Finalmente acabou.
Não sei você, mas a disputa presidencial me deixou mentalmente exausto, especialmente nesta reta final.
Escrevi, ao final de agosto, sobre o até então clima moderado envolvendo a campanha eleitoral. Claramente, minha manifestação foi prematura já que, poucas vezes, testemunhamos um embate tão tóxico entre candidatos a presidente, bem como apoiadores de ambos os lados.
Como entendo que somente o setor privado gera riqueza, não consigo me seduzir com as fantasiosas promessas de um mundo melhor que os políticos fazem.
Por outro lado, governos têm sim o poder de atrapalhar a vida do cidadão comum. Apesar da amnésia de alguns, o período da inepta Dilma Rousseff, por exemplo, nos traz a lembrança das consequências de uma má gestão pública.
Independentemente do vencedor, há uma expectativa positiva para 2023.
Depois de termos enfrentado as restrições impostas pela pandemia, tivemos a necessidade de nos ajustar diante dos desequilíbrios econômicos provocados pela própria pandemia.
A inflação, que vem atingindo níveis recordes pelo mundo afora, começou a mostrar suas garras por aqui primeiro, forçando nosso Banco Central a elevar os juros já em março de 2021.
Como os que começam primeiro terminam primeiro, o Brasil tem a posição privilegiada de ter encerrado seu ciclo de aumento de juros, enquanto as principais economias do mundo ainda não conseguem vislumbrar a luz no fim do túnel.
Obviamente temos desafios gigantescos a enfrentar, mas, de maneira geral, analistas estão otimistas em relação aos ativos brasileiros para o ano que vem.
Apesar de alguns questionarem o sistema de urnas eletrônicas, o fato positivo é que saberemos já na noite do dia 2, poucas horas depois do encerramento da votação, quem ocupará o Palácio do Planalto a partir de 2023.
O discurso do vencedor, esperado para a noite de domingo, nos trará uma boa indicação do que esperar para o ano que vem.
Se, por um lado, há pouca dúvida sobre a condução da economia numa eventual reeleição de Bolsonaro, o mesmo não pode ser dito no caso de Lula sair vencedor.
A torcida, aqui pela Faria Lima, seria para o chamado Lula I, aquele que tinha Palocci no comando da Fazenda, liderando um time de notáveis, como Marcos Lisboa, Murilo Portugal, Daniel Goldberg, entre outros.
O risco ficaria por conta de um Lula II, com a irresponsabilidade fiscal que culminou com a maior recessão de nossa história, ao fim do abortado segundo mandato de Dilma.
Seja qual for o vencedor, teremos que estar preparados, já na segunda-feira.
Pensando justamente nisso que montamos o Market Changers, o superevento on-line em comemoração ao 13º aniversário da Empiricus.
A programação trará uma amplo leque de temas relacionados ao que esperar dos nossos investimentos para 2023:
09h: Uma conversa entre Rodolfo Amstalden e Felipe Miranda, mediada por Thiago Salomão: o Brasil no pós-eleições
10h: Daniel Goldberg, sócio-gestor da Lumina Capital Management
11h: Rubens Ometto, Chairman da Cosan
14h: Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital
15h: Painel com os gestores João Luiz Braga, da Encore Asset, André Ribeiro, da Brasil Capital, e Beatriz Fortunato, da Studio Investimentos, mediado por Thiago Salomão.
16h: Uma aula de tape reading, com André Antunes, trader fundador da Scalper
16h30: Métodos quantitativos com Sergio Ferro, sócio-diretor da Gamma Quant
17h: Por que investir em precatórios, com os especialistas da Hurst
18h: O futuro das criptomoedas, com Vinícius Bazan, especialista da Empiricus em Criptomoedas
Faça agora sua inscrição. É gratuita.
Deixo você agora com os destaques da semana.
Boa leitura e um abraço