Hoje eu trouxe aqui para o escritório um presentinho para o Felipe.
Eu ia dar para ele um livro.
Mas aí acabou acontecendo que ele já tinha esse mesmo livro.
Se você quiser o livro que eu ia dar para ele, mesmo sem saber o nome, me manda um e-mail em rodolfo.amstalden@empiricus.com.br explicando por que você ama ou odeia gatos, que eu envio o livro de graça para o autor da mensagem mais espirituosa.
Bom, isso é o que eu chamo de presente quase perfeito.
Ele é “perfeito” pois você está dando para a pessoa aquilo que ela mesma escolheu para si. Ou seja, no impossível papel de presentear outrem, pode-se dizer que você acertou em cheio.
E é “quase” porque, obviamente, a pessoa presenteada talvez não sinta tanto interesse por algo que ela já tem.
Se fosse uma caixa de chocolate belga, poderia agregar, mas o risco é maior para presentes com enorme utilidade em dotação inicial, mas baixa utilidade marginal, como no caso dos livros.
Isso tudo me veio à consciência enquanto eu olhava para a tabela de cotações que fica na nossa frente, e me digladiava com decisões a serem tomadas (ou não) em relação a mudanças nas carteiras para 2024.
Frequentemente, o melhor presente que você pode dar para sua carteira face ao prospecto de um ano novo é se planejar para comprar as ações que você já tem.
É uma prática meio sem graça, mas extremamente efetiva: aprofundar seu gosto pelas poucas coisas de que você já gosta.
Eu sei, o novo é tentador.
O novo sempre parece superar em interesse as nossas velhas roupas descoloridas. Mas a verdade é que ele sucumbe ao mais ínfimo teste do tempo.
Enquanto isso, aqueles que você ama te puxam para dentro de casa quando você está pronto para pegar o seu casaco e sair para a rua em uma noite fria e chuvosa, e, ao te puxarem para dentro de casa, te abraçam forte, te beijam com a alma e te fazem lembrar por que motivo você escolheu aquele lugar como casa.