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Nesta longa estrada da vida — Keinemusik

Para Keinemusik, do alemão, a melhor tradução seria “sem música”. Termo curioso quando estamos falando justamente de um grupo dedicado à produção musical.

Por Caio Mesquita

02 set 2024, 13:49 - atualizado em 02 set 2024, 16:16

show musica keinemusik

Imagem: iStock/ édito:zamrznutitonovi

Keinemusik. Do alemão, a melhor tradução seria “sem música”. Termo curioso quando estamos falando justamente de um grupo dedicado à produção musical.

Roqueiro, pouco conheço de música eletrônica. Fui apresentado ao Keinemusik, atual grande destaque do gênero, na minha recente viagem à Europa.

Ao final, confesso que aprendi a apreciar alguns dos hits desse grupo formado em Berlim, muito influenciado pela esposa, já que a Larissa é uma apaixonada pelo gênero.

Restaurantes, bares, beach clubs… a trilha sonora do Keinemusik invadiu as playlists dos lugares que frequentei.

As músicas dos alemães, lideradas pelo megassucesso Move, dominaram o verão no Velho Continente e já atracaram por aqui também.  

Numa reedição do movimento de Paul Simon em seu consagrado Graceland, Keinemusik foi à África buscar as melodias e harmonias que vêm embalando as pistas de dança pelo mundo afora.

Clubes noturnos e festivais estão lotados para ver e ouvir o que esse grupo de DJs (e mais uma artista gráfica) está produzindo. 

Com artistas de renome como o canadense Drake buscando neles a parceria para se manterem conectados com a vanguarda da produção musical eletrônica, o estrondoso sucesso do Keinemusik parece, equivocadamente, ter sido instantâneo.

Ledo engano.

A longa jornada do Keinemusik começou lá em 2009, coincidentemente no mesmo ano que fundamos a Empiricus.

Analogamente à Empiricus, onde enfrentamos por anos os desafios de desbravar o mercado com um novo modelo de negócios, o sucesso repentino do Keinemusik não passa de uma mera impressão.

Quando se encontraram numa efervescente Berlim de 15 anos atrás, cada um dos jovens membros já tinham acumulado anos de experiência, produzindo música que misturavam amplo leque de influências.

Ao mesmo tempo que Rampa, um dos líderes, começava a discotecar músicas techno aos 13 anos de idade, em sua cidade natal de Freiburg, Adam Port, outro membro destacado, chegava adolescente em Berlim, trazendo da sua Polônia uma mala com os discos de hip-hop que moldavam suas influências.

A reunião com os outros criativos membros da trupe ampliou as influências e os horizontes, dando início ao projeto que gradualmente foi angariando fãs na cena alternativa da capital alemã.

Quando encontrei Felipe e Rodolfo, ambos traziam anos acumulados na produção de conteúdo de investimentos para pessoas físicas numa pioneira InfoMoney pré-XP.

Do meu lado, aportei à sociedade mais de uma década de experiência em investment banking, complementada com anos empreendendo no ramo da alimentação.

Foi preciso mais de uma década de esforço contínuo para que, enfim, admitíssemos a nós mesmos que nossa empresa tinha atingido o patamar necessário para ser considerada verdadeiramente exitosa.

Da mesma forma, estou seguro de que, ao longo dos seus 15 anos de história, os talentos alemães do Keinemusik quebraram uma pedreira de obstáculos para enfim atingirem a aceitação popular atual.

A junção de pessoas com os mesmos propósitos, afinidades e valores é condição necessária para a viabilidade de qualquer empreendimento, seja empresarial, como no caso da Empiricus, seja artístico, como aconteceu com o Keinemusik.

Sem isso, é melhor caprichar no perfil do Linkedin.

Sobre o autor

Caio Mesquita

CEO da Empiricus