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A nova regra do jogo

A revolução tecnológica não espera. Seja na administração pública ou nos investimentos, quem não acompanha essa transformação acabará preso ao passado, enquanto os inovadores dominam o futuro.

Por Caio Mesquita

17 fev 2025, 10:01 - atualizado em 17 fev 2025, 10:01

Imagem representando os juros futuros, mostrando uma pilha de dinheiro com um relógio ao fundo. day one

Poucas semanas após o início do segundo mandato de Donald Trump, Elon Musk e seu grupo de jovens programadores prodígios do projeto DOGE (Department of Government Efficiency) estão reescrevendo as regras da administração pública.

À frente dessa revolução está Edward “Big Balls” Coristine, um prodígio de 19 anos que lidera a equipe com uma ousadia que intimida até os mais experientes burocratas.

Munidos de algoritmos avançados e acesso a décadas de dados financeiros, Coristine e seu time vêm expondo ineficiências e desvios que permaneceram intocados por gerações.

Em poucas horas, suas ferramentas de análise identificaram US$ 17 bilhões em programas redundantes — um trabalho que, no modelo tradicional, levaria anos para ser auditado.

Além da análise de dados financeiros, o DOGE implementou um chatbot de IA personalizado capaz de examinar contratos e identificar áreas de desperdício e ineficiência.

Essa iniciativa permite que a equipe detecte rapidamente padrões ocultos, eliminando programas redundantes e direcionando recursos para onde são realmente necessários.

Sem comitês, sem longos processos burocráticos, sem resistência política capaz de detê-los, o DOGE avança com velocidade alucinante.

O objetivo é simples: cortar a gordura da máquina pública, transformar uma estrutura inchada em um modelo ágil e eficiente e reescrever as regras da governança.

A burocracia tradicional, acostumada a operar com processos opacos e resistência passiva, nunca enfrentou um adversário tão preparado e tecnologicamente avançado.

Enquanto a modernização da administração pública ainda engatinha, o processo de inovação nos investimentos segue de vento em popa.

Antes restrito a bancos e corretoras tradicionais, o acesso a ativos financeiros agora está amplamente disponível para qualquer pessoa conectada à internet, com plataformas digitais possibilitando que investidores negociem ações, criptomoedas e produtos tokenizados em tempo real, sem intermediários.

A tokenização de ativos abre portas para uma nova era. Qualquer bem tangível, os chamados RWA (Real World Assets), pode ser fracionado e negociado digitalmente, permitindo ao investidor comum ter acesso a frações de imóveis de luxo, obras de arte ou até contratos de royalties musicais, algo impensável há poucos anos.

Além disso, o mercado de criptomoedas continua a expandir suas aplicações, transformando-se não apenas em uma alternativa de reserva de valor, mas também em um ecossistema financeiro autônomo, sem fronteiras e sem necessidade de aprovação de intermediários tradicionais.

O investidor que ignora essa revolução digital corre um risco semelhante ao dos burocratas que tentam resistir às mudanças promovidas pelo DOGE.

Enquanto governos tentam se adaptar à era dos algoritmos e da inteligência artificial, o mercado financeiro já opera nessa lógica há anos.

Quem se prende a métodos ultrapassados está fadado a perder oportunidades e competitividade.

Assim como o DOGE se propõe a eliminar ineficiências do governo, a tecnologia já reduziu drasticamente os custos e barreiras para quem quer investir.

Aqueles que ainda operam com um mindset tradicional — esperando relatórios trimestrais, dependendo de assessores financeiros tradicionais e ignorando o potencial das novas plataformas digitais — estão ficando para trás.

A revolução tecnológica não espera. Seja na administração pública ou nos investimentos, quem não acompanha essa transformação acabará preso ao passado, enquanto os inovadores dominam o futuro.

Sobre o autor

Caio Mesquita

CEO da Empiricus