“Faz me rir”.
Foi assim que, muito anos atrás, um grande investidor aqui da Faria Lima me passou essa definição graciosa dos dividendos que recebe.
Havíamos recém-lançado o “Vacas Leiteiras”, nossa série que recomenda as melhores ações pagadoras de dividendos, e ele foi um dos primeiros assinantes.
De certa forma, essa frase colou na minha cabeça. Há realmente algo de especial, acima do meramente racional, quando constatamos a entrada de dinheiro na conta, além do que recebemos em troca do nosso trabalho.
Talvez seja uma reação química do nosso cérebro, estimulado com a injeção de dopamina provocada pela surpresa agradável.
Note que, diferentemente do que alguns influenciadores financeiros martelam por aí, dividendos em si não são geradores de valor. A prova disso está no ajuste de preços de uma ação no dia em que se torna “ex-dividendos”.
Há armadilhas perigosas em simplificar a decisão sobre investimentos mirando apenas em uma variável. Afinal de contas, de que adianta receber pagamentos de um ativo cuja desvalorização subtrai nosso capital investido?
Por tudo isso, a construção de uma carteira de ativos que nos gerem renda requer técnica na análise e rigor na seleção.
Os americanos têm uma expressão interessante para definir renda passiva. Chamam de “unearned income” os rendimentos que não advém da atividade profissional, justamente porque usam o verbo “to earn” para denotar o recebimento de salários.
Quando olhamos para cima e observamos a vida financeira dos ultrarricos, fica clara a importância da renda advinda dos passivos que detemos.
Salários são irrelevantes para os ultrarricos. São os rendimentos dos ativos que garantem o estilo de vida diferenciado dos afortunados, mas para aqueles que efetivamente trabalham.
Ao construir seu patrimônio, os ultrarricos equilibram a preservação de valor com a geração de renda, evitando que a segunda subtraia a primeira.
Não sou ultrarrico, mas confesso que tenho uma situação patrimonial confortável, fruto do que acumulei nas minhas mais de três décadas como profissional e empresário.
Com o tempo, fui desenvolvendo estratégias de renda que complementam meus rendimentos, diminuindo minha dependência da minha remuneração como executivo.
Combinando imóveis, ações pagadoras de dividendos e investimentos em renda fixa, venho conseguindo gerar renda recorrente ao mesmo tempo em que, não só preservo, como também valorizo meu patrimônio.
Se você também tem interesse neste caminho para a independência financeira, não deixe de participar do Projeto Renda que Felipe Miranda e equipe prepararam.
É sem dúvida o melhor programa do País para se formar um fluxo de renda consistente e crescente, pavimentando seu caminho para uma vida mais próspera e segura.
Boa leitura e um abraço.