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Construindo o futuro

O financiamento imobiliário se apresenta como uma das poucas opções viáveis de crédito no Brasil, com taxas e prazos adequados à aquisição de bens.

Por Caio Mesquita

25 out 2024, 10:03 - atualizado em 25 out 2024, 10:03

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Invariavelmente sou abordado por pessoas com questionamentos sobre temas financeiros, especialmente em como investir melhor.

Além das tradicionais dicas de investimentos, que terminam reduzindo decisões sérias e meras apostas, recebo também perguntas mais estruturais, pertinentes à construção patrimonial.

Nesta semana, na festinha de aniversário do David, um parente pediu minha opinião sobre sua ideia de adquirir um imóvel financiado.

Jovem, solteiro e sem filhos, ele está nos primeiros anos de sua atividade profissional e já começa a acumular um certo capital, dado seu custo pessoal baixo, vivendo ainda na casa dos pais.

Minha primeira reação seria desaconselhá-lo. Como a aquisição de imóvel embute altos custos de transação, como corretagem, ITBI, despesas de registro etc, entendo que a compra de um apartamento (ou casa) deve acontecer no momento em que nossa vida esteja estabelecida, o que está longe de ser o caso dele.

Apesar disso, e conhecendo bem meu interlocutor, minha recomendação foi no sentido contrário, incentivando-o a ir em frente no seu sonho da casa própria. Explico mais adiante.

De maneira geral, noto que há um entendimento, ao menos superficial, sobre as boas práticas na gestão das finanças pessoais.

As pessoas compreendem a importância de não só equilibrar o orçamento doméstico como também produzir os superávits necessários para que se acumule um patrimônio que, se bem investido, crescerá ao longo do tempo.

Analogamente, também sabemos quais hábitos devemos seguir em busca de uma saúde melhor. Alimentação equilibrada, evitando açúcares e gorduras em excesso, combinada com uma rotina de exercícios físicos são condutores de uma condição física melhor.

Mesmo assim, apesar de tanta informação e orientação disponível, obesidade e sedentarismo continuam crescendo.

Na realidade, apesar de saberem o que deve ser feito, as pessoas recorrentemente desviam-se do caminho aconselhável. Tanto na saúde física como na financeira.

Para a maioria, falta a necessária disciplina para seguir implementando, na prática, o que a teoria preconiza.   

Cada um tem um caminho diferente para chegar aonde quer estar financeiramente, e a verdade é que a disciplina é a chave para fazer isso funcionar para a maioria das pessoas. 

Apesar de ter razoável determinação, confesso que a presença do personal trainer na academia no horário marcado contribui para a minha boa frequência nos treinos físicos.

Assim, além dos conhecimentos específicos em educação física, o professor traz o benefício adicional da forma do compromisso financeiro contratado.

Foi justamente por isso que aconselhei meu jovem parente a ir em frente com sua intenção de adquirir seu primeiro imóvel com o auxílio de um empréstimo imobiliário.

O pagamento mensal das parcelas do financiamento pode trazer a disciplina necessária, (“the discipline of debt“, como aprendi nas aulas de finanças do MBA) para começar a construção patrimonial que dificilmente seria iniciada diante das distrações de gastos que se oferecem a um jovem solteiro.

Ademais, o financiamento imobiliário se apresenta como uma das poucas opções viáveis de crédito no Brasil, com taxas e prazos adequados à aquisição de bens.

Um outro exemplo?  

Fundos de previdência oferecem opções de débito automático para as aplicações recorrentes, tirando a discricionariedade de quanto vamos poupar para o nosso futuro.

O uso de estratégias e ferramentas como essas podem ser de grande utilidade em nosso esforço de poupança e, consequentemente, de construção patrimonial.

Sobre o autor

Caio Mesquita

CEO da Empiricus

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