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Agenda de hoje tem divulgação do PIB no Brasil e Jolts nos EUA; veja os detalhes

Na agenda de dados econômicos locais de hoje, teremos o PIB referente ao 1T24, com expectativa de crescimento de 0,7% ante o trimestre anterior.

Por Henrique Cavalcante

04 jun 2024, 09:00 - atualizado em 04 jun 2024, 09:00

Bandeira Brasil mercado
Imagem: Freepik

Bom dia, pessoal!  As bolsas europeias registram queda em torno de 1% nesta terça-feira, enquanto a bolsa chinesa fechou com alta de 0,7%. 

Nos EUA, o S&P e o Nasdaq registraram alta no fechamento de ontem, sustentados pelo ISM, um indicador de atividade econômica divulgado no início do dia, que veio abaixo do esperado. A leitura é positiva para os ativos de risco, uma vez que é um dado favorável para o início dos cortes de juros pelo FED. Hoje, os futuros de ambos índices operam em queda próxima de 0,4%, o que devolveria os retornos de ontem. 

O Ibovespa ensaiou uma recuperação junto das bolsas americanas e do fechamento das treasuries no pregão de ontem, mas acabou devolvendo a alta e fechando com uma queda marginal, renovando a sua mínima do ano, próximo aos 122 mil pontos, pressionado por Petrobras e Vale. 

Na agenda de dados econômicos locais de hoje, teremos o PIB referente ao 1T24, com expectativa de crescimento de 0,7% ante o trimestre anterior. O dado será divulgado daqui a poucos minutos, às 9h, e deve influenciar no desempenho dos ativos de risco brasileiros hoje. 

A verdade é que a leitura do PIB é mais complexa do que parece, e será necessário ver a composição do indicador. Um PIB um pouco pior do que o esperado deveria emplacar uma reação positiva da bolsa, dado que seria um argumento favorável para o BC aumentar o ritmo de cortes dos juros? Ou negativa, sob a ótica da atividade econômica desacelerando? A ver. 

Em território norte americano, às 11h, será divulgado o relatório de abertura de vagas (Jolts) de abril. Além do payroll, que é o principal, o Jolts também é acompanhado pelo FED para entender a força do mercado de trabalho e pode fazer preço nas treasuries hoje. 

02:05 — Alô, mundo! Lembra de mim? 

Na quarta queda consecutiva e renovando a mínima desde meados de novembro, a sensação é de esquecimento na bolsa brasileira. O volume de negociação segue bastante baixo na falta de uma narrativa para o Ibovespa surfar e seguimos à deriva do FED e seu apetite por cortar juros. 

Dentre os emergentes, o Ibov apresenta o pior desempenho do ano, amargando uma queda de 16% em dólares. É verdade que o valuation é atrativo e, no stock picking, encontramos uma quantidade razoável de empresas de qualidade com boa margem de segurança. Mas precisa de fluxo. 

Em busca de uma narrativa para se agarrar e ser lembrada pelo investidor gringo, a bolsa brasileira poderia se beneficiar de uma leitura mais negativa para o México, após a vitória com V maiúsculo de Claudia Sheinbaum nas eleições presidenciais do país. 

O resultado da eleição já era esperado pelos investidores. O que surpreendeu e assustou os mercados do país no pregão de ontem foi a supermaioria no Congresso mexicano conquistada pela coligação esquerdista da presidente, facilitando a aprovação de mudanças constitucionais. A reação foi imediata: o principal índice da bolsa de valores do país chegou a cair 7% e o peso mexicano caiu 4% frente ao dólar. 

O México vem muito bem entre os emergentes e hoje tem espaço importante na alocação dos portfólios globais em mercados emergentes. Ainda tem muita água para correr, mas uma mudança de narrativa no país poderia jogar a favor do Brasil, trazendo maior fluxo gringo para os nossos ativos de risco. 

04:55 — Efeito Opep+ segue refletindo no petróleo 

Com dois dias completados da reunião da Opep+ neste fim de semana, em que o grupo decidiu retirar os cortes de produção atuais, os contratos futuros de petróleo apontam para mais uma queda no dia de hoje. Após a contração de 4% ontem, a commodity cai mais 2% hoje, abaixo dos US$ 73,00. 

Reforçamos o call que é uma boa oportunidade para montar posição em ações do setor, que compõe muito bem o portfólio. Como já mencionado por outros analistas da casa, nos preços atuais e pela qualidade da operação, PRIO3 é uma excelente escolha. 

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05:30 — Prefiro aquelas que crescem lucros

Mesmo em um momento de fragilidade da bolsa brasileira, ainda dá para buscar boas narrativas nas empresas para ganhar dinheiro. No cenário atual, gosto de empresas que têm boa exposição ao ciclo de afrouxamento monetário, mas, principalmente, que estão em um período de crescimento de lucros com qualidade.

Além de se enquadrar nesses fatores, o Grupo…

Sobre o autor

Henrique Cavalcante

Formado em Economia com ênfase em Finanças Corporativas, Henrique Cavalcante atua como Analista de Ações na Empiricus, cobrindo os setores de Varejo, Saúde e Infraestrutura. Integra a equipe que comanda a Carteira Empiricus, o portfólio multimercado que é o carro-chefe da casa.