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Os gregos clássicos adotavam um conceito de tempo que ia além de uma simples ordem cronológica.
Acreditavam em aspectos cíclicos do tempo e viam na repetição dos ciclos naturais, como as estações do ano, os movimentos celestes e os festivais religiosos, uma clara manifestação dessa perspectiva.
A ideia de “eterno retorno”, mais tarde resgatada por Nietzsche, reforçava a noção de que o tempo não era puramente linear, mas se desenvolvia em padrões recorrentes.
Esses conceitos de tempo nos ajudam a refletir sobre como a história e a vida seguem padrões cíclicos, alternando entre crises e renascimentos. Assim como os ciclos naturais indicavam, para os gregos, a inevitabilidade da renovação, os mercados também operam sob uma lógica semelhante.
Há momentos de retração e dificuldade, seguidos de recuperação e prosperidade. Reconhecer essa natureza cíclica é fundamental para agir com resiliência nos períodos desafiadores e preparar o terreno para o crescimento futuro, uma ideia que esteve no cerne da fundação da Empiricus.
Criamos a Empiricus em 2009, durante a ressaca da crise financeira global. Naquele momento, eu, Felipe e Rodolfo acreditávamos que somente um modelo de análise independente, livre de conflitos de interesse, poderia oferecer recomendações verdadeiramente úteis para os investidores.
Foi uma aposta ousada, especialmente em um cenário de incertezas. Hoje, ao olhar para trás, percebo como nosso propósito estava alinhado com a realidade de que os mercados são cíclicos. Nos momentos mais difíceis, plantar boas ideias e estratégias é o que garante a colheita futura.
Passados 15 anos e com mais de 300 mil assinantes pagantes, a Empiricus evoluiu e amadureceu. Hoje, somos parte do Grupo BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina. A nossa essência, no entanto, permanece preservada.
Desde os antigos, a essência, também um conceito central na filosofia grega, está associada à natureza fundamental de algo, aquilo que o define em profundidade, independentemente de aparências ou mudanças externas.
Como empresário com mais de duas décadas de experiência, posso afirmar com convicção: empresas possuem uma essência. Essa percepção não nasce de uma crença metafísica, mas da constatação de que há algo em sua origem que define seu propósito e trajetória.
Nos momentos iniciais, há apenas a ideia do que os fundadores desejam realizar. Com o tempo e, se tudo corre bem, essa essência é traduzida em missão e valores que orientam o esforço empresarial. Empresas prosperam quando conseguem combinar essa chama inicial, que aqui chamo de essência, com uma execução bem planejada, mesmo em cenários desafiadores.
Na Empiricus, investimos continuamente em pessoas, tecnologia e processos para oferecer uma experiência de qualidade aos nossos assinantes. No entanto, nossa essência permanece a mesma: transformar convicções em recomendações alinhadas ao propósito de longo prazo.
Mesmo diante das dificuldades atuais, reafirmamos nossa crença na recuperação e no potencial de longo prazo dos mercados. A volatilidade é passageira, mas os fundamentos, quando bem observados, são duradouros. É isso que continuamos a buscar e oferecer aos nossos assinantes: as melhores ideias de investimento para ajudá-los a atravessar o presente e prosperar no futuro.
Nosso sucesso inspirou muitos a seguir o mesmo caminho. Competidores chegaram e se foram, enquanto a essência da Empiricus permanece única. Ela está na nossa capacidade de oferecer análises livres de conflitos e no compromisso de ajudar os investidores a navegarem pelos altos e baixos dos mercados.
