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Esporte em ação

Por pior que sejam as temporadas recentes do Corinthians, nada vai me fazer trocar de time e passar a consumir os “produtos rivais”.

Por Caio Mesquita

01 jul 2024, 11:02 - atualizado em 05 jul 2024, 11:03

Pessoa praticando esporte
Fonte: FreePik

Esta semana, na volta de uma viagem rápida à Europa, fiz uma longa escala em Madri. Longa o suficiente para dar tempo de pegar um táxi e dar uma volta pela ruas e curtir o início do verão na capital espanhola.

Inicialmente pensando em apenas flanar pelas arborizadas alamedas madrilenhas, tive meus planos alterados com uma lista de compras que recebi da família.

Comecei minhas tarefas com as filhas, atendendo Isabella e Valentina que me pediram camisetas da Brandy Melville, coqueluche das adolescentes e pré-adolescentes.

Para Larissa, passei no tradicional Corte Inglés e comprei uma bolsa como presente do Dia dos Namorados atrasado.

Cumpridas as exigências femininas, deixei a diversão para o final e fui atrás do mimo solicitado pelo caçulinha David, que me pediu uma camisa de manga longa do Real Madrid.

Uma consulta ao Google me direcionou à loja oficial, localizada dentro do recém-reformado Santiago Bernabéu, estádio dos campeões europeus.

Como esperava, recebi um atendimento impecável. A personalização da camiseta teve o toque especial de um patch comemorativa da recém-conquistada 15a taça da Champions League, inveja de torcedores pelo mundo afora.

O velho e o novo Bernabéu

Com o presente na mão, e infelizmente sem tempo para uma visita guiada, limitei-me apenas a admirar o exterior metálico da monumental arena esportiva.  

Com um custo total de quase 5 bilhões de reais, a reforma colocou o novo Bernabéu no topo dos palcos esportivos europeus, fazendo justiça à formidável história do clube.

Contemplando a obra, lembrei que foi nesse estádio que tive a chance de apreciar ao vivo Diego Maradona, à época jogando pelo Sevilla.

O jogo, pelo Campeonato Espanhol de 1993, terminou 5 a 0 para os donos da casa, com o argentino claramente fora de forma, andando em campo.

Sentado em um degrau de concreto numa arquibancada idêntica à dos estádios brasileiros da época, assisti o chileno Iván Zamorano (que fez um hat trick) e seus companheiros de ataque destroçarem os sevilhanos. 

A transformação do Santiago Bernabéu simboliza a revolução que tem acontecido nas últimas décadas na agora multibilionária indústria do esporte profissional.

Sobre isso, na semana passada conversei com dois sócios da Outfield Inc, Lucas de Paula e Marina del Guerra, empresa pioneira em consultoria e investimentos em esportes.

O papo fez parte dos meus encontros mensais com especialistas, dentro da série Clube de Multiplicação Patrimonial, também conhecido como Empiricus First Class, que iniciamos em abril.

Se você ainda não conhece, explico que esse nosso Clube tem a proposta de trazer aos nossos assinantes as modalidades de investimentos tradicionalmente restritas aos ultrarricos, que buscam alternativas de apreciação patrimonial além dos instrumentos financeiros tradicionais.

Trazendo interessantes insights para os membros do Clube, Lucas e Marina vieram falar sobre investimentos em esporte, principalmente em futebol, já que estamos no Brasil.

É inegável a autoridade da Outfield sobre o tema. Em conjunto com a Galápagos Capital, a Outfield publica anualmente o Relatório Convocados, o mais completo estudo financeiro sobre o futebol profissional brasileiro.

Voltando à indústria do esporte, algumas características únicas contribuem para a crescente relevância do negócio.

Primeiramente, o aspecto monopolista da relação torcida/clube garante uma clientela eternamente fiel, garantindo estabilidade e previsibilidade às receitas.

Por pior que sejam as temporadas recentes do Corinthians, nada vai me fazer trocar de time e passar a consumir os “produtos rivais”.

Eventos esportivos também se destacam por serem experiências únicas, tanto presenciais como transmitidas. Tanto o público como os anunciantes pagam um prêmio por isso. E tampouco há qualquer perspectiva de que a inteligência artificial possa trazer alternativas ao fascínio dos atletas humanos.

Acompanhando o interesse pelo esporte como negócio com potencial de trazer boas oportunidades de investimentos, o Thiago Salomão e seu time do Market Makers criaram, em parceria com a Outfield, Sports Market Makers, uma editoria especializada em finanças e esporte, como episódios semanais sobre esse fascinante assunto. Confira!

Sobre o autor

Caio Mesquita

CEO da Empiricus