças à Vitreo viraram os famosos FoF SuperPrevidência e FoF Melhores Fundos. Sentia que algo estava faltando. Vivíamos nos deparando com pedidos de assinantes querendo algo mais, mais arrojado.
Uma carteira que aproveitasse as versões mais agressivas, voláteis e ganhadoras de dinheiro dos multimercados de que mais gostamos. O cliente pessoa física clamava por retornos maiores.
A ideia não era novidade, o Itaú já possui tal produto, chamado Itaú Fund of Funds Orion, composto por uma pequena parcela em long biased misturada com a parcela principal em fundos multimercados de altíssima volatilidade e alta geração de retorno, resultando em um produto que, desde seu início, entregou um rendimento de CDI + 6,7% ao ano.
O mais frustrante é que esse fundo está sempre fechado, tem uma aplicação mínima de R$ 100 mil e, como se não fosse suficiente, está disponível apenas para os clientes private, considerados investidores profissionais — aqueles com mais de R$ 10 milhões em investimentos financeiros.
A XP também criou a versão dela, mas para nossa decepção, ela tem as mesmas limitações: mínimo de R$ 100 mil e exclusivo para investidores profissionais e clientes private da corretora. Assim não dá!
A frustração com esses produtos com mínimos proibitivos e limitados a um seleto grupo de investidores nos motivou e começamos a nos preparar para trazer algo desse nível, mas acessível ao investidor comum. Para isso nos baseamos em três pilares.
O primeiro, encontrar os fundos do mercado que mais geram retornos acima do CDI no longo prazo, a Champions League dos multimercados. Aos poucos montamos uma metodologia proprietária de análise e mapeamos a indústria em busca dos “Campeões de Retorno”, aqueles que têm uma performance acima de CDI + 5% ao ano com consistência.
O segundo pilar foi criar e firmar um relacionamento de longo prazo com os gestores. Conquistar sua confiança e mostrar, por meio das carteiras Melhores Fundos e SuperPrevidência, que o investidor pessoa física é tão bom quanto, ou melhor cotista que o cliente private.
E, por último, e o mais difícil por tratarmos de estratégias exclusivas que raramente estão abertas, deveríamos estar preparados para agir rapidamente quando esses fundos abrissem para captação.
Esse momento chegou!
Vários desses fundos estão abrindo nas próximas semanas e não vamos perder essa chance, pois não sabemos quando haverá outra.
Com isso, lançamos nesta quarta-feira (17) a carteira Melhores Fundos Retorno Absoluto, que inspirou a Vitreo a montar um fundo que a replicasse, este com mínimo de R$ 1 mil, para investidores qualificados — aqueles com mais de R$ 1 milhão em investimentos ou com alguma certificação aceita pela CVM para esse fim.
Esse empecilho foi inevitável. A CVM, que regula o mercado financeiro, só permite que fundos sejam distribuídos para investidores em geral se a carteira tiver até 20% em fundos para investidores qualificados e profissionais — nosso portfólio tem 57,5% de exposição a esse tipo de fundo e não conseguimos reduzir esse percentual sem prejudicar sua performance.
Com potencial de retorno entre CDI + 6% e CDI + 7% ao ano, composta por fundos sempre fechados ou exclusivos para grandes investidores, com uma taxa de administração de 0,75% e com 10% de taxa de performance sobre o excesso do CDI, a carteira é um sonho que se torna realidade.
Oito dos nove fundos que compõem o portfólio normalmente estão fechados, fazendo com que o capacity da carteira seja bem limitado. Isso pode fazer com que o FoF Melhores Fundos Retorno Absoluto, fundo criado pela Vitreo, possa fechar rapidamente, sem ter previsão de reabertura. A janela de oportunidade é tão limitada que ao longo da semana que vem você deve ouvir falar muito a respeito.
Como a primeira carteira do gênero distribuída em uma plataforma de investimentos, com um mínimo de apenas R$ 1 mil, não tenho dúvidas de que a sua criação pela série Os Melhores Fundos de Investimento entrará para a nossa lista de “memórias-base” e espero que para a sua também.
Quero investir no FoF Melhores Fundos Retorno Absoluto
Um grande abraço,
Bruno Marchesano