Fim de junho.
Ajustei recentemente a rotina para lidar com as manhãs mais frias e os dias mais curtos do inverno paulistano.
Assim, tenho me permitido acordar um pouco mais tarde depois de suspender, temporariamente, as aulas de natação que cumpria logo ao acordar.
Nem o aquecimento da piscina é suficiente para me motivar a entrar na água cedo.
Sem atividade física pela manhã, tenho aproveitado para um café da manhã mais demorado com a Larissa. Com os nossos filhos dormindo até mais tarde, por conta do início das férias, somente as cachorras nos fazem companhia.
Na rotina do casal, aproveitamos a refeição para tratar dos temas do cotidiano enquanto comentamos os assuntos e as notícias do dia.
Lembro dos meus pais cumprirem um ritual semelhante. Com cada um com o seu jornal, meu pai com o Estadão, minha mãe com a Folha, o papo da manhã era sempre animado.
Hoje substituímos os jornais impressos pelos celulares, mas a dinâmica de misturar assuntos de fora com a vida doméstica é a mesma.
Normalmente, em anos como este, parte da minha atenção estaria dedicada às páginas esportivas, com a disputa da Copa do Mundo. Como o calor do Catar empurrou a competição para o fim do ano, não me resta alternativa senão acompanhar o noticiário econômico já pela manhã.
Logo cedo, uma breve olhadela no aplicativo da Bloomberg basta para compreender com que humor vem o mercado por aqui.
Visitas a outros sites e passeios pelas redes sociais complementam o entendimento do que esperar para o dia.
Terminado o café da manhã, dou um beijo na esposa e tomo o trajeto do escritório.
Como moro perto da Empiricus, tenho aproveitado o frescor matutino para caminhar em direção ao trabalho.
No caminho, o áudio do Felipe no seu Ideias Antifrágeis do Telegram tem me fornecido o entendimento final sobre o que esperar dos investimentos no dia.
Infelizmente, as manhãs de notícias ruins têm sido muito mais frequentes desde que ficou claro o caráter mais permanente da inflação global pós-pandemia.
Do último trimestre de 2021 para cá, inacreditáveis 60 trilhões dólares foram subtraídos dos mercados de capitais mundiais:
De alguma forma, as perdas individuais de cada um de nós contribuíram para esse oceano de perdas financeiras.
Curiosamente, a inflação generalizada nos preços de produtos e serviços terminou precipitando uma enorme deflação no estoque total dos investimentos, desvalorizados por conta do aumento nas taxas de juros.
Com os bancos centrais apertando o cerco monetário, a preocupação mais recente do mercado tem sido redirecionada para os risco de uma recessão, notadamente no mercado americano.
O trecho abaixo, da edição mais recente do Palavra do Estrategista, mostra evidências sobre o risco de uma recessão econômica:
Uma possível desaceleração econômica abriria o espaço para uma revisão para baixo nos lucros das empresas.
Lucros menores precipitariam uma segunda pernada na desvalorização das bolsas mundiais (a primeira ficou por conta da contração de múltiplos resultante do aumento de juros).
A baixa recente nos preços das commodities internacionais já é reflexo dessa preocupação com o crescimento econômico.
Diante de tamanha incerteza, os analistas da Empiricus têm recomendado cautela aos nossos assinantes. E note que o quadro aqui descrito limita-se apenas ao cenário internacional.
Encerro lembrando a necessidade de pensar investimentos no longo prazo, mantendo uma carteira de investimento que resista a volatilidades conjunturais.
Dentro desta perspectiva, os fundos de previdência são os veículos mais indicados, especialmente por conta de sua estrutura fiscal vantajosa.
Para que você otimize ao máximo o uso de fundos de previdência, a equipe do Bruno Mérola preparou uma planilha que auxilia no cálculo das contribuições de acordo com sua renda.
Deixo você agora com os destaques da semana.
Boa leitura e um abraço