Day One

Uma união entre paixão e vocação

Quando somos crianças, os nossos pais, as pessoas à nossa volta e a nossa percepção dos acontecimentos têm grande influência em quem nos tornamos. No meu caso, desenvolvi uma paixão pelo tema empreendedorismo por ter crescido no meio. Meu pai era empresário do ramo de postos de combustível, e seus amigos e os pais da maior parte dos meus amigos de infância também eram ou ainda são empreendedores.

Por Bruno Marchesano

06 ago 2021, 10:42

Quando somos crianças, os nossos pais, as pessoas à nossa volta e a nossa percepção dos acontecimentos têm grande influência em quem nos tornamos. No meu caso, desenvolvi uma paixão pelo tema empreendedorismo por ter crescido no meio. Meu pai era empresário do ramo de postos de combustível, e seus amigos e os pais da maior parte dos meus amigos de infância também eram ou ainda são empreendedores.

Por conta disso, ao longo dos anos presenciei vários casos de sucesso. Porém, mais frequentemente do que gostaria, também vi de perto o lado negativo de ser um empresário.

Seu ganha pão mensal nunca está garantido, e a pressão de fazer a empresa performar não está limitada apenas ao bem-estar da sua família, mas também às diversas famílias cujos entes você emprega.

Além disso, empresários que nunca tiveram uma profissão antes de montar suas empresas podem ter dificuldade em encontrar um emprego tradicional para se reerguerem (como aconteceu com meu pai quando seus postos faliram).

Os retornos potenciais de montar um negócio são grandes, mas as consequências também são. Ao entender isso, fica mais claro porque os empresários têm uma dedicação fora do comum para com os seus negócios. Eles vivem, respiram e dormem pensando em sua empresa. O fracasso não é uma opção.

Apesar de toda a dedicação, as coisas sempre podem dar errado. Independentemente do sucesso anterior, um erro, uma falta de sorte ou os dois somados podem ter consequências sérias. Abaixo cito dois casos que afetaram pessoas próximas a mim.

O primeiro foi de uma companhia que valia centenas de milhões e pretendia abrir capital na Bolsa. Dias antes do IPO, o Lehman Brothers pede falência e dá início à crise de 2008, acabando com qualquer chance de o IPO ser realizado. Como a empresa era muito alavancada, as dívidas que seriam pagas com o capital do IPO se acumularam, resultando na falência da companhia anos depois.

O segundo foi de uma empresa que negociava com um grande banco de investimento a sua venda atrelada a um aporte de capital para financiar seu crescimento e viabilizar a competição com sua maior concorrente. Porém um detalhe jurídico e fiscal acabou com as negociações. A empresa não conseguiu capital para competir com a concorrente, que, por ter muito caixa vindo do investimento de fundos de private equity, conseguiu se consolidar e aumentar ainda mais sua liderança no setor.

Em ambos os casos, um fundo de private equity poderia ter sido a solução. Esses fundos, quando fazem um investimento, alocam muito mais do que apenas capital — eles procuram mitigar riscos, melhoram a governança, agregam know-how e fazem um planejamento robusto de crescimento. O objetivo é gerar o máximo de valor possível e mitigar riscos para que a companhia tenha um crescimento acelerado e alcance um valor muito superior ao de quando entraram.

Seja você um empresário de sucesso ou um trabalhador procurando rentabilizar seu capital, o investimento em fundos de private equity é uma ótima alternativa. Você consegue se expor aos seus concorrentes, ou a negócios que podem se tornar as grandes companhias do futuro, surfando sua valorização antes mesmo de esses nomes se tornarem conhecidos do grande público, como antes de um IPO, por exemplo.

Esse tipo de investimento pode ter taxas internas de retorno (TIR) próximas de 20%, com alguns podendo superar, em muito, esse valor. E até alguns anos atrás, a possibilidade de investir em fundos de private equity era restrita a clientes de private e wealth. Mas hoje, felizmente, sua distribuição é bem mais abrangente, com alguns veículos sendo oferecidos para clientes de segmentos como o Itaú Personnalité e mais abertamente em corretoras como BTG, Vitreo e XP.

A maior acessibilidade a esse tipo de oferta é prejudicada por uma regulação restritiva por parte da CVM, que limita esses produtos a investidores qualificados (aqueles com R$ 1 milhão em investimentos financeiros ou com alguma certificação da CVM) ou até mesmo a profissionais (aqueles com mais de R$ 10 milhões em investimentos).

Além disso, há uma grande assimetria de informação. As gestoras de private equity não divulgam publicamente todos os detalhes de seus históricos de retorno, as estruturas dos fundos e taxas são bem mais complexas que nos fundos tradicionais e o acesso aos gestores é bem mais restrito, aumentando a dificuldade de compreensão da estratégia.

Com todos esses obstáculos, não é de espantar que o investidor aplique em fundos que não são os melhores ou que não sejam apropriados para seu perfil. Nos fundos tradicionais, com seus prazos de resgate de 30 ou 60 dias, esse seria um problema rapidamente remediável, mas em um fundo de private equity, em que não existe resgate e seu capital ficará investido por dez anos, uma decisão errada tem consequências de longuíssimo prazo.

Aqui na série Os Melhores Fundos de Investimento  fizemos nossa primeira recomendação de private equity com o objetivo de multiplicação da capital, acabando com essa assimetria de informação e dando todos os detalhes para nossos assinantes em uma publicação completa.

Apresentamos a gestora, a equipe e o fundo, além de trazer em detalhes o histórico de resultado dos seus quatro veículos anteriores, que investiram em 15 companhias, sem ter nenhuma perda até o momento. Tudo isso graças ao relacionamento criado com a equipe do fundo por meio de diversas conversas nos últimos 12 meses.

Essa equipe é composta por 14 pessoas, sendo que seus principais gestores somam mais de 70 anos de experiência em private equity e trabalham juntos há mais de dez anos fazendo a mesma coisa: investimento minoritário em empresas líderes de seus setores ou regiões.

Na nossa visão, a consistência de retorno das companhias investidas e a estratégia adotada mostram que essa gestora tem uma abordagem conservadora em private equity, focada em consistência e segurança para seus investidores.

Apesar da falência das empresas da minha família e das dificuldades que enfrentamos, minha paixão pelo tema empreendedorismo continuou firme, com minha admiração pelos empreendedores aumentando ao longo dos anos. Contudo, descobri minha verdadeira vocação no mercado financeiro.

Sobre o autor

Bruno Marchesano

Administrador formado pela Fundação Armando Álvarez Penteado (FAAP) e Tecnólogo em Gestão Financeira pela Saint Paul. Compõe a equipe da série Os Melhores Fundos de Investimento desde 2016.

Baixe grátis nosso App

Acesse a Empiricus de onde estiver. Na palma da mão e também na sua casa.

Baixe grátis e conheça nossas novidades.