Supertempestade Sandy foi o nome dado ao furacão mais mortal da temporada de furacões no Atlântico Norte de 2012.
A tempestade causou US$ 70 bilhões em danos, matando mais de 200 pessoas em oito países, do Caribe ao Canadá. Com cerca de 1.850 quilômetros de diâmetro (mais do que a distância em linha reta entre São Paulo e Aracaju), a supertempestade Sandy foi o maior furacão do Atlântico, em tamanho, já registrado.
Visão do nosso horizonte econômico
Nesta semana, Jamie Dimon, CEO do Banco J.P. Morgan, usou o fenômeno meteorológico de dez anos atrás para ilustrar o que seria o pior cenário de uma iminente crise econômica que se aproxima da economia dos Estados Unidos.
E Dimon não foi a única voz da elite empresarial americana a nos alertar para as carregadas nuvens que se aproximam da maior economia do mundo.
No dia seguinte aos avisos do CEO do J.P. Morgan, foi a vez do presidente e COO da Goldman Sachs, John Waldron, fazer o seu alerta.
Segundo o executivo, estamos em um dos ambientes econômicos mais complexos que ele já viu em sua longa carreira, classificando a confluência do número de choques no sistema como “sem precedentes”.
Por fim, neste sexta-feira, foi a vez do homem mais rico do mundo, Elon Musk, confessar que está com uma sensação muito ruim (“super bad feeling”) sobre a economia americana.
Em um comunicado interno, Musk ordenou que a sua montadora não só pause todas as contratações, como se prepare para uma redução de 10% em seu quadro de funcionários.
De fato, há uma enorme incerteza sobre os rumos da economia global e, consequentemente, dos mercados, dentro de uma perspectiva de curto a médio prazo.
O Federal Reserve (Fed) segue em seu jogo de esquenta-esfria, tentando calibrar as expectativas para uma esperada aterrissagem suave da economia, buscando o almejado controle inflacionário, mas evitando jogar o país em uma recessão.
Assim, após passar alguns dias observando uma melhora nos preços dos ativos de risco, muito por conta das declarações dos diretores do Fed sobre a perspectiva de uma estabilização no aumento de juros já em setembro deste ano (“September Pause”), ouvimos declarações sincronizadas de Loretta Mester e Lael Brainard, representantes do Fed, de que é cedo demais para considerar a inflação controlada.
De fora, neste momento, qualquer notícia “boa” para a economia americana, notadamente aquelas relacionadas a atividade e emprego, é percebida como “ruim” para o mercado, e vice-versa.
O crescimento do emprego nos Estados Unidos e o aumento dos salários divulgados no final da semana, por exemplo, deram mais força aos que duvidam que o esforço monetário atual seja suficiente para combater a inflação mais alta das últimas quatro décadas.
Até que surjam evidências mais claras de que os preços começaram a se estabilizar, teremos que forçosamente conviver com volatilidade e tendência baixista nos preços dos ativos de risco, especialmente aqueles ligados a tecnologia.
O emblemático anúncio das perdas acumuladas dos outrora cobiçados fundos da Tiger Global, que mostrou um prejuízo de mais de 50% em suas posições nos cinco meses decorridos este ano, dão prova do estrago que juros maiores produzem em ativos de longa duração, os papéis de empresas cuja expectativa de lucros está concentrada em um futuro distante.
Nesta categoria, encontram-se também as criptomoedas, que, de uma forma análoga às ações listadas na Nasdaq, vêm acumulando perdas importantes desde que ficou clara a obrigação do Fed em agir contra a inflação.
É em momentos de grande perturbação que a necessidade de orientação de quem acumula larga experiência em investimentos torna-se ainda mais valiosa.
Por conta disso, temos o prazer de anunciar a chegada de Ray Nasser ao nosso time de pesquisa e inteligência em criptoativos.
Um dos pioneiros do tema no Brasil, Ray Nasser, ao lado do nosso Vinícius Bazan, trará os melhores insights para navegar o atual momento desafiador das criptomoedas, aproveitando as oportunidades que certamente surgem em períodos assim.
Bem-vindo, Ray.
Deixo você agora com os destaques da semana.
Boa leitura e um abraço,